quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Paula Teixeira da Cruz – De cada vez que abre a boca...




Se é sabido que as privatizações são uma forma de espoliação dos interesses dos portugueses que só interessa a especuladores, negociantes, ou à soma de tudo isso, os banqueiros... não admira que o senhor do BES estivesse de olho numa dessas privatizações.
Se é sabido que de cada vez que vai ao estrangeiro, ou que atende Angela Merkel ou o seu ministro alemão das Finanças, ao telefone, Passos Coelho junta mais umas linhas ao caderninho onde aponta as ordens que irá cumprir sem rebuço... não admira que o senhor do BES esteja convencido de que é possível pressionar o primeiro-ministro de Portugal.
Posto isto, quero crer que nada daquilo que está nas fortuitas escutas do telefonemas do senhor do BES a Passos Coelho tem a menor importância. Devem ser tão irrelevantes estas escutas, quanto foram as escutas de Sócrates, ou as da “fruta” dos árbitros, ou dos robalos do Vara, ou dos aparelhos de ar condicionado da doutoraZita... ou mesmo das mui afogueadas escutas da dona Adozinda aos ruídos que vêm do quarto que um jovem e fogoso casal tem alugado, mesmo ao lado da sua parede de tabique, ali num segundo andar da velha Rua da Atalaia.
Na verdade, a única coisa que me interessou nestas escutas a Passos Coelho, foi a performance da ministra da Justiça que, já por duas vezes nos últimos dias, meteu o bedelho onde não devia, comentando investigações judiciais em curso.
Na primeira, que envolvia ex-governantes do PS, montou uma verdadeira tenda de feira, desceu das tamancas e gritou, histérica, que «agora a impunidade acabou»... “agora sim, vamos dar a volta a isto!, agora sim, há pernas para andar!, agora sim, eu sinto... ” (peço desculpa... esta parte acho que é dos “Deolinda”)... muito antes de que se percebesse o que diabo sabiam ou não sabiam os investigadores.
Agora, nas escutas que envolvem Passos Coelho... é vê-la, angelical, "compreendendo" o PM, defendendo que é muito natural «que qualquer pessoa inocente tenha vontade de que a sua inocência seja claramente exposta».
Agora está, por antecipação, convencida da inocência deste "fortuito escutado".
dona Paula Teixeira da Cruz pode até ser uma “santa” senhora… mas, na verdade, quase todos os dias demonstra que muito dificilmente isso é qualificação suficiente para ocupar o lugar de ministra da Justiça!

7 comentários:

Donatien disse...

Ou entra mosca..ou sai bagaço!

trepadeira disse...

São todos da nossa cruz.
Já nem me apetece comentar,só ler e cantar,muda de rumo,muda de rumo,pode ser que sejam obrigados a ouvir.

Um abraço,
mário

Antuã disse...

Eu gosto muito da Paula Pregada na Cruz.

São disse...

Esta dama, ainda terá que explicar como é que a impunidade acabou e dias Loureiro e amigos andam por aí à solta

É só uma adenda ao que bem disseste.

Um abraço a vós.

Graciete Rietsch disse...

A impunidade acabou para quem? Todos estes ministros foram escolhidos a dedo, hipócritas e mentirosos.

Um beijo.

Bolota disse...

Samuel,

Não foi Paula Teixeira da Cruz, que quando da busca a casas de alguns socialistas disse que a inpunidade tinha terminado??? Hoje ficou preso o BIBI do caso monte Branco onde se lavou Mil Milhões de euros e os outros 2 cabecilhas já estão em casa.
Acreditas que Passos Coelho está envolvido???? Hummmmm eu acho que não...este é diferente do Socrates...

http://www.youtube.com/watch?v=gNu5BBAdQec&feature=player_embedded

Eu acho é que se cagaram um ao outro. Se fossem irmãos não era tão parecidos

Abraços

Olinda disse...

Estes representantes da justica (????),fazem com que acreditemos,que o crime compensa,mas a alta escala,claro.