Os deputados (não todos! Não todos!!!) podem estar em grandes escritórios de advogados e consultores e, ao mesmo tempo, no Parlamento, fazendo e aprovando leis que vão favorecer, cirurgicamente, os grandes clientes dos seus escritórios. Ninguém os expulsa do Parlamento!
O primeiro-ministro e os seus ministros e secretários, podem mentir desavergonhadamente ao país, não cumprindo uma única promessa eleitoral e vendendo o país a retalho a quem der mais. Ninguém os expulsa do governo!
Cavaco Silva, que deveria estar acima dos jogos partidários, defende descaradamente o seu partido para o manter no poder, traindo miseravelmente o juramento que fez. Ninguém o expulsa da presidência!
A própria Assunção Esteves, pode, ao contrário da esmagadora maioria dos cidadãos, reformar-se aos 42 anos, com uma reforma de tal maneira avultada, que a levou a desrespeitar o cargo de Presidente da Assembleia da República, por, não podendo acumular os dois cheques, prescindir do vencimento na Assembleia. Ninguém a expulsa da Assembleia da República.
Já um dos seus assessores que, por razões que decorrem da sua liberdade enquanto cidadão, apoiou publicamente uma candidatura autárquica, não sendo para aqui chamada a questão sobre qual o partido ou o candidato apoiado... foi liminarmente demitido do cargo!
Diz-se que “à mulher de César, não basta ser séria”, querendo isso dizer que deve também parecê-lo. Será assim... mas esbracejar, pôr-se em bicos de pés e fazer muito “ruído”, pretendendo parecer muito séria, muitíssimo séria, a mais séria da paróquia, ou, parafraseando um grande dirigente desportivo, “a mais séria do mundo, quiçá, mesmo da Europa”... para além de ridículo, resulta bastante suspeito.
Conclusão: lendo com atenção a notícia do “Público”, vemos que esta estorieta, mais uma na saga da politiquice nacional, tem duas virtudes:
1. Mostra que para a senhora Esteves há uma liberdade para “tempos normais” e outra para “tempo de crise”. Provavelmente também existirá na versão “primavera/verão” e “outono/inverno”. Provavelmente existirá também na versão “época de saldos”.
2. Mostra que, na vida real em geral e no mundo autárquico em particular, o “casamento” entre o PSD e o CDS vai “de vento em popa”.
10 comentários:
Pois é!
Eles são todos muito sérios.
Não foi a múmia de Belém que disse que ainda está para nascer quem seja mais sério que ele?
Na conversa, são seríssimos.
Agora, na prática...
Rui Silva
Já não há palavras para classificar esta falta de vergonha!
Abreijos.
Quando é que os anjos a vêm buscar para o céu?!...
Não me surpreende.
Se as eleições não são desejáveis por causa da crise, tudo o mais que se invente a pretexto da dita e dos mercados é coerente com os comportamentos das luminárias que estão no Poder.
Só não entendo a estúpida salva de palmas a Cavaco e a Passos nos Jerónimos: certamente estavam lá muitas das 4463 criaturas admitidas pela coligação CDS/PSD nestes dois anos de Poder, além de quem está beneficiando com a venda do país a retalho!
Abraço encalorado para vós
Ela está bem, muito bem. quem está mal, cada vez pior, é quem a aguenta mais aos trastes como ela. A começar nesse "aquilo", nessa múmia de Belém.
Era corrê-los a todos sem viagem de retorno. Mas pagando tudo e com juros, quanto de mal cá (nos) fizeram.
É o crime do século XXI... compra-se os media, compra-se os votos, arranjam-se sócios... quem está fora que se cuide...
É "bastante visível" essa unidade.
A Assunção Esteves anda muito distraída.um beijo
Um beijo.
Tudo muito democrâtico,todos muito democratas...Ê a democracia-dos-sem-vergonha!
Um abraco
E a si?
http://youtu.be/tLKWJ3sTWpg
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