Uma questão de “franja”

Ontem, um daqueles lamentáveis cidadãos arraçados de alforreca, que vestem o mesmo fatinho, camisinha e gravatinha faça sol ou faça chuva, falam sempre e exclusivamente de dinheiro (mesmo na vida real) e aparecem na televisão rodeados de monitores de computador atascados em gráficos de merda que, pretensamente, ilustram o sobe e desce da economia... veio também molhar a sopa no tema da crise política.

Enquanto explicava pela enésima vez o caso grave de “nervos” de que padecem os mercados, resolveu fazer comício para acalmar os portugueses – e de passagem também os mercados – dizendo que tudo estava a compor-se entre o PSD e o CDS... o que era muito bom para todos nós.

Não fosse eu não estar a entender por que carga de água é que a continuação desta marmelada entre PSD e CDS é boa para mim, a alforreca teve a amabilidade de me informar que perigoso, mas perigoso mesmo para o país, era se estivesse a perfilar-se no caminho para o poder um desses partidos que ameaçam rasgar o acordo com a troika... um desses partidos, a que chamou “partidos de franja”.

E pensei eu com os meus botões:

Ouve lá, ó grandessíssimo indigente! 

E se deixasses a pobre da Beatriz Costa fora desta palhaçada?!!!