quarta-feira, 10 de julho de 2013

Paulo Portas - Dissimulado



O dicionário particular de Paulo Portas, aquele recanto do cérebro em que ele atribui significado às palavras que usa, é uma espécie de lugar “encantado”, um jardim fantástico onde essas palavras crescem “livres” como flores, agitando-se e inclinando-se ao sabor da brisa do momento e do sopro das conveniências.
Entre muitas outras palavras que ganham novo significado no peculiar dicionário particular de Paulo Portas, já vimos “linhas vermelhas intransponíveis” que, afinal, são perfeitamente transparentes e ultrapassáveis. Já vimos atitudes “irrevogáveis” serem revogadas ao fim de uma horas.
Temos agora uma nova entrada no dicionário: “razões técnicas”. Pela recusa do ministro em explicar o que aquilo quer, realmente, dizer... pode ser tudo. Desde “Zanguei-me com o piloto do avião num coquetel da embaixada”, até ao corriqueiro “Cá por coisas!”. Esperemos pela actualização do dicionário.
Entretanto, a sessão de esclarecimentos de Portas serviu, pelo menos, para ficarmos a conhecer a sua técnica para resolver alguns problemas, quando afirma não ter perguntado quem vinha no avião, para não «importar o problema Snowden».
É uma técnica antiga e muito apreciada em Portugal: “se não se falar dele... o problema não existe”.
É uma técnica poderosa! É recorrendo a esta técnica que altos funcionários corruptos chegam ao fim das carreiras com estatuto de pessoas de bem. Que padres, professores, médicos, juízes, polícias, etc., etc., etc., passam a vida a apalpar (para dizer o mínimo) conhecidos e próximos de todos os sexos e idades... sem nunca “serem”, oficialmente, aquilo que são. Que aquelas senhoras respeitavelmente casadas que sempre gostaram de “conhecer biblicamente” as texturas e dimensões das estudantes colegas das filhas... chegam à terceira idade gozando sempre do estatuto de senhoras respeitavelmente casadas. É assim que políticos ladrões, que não teriam (se lhes fosse perguntado) como justificar as grandes casas, carros, propriedades no campo ou na praia e outros bens que possuem no fim das suas carreiras... passam à História como estadistas.
Pelo menos uma palavra não mudou de significado no dicionário de Portas: “dissimulado”. O homem disse que continuar no governo seria uma dissimulação... e ele aí está! Dissimulado!

18 comentários:

Anónimo disse...

Já se deu ao trabalho de olhar para as dissimulações comunistas? Desde as curas nos melhores hospitais lá fora, a férias em resorts de luxo, a relações muito inocentes de senhores à volta de 60 com meninas de 16, a autarcas que provocam esgotamentos nervosos a funcionários e mestres de obras que não pagam segurança social aos trabalhadores do leste e a pretos. Não defendo o Portas mas antes de falar olhe para "casa". Não é por manterem tudo em segredo que as coisas no vosso lado não existem. Qualquer dia a moral comunista vem ao de cima.

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Detesto gente que se "chega" ao Poder, e depois mente.
Também "não vou nada à bola, com gente que promete e não faz, deu boleias políticas à direita, comentam e propõem agora muito (outra vez), e também os que emigram periódicamente com sumptuosos empréstimos bancários(segundo o próprio) e que agora legitimamente...também comentam.
Em suma, detesto mesmo a aldrabice e o alterne político que vivemos desde 1976.

samuel disse...

Anónimo (16:33):



Eina pá... ó coisinho anónimo!!!



Você pensou isso tudo pela sua cabeça... ou leu numa t-shirt? :-) :-) :-)



E, num registo mais sério, "já se deu ao trabalho" de pensar que essas "acusações", que a serem feitas às claras (e já agora com provas e identificando os "casos") seriam um acto valoroso... feitas assim, a coberto do anonimato, não passam, afinal, de um acto porco e rasteiramente cobarde?

Anónimo disse...

Porque carga de água é que vinha falar de nomes AQUI a um gajo tendencioso e de mente pouco aberta como você? Isto é algum tribunal? Estas coisas tratam-se em sítios próprios por pessoas independentes. Agora negue lá que o PCP esconde tudo bem escondido. Quantos portugueses sabiam que o Cunhal tinha uma filha? É crime ser-se normal? Quantos sabem a quantidade de jornalistas que o Saramago saneou? Quantos sabem as humilhações públicas nomeadamente em restaurantes a que sujeitava a Isabel da Nóbrega? E as mulheres do Carlos Carvalhas? Porque é que aquilo aconteceu? É só o Paco Bandeira? E os gajos que abandonam as mulheres para se juntarem às mulheres dos amigos com facadas nas costas? E as sovas nos maricas na Ajuda? Não me venha cá com conversas que vos conheço muito bem. Do caso da falta de contribuição para a S.Social eu próprio me encarreguei do assunto graciosamente e o processo está a correr num tribunal. É fodido um gajo ficar sem um braço aos 29 anos e o patrão esquecer-se durante meses dos descontos não se esquecendo de recrutar trabalhadores clandestinos na Praça de Espanha às 6 da matina, não acha?

Antuã disse...


Só comparável com o excremento Portas temos o anónimo das 16.33.

São disse...

Portas não existe: é um robot!!!

Bom fim de dia para vós.

samuel disse...

Anónimo (18:30):

"Caro" anónimo… de facto isto não é um tribunal, mas também não é o da joana.

Na verdade, acho que fazer acusações dessas, anonimamente e como você próprio admite, fora dos "sítios próprios", é próprio... dos rematados filhos da puta.

Não volte, que não vale a pena. Como tão inteligentemente reparou, sou um "gajo tendencioso e de mente pouco aberta".

Se insistir nos argumentos e, sobretudo, no método… é porque ainda é mais estúpido do que parece.

Ah… estúpido, desta vez, não é um insulto, mas sim uma simples constatação. Realmente, quão estúpido é preciso ser, para comparar a simples privacidade da vida de Cunhal, com alguns dos "casos" de que fala?

Repare que, como não faço a menor ideia sobre de que raio está a falar… não digo que sim, nem que não a nada do que afirma. Mantenho apenas que fazê-lo assim, a coberto do anonimato, é porco e abjectamente cobarde.

Passar bem!

Medronheiro disse...


Afinal este anónimo é burro como portas.

samuel disse...

anticomunista de plantão:

Para não variar, estragou o "belo efeito" do gesto com a provocação gratuita e malcriada.

Azar! Antecipou demais… fez figura de parvo.

Graciete Rietsch disse...

É importante que Paulo Portas oonsiga entender aquilo que diz e não atirar pedras sem saber apresenta o que o comprove.

Um beijo.

O Puma disse...

Um dia falaremos de gente séria

Olinda disse...

O gajo ê demasiado astuto para ficar dissimulado.Diria que a golpada provocou,antes, a dissimulacao do lâparo.Porque serâ que tudo isto me lembra a intrigas mesquinhas,vindas de muitos lados? Observemos!

Um abraco

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras de um amigo outro em conversa...
"O destino de um país é marcado pelos seus cidadãos"
Bem hajam

Maria disse...

Não há nada que o safe.
Já nem é Vice, visse?

:))))))))))))))))))

(porque raio me lembrei agora da Ivone Silva e do Camilo naquela rábula do 'ai Agostinho'?).........

Anónimo disse...

Já para não falar nas patifarias e traições que o pcp fez ao grande Adriano Correia de Oliveira através da Cantarabril.

samuel disse...

Anónimo (21:31):

Ouça, ó senhor sem nome…

Vou partir do princípio de que não sabe do que fala...

Pelo menos numa coisa acertou: O Adriano era grande! Poderia mesmo tê-lo escrito três vezes, já que para além de um grande artista e criador, era também um grande companheiro… e muito alto.

Quanto à essência do seu comentário, a baboseira sobre as "patifarias e traições", deve estar a referir-se apenas a uma e única coisa, o afastamento da cooperativa de espectáculos a que ele pertenceu.

Embora essa cassete já esteja bastante gasta, ainda vai havendo quem a ponha a tocar, de vez em quando, um fenómeno que é alimentado pelas bocas de alguns "companheiros" da época, sendo que alguns eram mesmo membros dos grupinhos que, alegremente, o foram ajudando a encharcar-se em álcool, quando já sabiam que isso o estava a matar.

Gentinha que, enquanto isso acontecia e até aos dias de hoje, ao mesmo tempo que iam e vão vomitando o seu fel anticomunista, não deixaram nem deixam nunca de comparecer nos palcos da Festa do Avante, ou mesmo aceitarem homenagens públicas (não com o meu aplauso!) por parte da organização da Festa do PCP.

Talvez essa ponta de justificado remorso seja a razão de terem esta recorrente necessidade de dizer que o Adriano morreu porque foi afastado da CantarAbril.

O Adriano pertenceu a uma cooperativa que tinha um conjunto de regras, seguidas por todos, regras a que foi faltando, repetidamente, até se ter chegado ao beco sem saída que resultou na sua expulsão. Como aconteceria noutra qualquer cooperativa, colectividade, clube… …

Sim, poderia ter havido outra solução!

Não, não foi bonito!

Não, não foi isso que o matou!

Não, não foi uma "patifaria" do PCP.


Toda esta longa resposta é devida àqueles que por aqui passam e poderiam ler o seu comentário, sem entenderem porque raio o deixaria sem resposta… e a si, já que, embora eu tenha dúvidas, poderá estar igualmente interessado na resposta.

Saudações.

Anónimo disse...

Parta do principio que entender.
Sei do que falo.
E sem bem ler nas entrelinhas, incluindo as suas.

E não me venha com palavrinhas cínicas como cassete, gentinha,etc, que essas merdas comigo não pegam.

samuel disse...

Anónimo (19:38):

Ó senhor que continua sem cara para apresentar ou nome para honrar…

E o seu argumento é... ???… … ...