Provavelmente, ainda restam algumas almas “simples”, que não entenderam que a “requalificação” que o governo anuncia e está (provavelmente, contra a Constituição) a fazer passar na Assembleia, não passa de uma forma cobarde de designar os despedimentos puros e duros que a troika ordenou para a Função Pública.
Provavelmente, ainda restam algumas almas mais “simples” ainda, que acham ser possível um funcionário público ser despedido, digamos, aos cinquenta ou cinquenta e cinco anos de idade... e, num universo de mais de um milhão de desempregados, ter condições de ir «fazer alguma coisa para outro lado», como disse Passos Coelho no estilo insultuoso, provocador e canalha a que já nos habituou... e que este "fazer alguma coisa" tão bem exemplifica.
Provavelmente, se um funcionário publico “requalificado” encontrar na rua o senhor primeiro-ministro, ou qualquer um dos seus cúmplices, e tomar a iniciativa de lhe partir os dentes, consegue o feito inédito de juntar duas “justas causas”:
1. A “justa causa” para o mais que provável processo disciplinar seguido de despedimento.
2. A mais do que justa causa que o levou a decidir “requalificar” as fuças do senhor governante.
11 comentários:
olha que lindo a comunagem a incitar a violência.
Anónimo (18:41):
Azar! Ele há dias assim… :-)
O primeiro comentário - e único, até gora - tinha logo que ser de um débil mental.
Você sabe lá o que é "incitar a violência", pobre criatura! :-) :-) :-)
Defendem quem trabalha e não tem trabalho porra! vocês os esquerdistas da treta só Têm voz para defender a função pública, contra aqueles que explorem quem trabalha e só dão trabalho quando precisam, depois manda-nos embora, para esses não têm voz. Nunca os vejo ir ao encontro das grandes empresas que nos exploram. esses, para vocês está quieto, só os empregados do estado é que precisam ser defendidos, é mais fácil não é? o patrão deles não fecha aporta, nem os despede. É essa a vossa esquerda? Merda.
Anónimo (19:26):
O seu comentário é demasiado "extraordinário" e parvo para ser verdadeiro.
Em vez de o considerar um simples filho da puta, o que seria o mais adequado caso este seu comentário fosse levado a sério... parto do princípio que está apenas com os copos! :-)
Quando lhe passar a bebedeira, leia umas coisas sobre a História das lutas operárias... :-) :-)
Violência é o desemprego. Violência é o não direito a um trabalho com direitos. Violência é o que o senhor primeiro ministro faz e diz. É a mentira, a corrupção… tudo quanto aqui, tem sido pelo Samuel denunciado.
Violência é olhar para o lado e ver, viver na primeira pessoa o drama de quem tem que optar entre mandar os filhos à escola ou comer, as crianças cuja única refeição de jeito é a que lhes é servida na escola, os preços mais que proibitivos dos manuais escolares.
Converso com os meus alunos, meus amigos já de quase todas as idades, com quem um dia partilhei tantos sonhos… tantos pesadelos os de uma certa geração me trazem.
“Professora, já só como uma vez por dia… professora, as propinas estão em atraso… professora, aguentarei mais um mês… o meu pai tinha um pequeno negócio, teve que fechar… professora, não dá….” – também isto violência o é.
Violência é vê-los em desespero, dando-me conta do futuro que vêem sem esperança, o espectro do desemprego, a emigração sem saberem para onde nem como, tantas vezes olhos molhados...
Violência é ser abordada na rua por um alguém, uma senhora mais de 50 anos que se identificou como assistente operacional de uma das escolas do concelho. que me deu conta das enormes preocupações, situações direi mesmo de angústia face a um desemprego que para muitas chegará no final do mês. A dúvida, a incerteza, a injustiça… há colegas na escola a chorar, disse-me. Mas afinal o que vão fazer connosco olhos molhados – me perguntou. “O que vão fazer connosco?” … se isto não é violência…
Violência são os casos dramáticos de pobreza, FOME, num concelho com desemprego elevadíssimo aliado a uma média de salários e pensões extremamente baixa, rendimentos familiares, para muitos, incompatíveis com um mínimo de qualidade de vida.
Violênca é olhar para o lado e ver desemprego… desemprego… todos os dias mais uns quantos, melhor… menos uns quantos com direito a um trabalho com direitos… E sentir uma dor, uma raiva, uma vontade de tudo mudar.
Violência é ver a destruição da escola pública, a escola dos nossos filhos, a escola das portas que Abril abriu. Violência é … e é… e também é…
. . .
Mas lutar, seguir em frente, sem violência, sem desistir!
Pela partilha, obrigada, Samuel.
BRAVO!
Luís Galego
estamos a pagar o ter enfiado cravos nas armas, e em parte por o Partido Comunista não ter querido partir para uma guerra civil.Independentemente dos vencedores caso tivesse ocorrido, os políticos hoje pensavam duas vezes antes de fazerem merda (como não têm medo, fazem)
Porra samuel!... Os imbecis não largam a porta.
Requalificar o que?
Palavras sonantes que dizem fome, miséria e pobreza. Mas, "As portas que Abril abriu ninguém as há-de encerrar", vamos lutar, unir forças e por muito que certas lapas não queiram sair, vão sair e pela porta mais pequena!
Saudações
Vicky
Se você vivesse no regime que tanto gosta, por aquilo que diz já estava engaiolado, não chame tantos nomes, seja democrático, por aqui se vê a vossa força e o que vocês são capazes, vivem em cima do ódio e nada da mais, tirem as vendas dos olhos e olhem para todos os lados. Alguma vez eu acredito que vocês defendem os mais necessitados ou pobres, isso é tudo treta. Cortinas de ferro.
Anónimo (14:36):
Claro que você poderia, ainda que por um momento, imaginar que se eu vivesse no regime que tanto gosto, como diz… não teria motivos para chamar nomes aos governantes de que tanto gostaria, nem às suas políticas com as quais estaria inteiramente de acordo.
Mas, pelo teor do comentário, presumo que seja estúpido demais para conseguir esse simples exercício… :-) :-) :-)
Cortinas de imbecilidade.
Enviar um comentário