quarta-feira, 17 de julho de 2013

... e depois há isto!


O jornalismo pode ser uma arte nobre, culta e de combate. De facto, esteve muitas vezes (e está ainda) onde deve: na primeira fila da luta pela liberdade, toda a liberdade, incluindo a de informação e expressão; na primeira fila da luta pela dignidade do ser humano; da luta pela cultura e pela inteligência.
Quando vemos órgãos de comunicação social caírem nas mãos de certa gente, transformados em simples negócio, ou extensão e cobertura de outros negócios dos seus donos... tememos o pior.
Infelizmente, não só o tempo nos dá razão, como nem é preciso esperar tanto tempo como isso.
Para quem dirige este velho jornal, o que se passou realmente na reunião entre a ministra e os partidos da “salvação nacional” é muito menos importante do que esta “janela de oportunidade” de insinuar um trocadilho porco, para gáudio dos "comentadores" de tasca. Interessa-lhes mais que o jornal seja falado pela grosseria da capa, do que pelo trabalho de divulgação, descodificação e explicação do que os partidos do “arco da auto-governação” se preparam para, mais uma vez, fazer ao país.
O meu filho jornalista teve, na sua página do “facebook”, um desabafo algo desalentado (felizmente, sei que o desalento é de pouca dura!), desabafo a que não acrescentarei nem mais uma palavra:
"Existem imensos na nossa profissão que lutam diariamente para devolver ao jornalismo a dignidade que em tempos teve. E depois há isto".
  
Adenda: Como se pode ver pode ver pelo teor de alguns comentários, pelos menos uma parte (infelizmente grande) dos portugueses... tem o jornalismo de sarjeta que merece!

10 comentários:

trepadeira disse...

Não,não vale a pena acrescentar nada.

Abraço,

mário

julia disse...

Para vender jornais até vendem a alma ao diabo,

Antuã disse...


O que é preciso é vender papel, imagem e som.

Anónimo disse...


Isto é cá uma promiscuidade.

Uns baixam as calças, agora esta ministra mostra o buraco.
Bolas, é só malcriadiçes.

O Puma disse...


Mais um buraco dos cagarros

Olinda disse...

A classe jornalîstica ê uma classe bastante perversa,salvo honrosas excepcoes.
Faz dias,no Paraguay,um jornalista foi despedido,por negar manipular um discurso de Raul Castro.A imprensa-empresa ê igual em todo lado.
O Jornal de Notîcias,devia ter mais decoro e respeito .


Um abraco


Anónimo disse...

Por lapso? Antes por ignorância e o desejo de vender jornais. Enfim, felizmente, existem bons jornalistas e conheço alguns.
Vicky

Graciete Rietsch disse...

Os jornalistas, não todos felizmente, estão dominados também pela classe exploradora. Quem comanda o país não pode permitir jornalistas sérios. Mas a luta de classes é poderosa. Eles também são explorados. E a força da razão há de vencer.
Um abraço para o teu filho, Samuel, e outro para ti.

Anónimo disse...

Grande título PORRA

augusta disse...

Cresci com o "JN" e o "República" em casa. Neles aprendi as primeiras letras. Os meus filhos cresceram e todos os dias viam e, mais tarde, liam o JN em casa.

Mas se o "República" "desapareceu", o "JN", foi-se tornando cada vez mais "pequenino" e não me refiro ao tamanho. Cada vez mais submisso aos interesses da classe dominante. De já muito que notícias manipuladas, falsidades, atitudes discriminatórias têm sido prática deste jornal. Bem sabemos quais os interesses que, a maioria da comunicação social que temos, serve. Claro que há jornalistas sérios, que resistem. Se calhar com a vida cada vez mais complicada... outros sem pararem para pensar que também eles são usados e explorados.
O "JN" desceu mais baixo do que a sarjeta. Insultou os verdadeiros jornalistas, desrespeitou quem ainda busca nele um jornal de qualidade. Não fez notícia, praticou a grosseria.
Uns lutam pela dignidade perdida. Outros...

E eu, só não digo que não mais o comprarei, porque há muito, desde o tempo de MLR e da luta dos professores, vi tanta atrocidade escrita, tanta tentativa de manipulação da opinião pública, que desde aí que o não compro.

Hoje é quinta-feira, um outro jornal tenho ali para ler.

Aos verdadeiros jornalistas a minha solidariedade.
Ao Samuel, obrigada, um beijinho.