segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Rangel & Cia – A nova propaganda do regime?


O famosíssimo “boy” do PS na PT, Rui Pedro Soares, ainda embrulhado (e arguido) nas trapalhadas do caso “Tagus Park” (entre outras minudências), certamente imbuído do espírito de contenção salarial que avassala o espírito do Governo, decidiu que 2010 era um ano muito adequado para distribuir aumentos entre dez dos seu quadros, exatamente na “Tagus Park”, na ordem dos dez por cento, sendo que houve mesmo uma assessora que teve direito a vinte e seis e um assessor direto do fantástico Rui, esse com o ordenado aumentado em noventa e oito por cento.
Agora, o empreendedor Rui Pedro Soares está virado para os média. Para isso, juntou-se ao patético arauto de Sócrates e do PS, Emídio Rangel, criando um grande projeto audiovisual que inclui um jornal, uma emissora de rádio e uma estação de televisão. O jornal está por aí a aparecer, a rádio já teve luz verde da ERC... e a televisão deverá ir pelo mesmo caminho. As manobras para conseguir conteúdos de excelência, no futebol (onde é que havia de ser?), já começaram, como se pode ver aqui e aqui.
Perante isto, alguns média espanhóis disseram que este grupo de Rangel e Rui, que se chamará, muito provavelmente, “Media Pro”, servirá essencialmente, à semelhança do espanhol “Grupo Prisa”, para apoiar os “socialistas”... mais concretamente, o Regime de Sócrates.
Estes jornais espanhóis são fantásticos! Quem é que iria imaginar uma coisa destas?

Regime de Sócrates – Ditadura da insanidade


O Celso é um jovem de Viseu. Tem 31 anos. Não tem família, conta apenas com alguns amigos e vive num quarto de pensão. Depende de um par de canadianas para se movimentar, como consequência de um acidente de que foi vítima aos dezasseis anos de idade. Sobrevivia, até agora, com uma pensão social de invalidez no valor de 189 €. Como, evidentemente, os 189 euros por vezes se mostravam curtos - mesmo fazendo as refeições na Cáritas - para acudir a uma peça de vestuário extra, alguns medicamentos inesperados – esse tipo de luxos – o Celso infringe milimetricamente as regras de auto-disciplina e rigorosa poupança que o vão mantendo vivo, retirando alguns euros de umas economias que lhe deixou o seu pai, no montante "astronómico" de vinte mil euros. Fora estas despesas extraordinárias, mantem-se firme na sua vida frugal.
Perante este cenário de densa dificuldade económica, social e física, o que decide fazer o regime de Sócrates? Aumentar a ajuda económica ao Celso? Estudar uma qualquer outra forma de melhorar o apoio de que ele necessita?
Duas vezes errado! A "PIDE" económica ao serviço do Teixeira dos Bancos, das Finanças e do Ministério do “trabalho e da solidariedade social”, descobriu aquela fantástica fortuna deixada pelo pai... e decidiu cortar-lhe a pensão de sobrevivência para 91 €. Exatamente! Noventa e um euros!
Nem há palavras. Somos governados por escroques!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Renato Teixeira – Os autores, esses desconhecidos


No mundo das cantigas identificamos, antes de tudo, as cantoras e os cantores. Independentemente dos conceitos de cada um de nós sobre o que é cantar mal ou bem, tendo uma "bela" voz ou nem por isso, são os intérpretes o veículo das melodias e das palavras que nos empolgam para enfrentar a vida, que nos enternecem, ou que, muito simplesmente nos divertem. As cantigas ficam para sempre ligadas aos seus intérpretes. De tal modo que, quase sempre, ouvimos dizer que esta ou aquela canção é de fulana ou de beltrano, que a cantam, independentemente do facto de uma enorme parte dos intérpretes de canções nunca ter composto ou escrito canção alguma.
No entanto, por detrás de cada cantiga existem autores. Aqueles que apenas escrevem letras ou músicas, ficando na sombra e aqueles, a que gosto de chamar “cantautores” e que, com mais ou menos voz, dão a cara pelas suas obras, cantando-as.
Esta é a altura certa para a entrada em cena do nosso convidado de hoje, o brasileiro Renato Teixeira, criador e defensor da música “caipira” (não confundir com o subproduto mais comercial, a música “sertaneja”), instalado há muitos anos nos corações de uma boa fatia do povo brasileiro. Renato Teixeira nasceu em 1945, tem a arte de fazer grandes canções e seria por cá também muito conhecido, não fosse o facto de nós não “pescarmos” quase nada de música brasileira e portanto, para nós, a sua canção mais conhecida ser apenas aquela canção fantástica "da Elis Regina”... a “Romaria”.
Renato Teixeira gosta de explicar as suas canções, ou, pelo menos, dar uma ideia da razão por que as escreveu. Por vezes o desespero é tanto, o milagre é tão necessário, que mesmo aqueles que não sabem como rezar, esperam comover a Santa apenas com o seu olhar... – diz ele a propósito duma passagem da sua “Romaria”.
Sobre quem aqui vem cantá-la com ele, para além de dizer que já é repetente e de repetir que se trata de uma cantora que na sua vida “normal”, não poucas vezes (para mim, claro!) pisa o risco do “brega”, o nosso “pimba”... mas em brasileiro, é bom constatar que continua a fazer estas “fugas” para cantar grandes canções, normalmente em duos memoráveis. Aí está ela, a Ivete Sangalo, sentada, sem levantar “poêrapoêra”, muitíssimo grávida e acariciando discretamente o bebé enquanto canta... iluminando a mina escura e funda, o trem da nossa vida...
Bom domingo!
“Romaria” – Ivete Sangalo e Renato Teixeira
(Renato Teixeira)



sábado, 29 de janeiro de 2011

Casa Pia - Estertor na lama


Quanto aos desenvolvimentos no lamaçal do caso Casa Pia, na frente, nada de novo. As reações à manobra meio demente que alguém encomendou ao energúmeno Silvino sucedem-se. Como se pode ver neste artigo, um apenas entre tantos outros, as manobras não param, as revelações de e sobre o “jornalista”, que depois de pago para escrever um livro de Carlos Cruz, perdão, da ex mulher, resolveu "descobrir" a nova verdade de Carlos Silvino, sucedem-se. Apenas duas reflexões:
1. É uma pena que, ao escolher este artigo do “Sol”, perfeitamente ao acaso, num passeio pela internet, tenha acabado por descobrir que a hiperativa jornalista Felícia Cabrita pertence ao grupo restrito de, vá lá... "distraídos", que quando querem dizer que a vida de alguém ficou de pernas para o ar, se alterou gravemente, ou seguiu um rumo completamente diferente do que até aí... dizem que «deu uma volta de 360 graus»... ou seja, na realidade ficou exatamente como estava e virada para o mesmo lado.
2. Muito mais importante do que o número um e mesmo sabendo que é pedir demais, gostaria muito que esta mais do que justa ira que se pressente nas reações dos rapazes vítimas do pedófilos que repetidamente se serviam dos alunos da Casa Pia, os fizesse falar ainda mais alto, mais claro e mais irredutivelmente sobre os seus agressores, todos os seus agressores, para que, no caso de este miserável processo ser reaberto como pretendem os condenados, não só os culpados acabassem com as penas agravadas, como – e isso seria o melhor de tudo – acabassem sentados no banco dos réus e igualmente condenados, aqueles muitos que não chegaram sequer a sentar lá o rabo.
Mas como já disse... sei que isso é pedir muito!

Os mercados em voo picado


De passagem pela frente de um aparelho de televisão, decidi ficar um pouco, assistindo à amena cavaqueira entre o meu deputado António Filipe e Nuno Melo, deputado europeu pelo CDS. Realmente, não há nada mais fácil do que ficar em amena cavaqueira com alguém inteligente, quando o assunto é Sócrates, as suas políticas, a forma miserável como executa os seus próprios programas, enfim... Sócrates, “o grande unificador”.
Passe a brincadeira do primeiro parágrafo, é evidente que, embora de acordo em muitas das justas caneladas que foram dando no primeiro-ministro e nas suas políticas, há todo um mundo a separar António Filipe de Nuno Melo. Por exemplo, na posição dos “mercados” em relação à compra de dívida portuguesa.
Enquanto o António Filipe chamava a atenção, mais uma vez – e nunca é demais – para a verdadeira burla e assalto aos cofres públicos que é o facto de “os mercados” (alcunha adoptada pelos bancos alemães, franceses e, claro, até portugueses) poderem ir financiar-se ao Banco Central Europeu, pagando um juro de um a um e meio por cento, para depois emprestarem a Portugal com juros que chegam a ultrapassar os sete por cento... Nuno Melo respondeu que não senhor, não se trata de assalto ou agiotagem, mas sim de “cumprir os tratados”, já que o BCE está impedido de financiar diretamente os estados. Acrescentou ainda que “os mercados” exigem os tais sete por cento, ou outros juros quase igualmente exorbitantes, não porque sejam bandidos, mas porque se trata de uma operação de elevadíssimos riscos, tal a incerteza que por aí anda sobre a capacidade de algum dia pagarmos esses empréstimos.
É aqui que, mais uma vez – e nunca é demais – entra em cena a minha já proverbial vasta ignorância económico-financeira.
Pelo amor da santa, alguém é capaz de me explicar, de preferência muuuito de-va-gar... porque é que, ao contrário de outros leilões aparentemente tão interessantes que por aí existem, em que se leiloa de tudo, desde preciosas e únicas obras literárias, a peças de “lingerie” de estrelas “pop”, não aparecendo por lá clientes em quantidade que se veja, nestes leilões de dívida pública portuguesa, a dar crédito às notícias, várias vezes a procura excedeu em três e quatro vezes a oferta, tendo “os mercados” mergulhado como verdadeiros abutres sobre a “carcaça” dos títulos em venda?
Não é por nada... mas é que saber exatamente qual a resposta a estas perguntas, é meio caminho andado para um dia destes dizermos a esta cambada: Vocês vejam lá como nos respondem... ou ficam sem os bancos!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

José Sócrates e eu – O acordo possível


Segundo leio, Sócrates diz que Portugal «não precisa de nenhum FMI». Embora por diferentes razões, não posso deixar de concordar com o primeiro-ministro.
Para caminhar para a ruina, para ver milhares de trabalhadores com os seus vencimentos roubados, para ver esmagados os direitos dos mais fracos, sacrificados no altar dos interesses e da ganância dos fortes... Portugal já tem José Sócrates!
Realmente... para que iria precisar do FMI?

Hugo Chávez - Veja lá como me responde!


Vivo num país triste, onde a maior parte dos eleitores, pelo menos enquanto não fizermos mais e melhor para romper a barreira de silêncio e desinformação que impede a mensagem de chegar ao destino, vota repetidamente em partidos e políticos que, no dia seguinte ao voto, os enganam, os traem, os roubam; eleitores que, quando decidem “mudar”, votam nos “outros” que, em eleições anteriores, já os tinham enganado, traído e roubado.
Vivo num país triste, onde o Presidente da República em vez de cumprir e, sobretudo, fazer cumprir a Constituição que jurou, patrocina e aplaude as políticas destes políticos... que são as suas; que vive atascado nas estórias dos amigos e colaboradores de que desde há décadas se fez rodear no Governo, na Presidência... e até na casa de férias; um triste arremedo de Presidente, de gatas perante os interesses estrangeiros e o capital sem pátria, aos quais optou por prestar vassalagem.
Virando para a Venezuela, vejo um Presidente em sintonia com as necessidades e anseios da maioria do seu povo, povo que lhe vai dando o seu voto de forma maioritária, livre e democrática, eleição após eleição. É por isso que, mesmo não gostando do exibicionismo e do tom (errado) com que algumas medidas (certas!) são por vezes apresentadas, algumas das tiradas e ações políticas de Hugo Chávez fazem-me ganhar o dia.
Primeiro, porque fico sempre a imaginar quantos milhares de “filhos da pátria” ele deixa à beira da apoplexia, de cada vez que faz mais alguma coisa para tirar da miséria grande parte do seu povo, para o alfabetizar, para que os “direitos” saiam do papel e venham até às casas dos trabalhadores. Tudo isto com o dinheiro que eles tinham como coisa sua, sagrada e para sempre.
Segundo, porque imagino a cara do pascácio Aníbal, se por acaso viu Hugo Chávez, nesta conferência de imprensa que eu vi, dizer sem papas na língua que se determinado banco privado (de capital espanhol) não cumprir a lei e a Constituição, em relação com um programa de apoio à habitação, «Nacionalizo-o no interesse nacional! Pago, seja lá quanto que for aquilo que o banco valha... e nacionalizo-o!»
Quando eu pensava que já tinha visto o melhor, Chávez pega no telefone, liga para o banqueiro e, perante a sua resposta, supõe-se que desabrida, aconselha-o: «O senhor veja lá como me responde! Você diz-me que o banco não está à venda, mas olhe que eu nacionalizo-o sem qualquer problema; por isso, rogo-lhe, veja lá como é que responde!»
Claro que depois o homem, certamente a suar bastante, lá se dispôs a receber imediatamente as pessoas que antes tinha recambiado de mãos a abanar... mas valeu pelo diálogo! É com estas (e muitas outras) que Hugo Chávez compensa largamente um ou outro tique da sua exuberante personalidade que não liga bem com o meu feitio provavelmente demasiado europeizado... seja lá isso o que for.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Matinal


Cafezinho da manhã, no café do costume, ilustrado pelo jornal da casa e um programa de televisão esparvoado.
Estas amplitudes térmicas e, sobretudo, esta humidade gélida alentejana, vão bem com as paisagens matinais de céu azul liso, com erva brilhante, bicharada ainda meia estremunhada e baixios cobertos por nevoeiro rasteiro... vão bem com lume de chão, migas de espargos, empadas acabadas de fazer, um “Serpa” amanteigado, qualquer bebida (desde que seja tinto!), um “panito”... mas vão muito mal com as minhas maleitas típicas da idade provecta – pensei eu depois de me dar uma tal guinada no braço, que quase me impediu de levar a chávena de café à boca.
O jeito que me dava agora ter aqui um “ascensor da bica” – ri-me para dentro. E lá fiquei a maldizer a tendinite, a interioridade e o centralismo. É tudo em Lisboa, tudo em Lisboa!!!

Cavaco – Um verdadeiro “mãos largas”!


Há tempos, quando se soube pela Wikileaks que o Presidente da República de Portugal teria sossegado a CIA sobre o possível impacto na opinião pública, das notícias sobre os seus voos secretos, assegurando-lhes que a imprensa portuguesa é «muito suave», houve como que uma tentativa de amuo, uma leve crispação entre algum jornalismo e o presidencial pascácio, traduzidas nas inconfidências sobre ganhos inexplicados e casas algarvias por explicar, por exemplo, inconfidências que viriam a turvar aquilo que se pretendia que fosse um passeio triunfal de Cavaco até à reeleição.
Reeleito o indivíduo, algo no descabelado e vingativo discurso de vitória do Presidente, sobretudo o tom anibalesco com que o fez, empurrou rapidamente os poucos "espontâneos" de volta para a segurança atrás das "tábuas".
Só isso pode explicar o ar santinho, inocente e sonso, de títulos de jornal como estes, entre muitos mais:

Este segundo título, do gratuito “Destak”, é uma pérola de candura. Embora qualquer uma das notícias, nos vários jornais, acabe por revelar que esta “atitude” de Cavaco Silva não corresponde a nenhuma magnânima vontade de contribuir para a poupança nacional, mas sim e muito simplesmente, de obedecer a uma lei da Assembleia da República... não é isso que os títulos insinuam. A verdade nua e crua é que Cavaco não “prescinde” de coisa nenhuma, antes está proibido de acumular as duas reformas que já tem com o ordenado de PR. Os “suaves jornalistas” que fazem estes títulos, sabem que a grande maioria dos portugueses lê precisamente apenas as parangonas, raramente passando daí.
Podem entretanto ficar descansadas as almas mais sensíveis. O Presidente não vai ficar de bolsos vazios com a perda do seu ordenado de sete mil euros! As duas reformas que tem e acumula, somam um pouco mais de dez mil euros por mês... e se alguma vez se vir realmente atrapalhado e sem querer ir mexer nas muitas e muitas centenas de milhares que tem a render, nalguns casos com os fantásticos ganhos que conhecemos, pode sempre recorrer à pobre pensão de oitocentos euros da “sua senhora”.
Ah... eu sei que a imagem que escolhi parece não ter nada que ver, mas acho que é boa para ilustrar a ideia de que existe gente verdadeiramente sem nada nos bolsos, ou mesmo até sem bolsos de todo, realidade que este “habitante” de Florença (*) é capaz de simbolizar com extrema elegância... embora, há que reconhecê-lo, com uma preciosa ajuda de Michelangelo.


* O jovem da estátua, segundo me diz um leitor, habita em Florença e não em Roma, como tinha primeiro dito no texto. Bem que eu andava desconfiado... Fartei-me de lhe escrever e as cartas vinham todas devolvidas...
Obrigado, Jorge Oliveira!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Casa Pia de Lisboa – Num teatro perto de si...


(Guayasamin - "Los niños muertos")

Era previsível que o drama por que passaram as vítimas da Casa Pia, independentemente de durar para o resto das suas vidas, não tivesse um fim, em termos mediáticos, com a condenação em tribunal dos acusados de abusos sexuais. Como os cerca de oito anos de processo ainda não foram bastantes, aí está a avidez dos média a criar mais uma sequela deste espetáculo tenebroso. Uma sequela de péssima qualidade e com uma encenação patética, como muito bem afirma Catalina Pestana.
Já todos ouvimos, ou lemos em romances, ou vimos em filmes policiais, estórias sobre o mito do “soro da verdade”. Confesso ser a primeira vez que ouço falar do “soro da mentira”.
O Sr. Carlos Silvino diz agora que foi drogado para mentir...
Fico então à espera que alguém me drogue... para acreditar!

Mário Soares – Nauseabundo


O Dr. Mário Soares, quanto mais não fosse para mostrar (já não era necessário!) que as suas fantásticas “qualidades” não conhecem limites, veio, ainda com a derrota humilhante de Alegre em carne viva, declarar umas coisas que depois de traduzidas, são apenas mais um retrato feio do ódio vesgo que o move contra o poeta e ex companheiro. Claro que não lhe bastou ter patrocinado uma candidatura concorrente para lhe dinamitar a campanha. Era preciso mais! 
Partilhou connosco a sua "convicção" de que nesta campanha eleitoral ninguém falou dos problemas reais. Problemas de ouvidos, suponho.
Aproveitou ainda o facto de o pascácio Aníbal ser um ignorante capaz de, numa noite de vitória, fazer o miserável discurso que fez... para exibir a sua superior “magnanimidade”... precisamente no momento em que estava a pontapear um adversário já caído no chão. 
Resumindo: de uma penada foi capaz de fazer de conta que não ouviu Francisco Lopes, capaz de mentir sobre a sua ligação a Nobre, conseguiu dizer que Alegre não devia ter sido apoiado pelo PS, que a campanha foi um «bocadinho desagradável»... e que Cavaco «foi rancoroso».
A fazer lembrar o tipo de calhordas que é sempre o primeiro a notar e a protestar pelo mau cheiro dentro do elevador, segundos depois de, silenciosamente, soltar uns gases.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Marcados a ferro


Enquanto milhões de portugueses decidiram ficar em casa e muitos outros andaram a “reinar” com o seu direito de voto, votando num “bobo”, como Manuel Coelho, ou num demagogo vazio e populista, como Fernando Nobre, ao mesmo tempo que ignoravam a mensagem do único candidato que falou dos seus problemas, dos problemas reais do país, propondo soluções de ruptura com esta política de declínio... o pascácio Aníbal fez-se reeleger à primeira volta por uma “maioria” de cerca de um quarto dos eleitores inscritos.
Enquanto isso, como dizia, os mesmos de sempre, aqueles que estes mesmo eleitores vão elegendo alternada e cegamente, para legislar, governar e governarem-se, estavam a preparar e cozinhar entre eles mais esta. Ora aí têm!!!

Vá... fiquem em casa! Abstenham-se!
Votem! Votem neles!

É difícil combater a escravatura quando das correntes e dos chicotes apenas se veem as feridas... e tantos, tantos dos escravos desistiram de lutar pela liberdade.

O pascácio Aníbal - E se ele em vez de...?


O triste pascácio Aníbal, que não precisava de me dar mais razões para não o considerar meu Presidente, mesmo assim optou por fazê-lo. Num discurso de vitória eleitoral vazio, miserável, ressabiado, revanchista e de frio ajuste de contas com os adversários, deixou claro ao que vem neste segundo mandato, dando assim mais umas escuras pinceladas no já sombrio retrato da sua falta de dimensão e fraco carácter.
De qualquer modo, até hoje, não avançou uma explicação que seja para os casos que o envolvem, casos a que bem pode ir chamando “vil baixeza”, mas que nem por isso deixam de existir – pensei eu, enquanto corria os olhos pelo jornal.
Numa mesa, bem ao meu lado, discutia-se o empurrão de Jesus a não sei quem. Numa outra, mais afastada, o já recorrente tema do uso ou não uso, por parte do pascácio Aníbal, da “bomba atómica”, o nome meio parvo que alguns decidiram dar ao facto de o Presidente da República ter o poder constitucional de dissolver o Parlamento.
Será que esta maioria com maior percentagem, embora com menos meio milhão de votos lhe dá uma “legitimidade reforçada”? Será que, pelo contrário, ele se sentirá mais à vontade com o paspalho Sócrates do que com o disparatado neoconservador Passos Coelho... – conversavam, tentando resistir à fantástica massa sonora da discussão sobre a Comissão Disciplinar da Liga e do relatório do árbitro.
- O café do costume?
E eu alheado das conversas e do dono do café - Se ele em vez da “bomba atómica” usasse antes a “bomba anatómica”... pelo menos ser-lhe-ia bem mais fácil enfiá-la pelo... - Sim, sim... desculpe! É um café. Curto, se fizer favor!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De portas abertas


Depois do post anterior, que não pretendeu ser mais do que um simples abraço às amigas e amigos que se empenharam nesta campanha e também àqueles que, mesmo não se empenhando por aí além, foram, mesmo assim, votar em Francisco Lopes, tenho vontade de dizer mais umas coisas sobre estas eleições. Não para encerrar o assunto, mas, pelo contrário e se possível, para o abrir.
Num cenário de tão grande descrença nas instituições, no futuro e na própria democracia, que leva mais de metade dos eleitores a ficar em casa; num cenário em que o medíocre que faz de Presidente da República é reeleito com cerca de vinte e cinco por cento dos eleitores inscritos, perdendo meio milhão de votos em relação à sua própria primeira eleição – o que nunca tinha acontecido; num cenário em que o respeito dos eleitores pela política e pelos políticos os leva, por um lado, a não votar – como já apontei – e aqueles que votaram, fazerem-no, ou em Fernando Nobre, cuja única “ideia programática” foi exatamente o ataque aos partidos e aos políticos... ou, no limite, naquela “coisa” da Madeira, que teve um número de votos na sua terra (onde em vários Concelhos ficou mesmo em primeiro lugar, Funchal incluído) que é bem demonstrativo daquilo que mais de trinta anos de “Jardinismo” apalhaçado e demente podem fazer a um povo e à democracia; finalmente, num cenário em que a humilhação de Alegre, sozinho e triste na hora da derrota, humilhação promovida pela canalhice vingativa de Soares e a insanável contradição do apoio do PS, do BE e do MRPP, somada à impopularidade do Governo, era mais do que previsível, chega então a hora de dizer aquilo que penso do resultado do meu candidato, Francisco Lopes.
Penso que foi curto e injusto. Porque o empenho e a qualidade de Francisco Lopes mereciam mais. Porque o programa da sua candidatura e as ideias que levou a todo o país, mereciam mais. Porque aqueles que o apoiaram, dando o melhor de si, mereciam mais. Porque a democracia e a ideia de futuro que defendemos merecia e exigia mais, muito mais! Porque o facto de ser a única candidatura que se apresentou de consciência e mãos limpas, sem compromissos com a política de direita que nos trouxe a este abismo, mereciam muito mais, muitíssimo mais!
Mesmo assim, perante todos os cenários que acabo de descrever, é notável que esta candidatura de Francisco Lopes tenha segurado o seu eleitorado, na sua quase totalidade, mostrando que para além daqueles muitos que ficaram em casa, exaustos pelas dificuldades e pelo desencanto, mas que ainda será possível trazer novamente para a luta, muitos e muitos milhares tiveram a dignidade de vir às urnas, contra tudo e todos, afirmar a sua determinação e coragem para enfrentar o que aí vem... de cabeça levantada.

Segundo as próprias palavras do candidato comunista, «Cada voto pesará na acção para abrir um caminho novo para Portugal».
Daí que, como disse ao princípio, esta reflexão não seja, de forma alguma, para encerrar o assunto, mas para o abrir. Se possível todos os dias e de portas e janelas escancaradas. Para que fluam as ideias, para que o ar puro alimente e areje as discussões e, sobretudo, para que entre muita gente... e fique. Naquela que é sua casa!

Há muito mais futuro que passado


(25 de Abril - fotografia de Nuno Ferreira Santos)

De eleições, destas eleições, falaremos mais logo, amanhã, depois... mas agora,
O sonho é ainda uma criança!
Sigamos a criança... sigamos o sonho!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Mercedes Sosa - Los hermanos


(Mercedes Sosa, retratada pelo grande pintor equatoriano Guayasamin)
Mercedes Sosa foi, por muitas vezes, a voz do seu companheiro de canções, cantor, autor e grande músico, Atahualpa Yupanqui. Hoje sê-lo-á mais uma vez. Hoje é um domingo diferente... para acompanhar com uma canção extraordinária!
Los hermanos
Adaptação (muito) livre dos versos de Atahualpa Yupanqui
Eu tenho tantos irmãos, que não os posso contar; nos vales, nas montanhas, nas planícies, no mar. Cada um com os seus problemas, cada um com os seus sonhos, com a esperança pela frente e um passado de recordações.
Eu tenho tantos irmãos, que não os posso contar.
Gente com as mãos quentes da amizade, com uma oração para orar, com um lamento para chorar... com um horizonte aberto, que está sempre longe, mas com a força para o buscar, com confiança e vontade; quando parece mais próximo é quando mais se afasta...
Eu tenho tantos irmãos, que não os posso contar.
E assim vamos caminhando, curtidos pela solidão, perdemo-nos pelo mundo para nos voltarmos a encontrar. E assim nos reconhecemos, apenas com um olhar, de longe, ou pelas canções que “mordemos” – sementes de imensidão. E assim vamos caminhando, curtidos pela solidão; e connosco, os nossos mortos, para que ninguém fique para trás.
Eu tenho tantos irmãos, que não os posso contar. E uma irmã - a mais formosa - que se chama liberdade.

Bom domingo!
los hermanos” – Mercedes Sosa
(Atahualpa Yupanqui)



sábado, 22 de janeiro de 2011

Reflexão sabática


Sendo certo que existem muitos dias completamente inúteis na vida de cada um de nós, estes “dias de reflexão”, antes dos actos eleitorais, concorrem fortemente para um lugar no pódio. De qualquer modo, não é sobre a inutilidade de passar vinte e quatro horas a “reflectir” antes de ir votar - como se antes deste dia tivéssemos andado todos bêbados, ou o debate, luta política e a própria campanha, nos impedissem de pensar – que quero escrever.
Chegamos a este dia - pelo menos alguns de nós - vivendo um misto de inquietação e de calma. A inquietação de saber tão longe o fim da luta e a calma que só a consciência tranquila pode proporcionar... a consciência do dever cumprido, que sempre nos deixa bem connosco próprios, como escreve José Casanova.
Podíamos ter feito mais e melhor? Sim... como sempre e como em tudo na vida. Seja como for, o empenhamento com que todos fizemos aquilo que conseguimos fazer, garante-nos o direito a virar a página desta tarefa, reflectindo, já não no que vamos fazer amanhã, nas urnas de voto, mas sim no dia 24, 25, 26 e nos restantes dias de grandes e pequenas batalhas que serão sempre o pano de fundo da vida daqueles que não se conformam.
Dentro de horas, milhares de portugueses vão votar em candidatos que são responsáveis, uns mais, outros menos, por terem patrocinado e apoiado ou, pelo contrário (ainda que apenas um), feito frontal oposição, às políticas que nos trouxeram até este buraco lamacento que é o ano de 2011. Parece claro que ainda não será desta vez que o voto reflectirá a interiorização plena desse facto por parte da maioria dos eleitores, mas essa realidade não deve servir para outra coisa que não seja reafirmar a vontade de fazer aquilo que falta. De fazer o que é preciso.
É próprio das caminhadas longas e difíceis, fazerem-se passo a passo. O caminho... esse faz-se caminhando, como bem disse o poeta.
Boa “reflexão”!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cavaco Silva – Cego, surdo... e medo


À falta de melhores argumentos, Cavaco Silva optou por voltar a tentar assustar os eleitores. Segundo o candidato, se os portugueses não o elegerem já, na primeira volta, os juros da dívida vão aumentar, o deficit vai disparar, a nossa vida vai piorar, o leite das vacas vai azedar ainda dentro das tetas, ou, como disse Brecht, o trigo vai crescer para baixo.
É como se não tivesse tido ecos da onda de indignação que esse “argumento” rasteiro, antidemocrático, passadista, bafiento e batoteiro, provocou no seio das restantes candidaturas e, de uma forma geral, nas mentes esclarecidas.
Poder-se-ia pensar que é por ser extensamente estúpido; não deixa de o ser... mas essa não é a principal razão. Mesmo sendo verdade que a inteligência não é o seu forte, esta manobra deve-se fundamentalmente ao facto evidente de o cavacal candidato ser, bem à imagem dos seus "argumentos", rasteiro, antidemocrático, passadista, bafiento e batoteiro. Há muitos anos.

Manuel Alegre... e a flor frágil


Talvez para compensar a traiçãozeca barata de Correia de Campos, que apoia publicamente a cavacal estabilidade” – vê-se que o ressabiado ex-ministro nunca perdoou a Alegre os reparos à sua ofensiva contra o Serviço Nacional de Saúde – parece que, finalmente e mesmo na recta final, a candidatura do poeta de Águeda tem o impulso que lhe estava a faltar. Chegou sob a forma do fantástico e avassalador apoio do PCTP-MRPP... um apoio entusiástico... daqueles militantes e simpatizantes que ainda não arranjaram “colocação” em altos cargos no PPD-PSD ou no PS... obviamente!
Com este novo impulso, Alegre encontrou inspiração para produzir e declamar mais uma daquelas frases que vale a pena recordar: 

«A Democracia é uma flor frágil!»...  ágil...  ágil...  ágil...  (as frases de Alegre têm sempre muito eco).
Pois é, caro Manuel Alegre. Isso é bem verdade... e pouca ajuda têm dado os destratos cometidos pelas várias levas de políticos e, sobretudo, as suas políticas, que tens apoiado e com as quais tens privado bem de perto ao longo das últimas décadas.
Tens razão, poeta. A Democracia é, o mais das vezes, uma flor frágil, pontapeada por gente que não é flor que se cheire!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Cavaco Silva – "Isto" não é, nem será nunca, o meu Presidente!


Cavaco Silva, como sabemos, já leva dois anos como ministro das Finanças, dez anos como primeiro-ministro, cinco como Presidente da República e, convenhamos, a sua única “obra” digna de registo é a construção da sua própria imagem. Uma imagem de seriedade sem mácula, de competência inquestionável... o que é um feito verdadeiramente notável, se atendermos que é uma construção feita a partir de matéria prima tão rasca.
Até esta altura, pensava que a coisa mais rasteira que ele tinha produzido nesta campanha tinha sido a nojenta troca de palavras com uma pobre transeunte, lembram-se?, «A ver se o Senhor Cavaco me arranjava qualquer coisinha, eu precisava de um bocadinho de reforma...» - há risos na comitiva cavacal” - e a seguir, sem sequer a ouvir, desatou a falar da “miserável” reforma de 800 euros de Maria Cavaco Silva, gabando-se a seguir do facto de «ter que a sustentar», numa série de afirmações machistas e parolas... que eu entendi como sendo, muito provavelmente, o resultado de uma qualquer espécie de vírus à solta no Algarve do passado... veja-se o triste caso de Zézé Camarinha, embora este com um pouco menos de estudos.
Estava enganado! A poucos dias do fim da campanha eleitoral o homem conseguiu regougar a afirmação mais suja de toda a campanha. Basicamente, defende que se deve votar nele de forma a que ganhe já no dia 23 de Janeiro, porque uma segunda volta ficará muito cara ao país, que está sem dinheiro... e enervará ainda mais os “mercados”.
É habitual ouvir alguns saudosos do fascismo, ou simples imbecis, questionando a democracia exatamente pelos seus alegados custos financeiros. Confesso que não esperava ouvi-lo da boca de um Presidente da República de um país onde, há apenas trinta e sete anos, se fez uma Revolução como aquela que vivemos no dia 25 de Abril de 74.
É revoltante e desprezível! Mesmo sabendo que, antes de Abril, Aníbal Cavaco Silva nada fez para que a Revolução e a conquista da liberdade e da democracia acontecessem! Mesmo sabendo que, depois de Abril, nada fez para as defender!

Presidenciais 2011 – A semente está lançada


Havia confiança. Pressentia-se que o comício-festa do Teatro Garcia de Resende iria ser bom. E foi! Foi a derradeira grande iniciativa, em Évora, desta campanha que levou Francisco Lopes a todo o país.
A semente foi lançada à terra, como já antes tinha sido e como continuará a ser. Algum dia será a hora certa para colher os frutos, frutos de que este país bem precisa.
Sem “carga nas pilhas” para muito mais post... deixo aqui as palavras que entendi acertadas para apresentar o “meu” candidato perante as centenas de pessoas que encheram a sala. Para discurso num comício... é curto (como todos os que fiz). Para um post... será, muito provavelmente, longo...

Amigas e amigos
Enquanto mandatário da candidatura de Francisco Lopes, nesta derradeira grande ação de campanha aqui em Évora, quero dirigir algumas palavras de apreço pelo empenhamento e entusiasmo de todos aqueles fizeram este caminho.
Quero agradecer ao Francisco Lopes a verticalidade, a clareza, a força, o brilho com que animou esta campanha. Não porque não fosse exatamente isso o que dele se esperava... mas por nós. Porque todos chegamos ao fim desta etapa da luta, publicamente honrados e prestigiados pelo seu trabalho.
Quero igualmente dirigir algumas palavras aos restantes candidatos, principalmente para lhes dizer que já vão tarde. Apenas a dois dias do fim da campanha para a primeira volta destas eleições, já vão tarde para mudar alguns dos aspectos distintivos das suas campanhas.
José Manuel Coelho já vai tarde para conseguir achincalhar ainda mais com os seus números de circo, um acto que devia ser encarado por todos como um momento de dignidade e exercício democrático esclarecido.
Fernando Nobre já vai muito tarde para fingir alguma espécie de competência para o cargo iminentemente político a que concorre, com um discurso antipolítica, antipolíticos e contra os partidos, um discurso que vai mal com a sua figura. Um discurso que vai bem melhor na boca de candidatos populistas de direita, desejosos de ditar os seus moralismos e interesses... e deles fazer lei.
Manuel Alegre já vai tarde para ainda conseguir desfazer o imbróglio da insanável contradição entre a sua retórica e a sua prática de anos, entre a sua ambição pessoal e o calculismo político daqueles que o apoiaram... ou fizeram de conta que apoiaram.
Defensor Moura já vai tarde para conseguir fixar os votos de alguns dos seus companheiros do PS, descontentes com Alegre, pois esses há muito estão decididos a votar na direita, ou estão mesmo nas Comissões de Honra de Cavaco Silva... tal como muitos dos supostos apoiantes de Alegre.
Cavaco Silva, esse já vai tarde para conseguir evitar, cada vez mais, parecer aquilo que realmente é. Já vai tarde para nos convencer de que está com a verdadeira democracia e com Abril... nem que agora, ao fim de 37 anos, ponha finalmente um cravo na lapela.
Companheiras e companheiros,
Vamos votar Francisco Lopes porque é o único candidato que, como já disse noutra ocasião, se apresenta nesta campanha presidencial, de consciência e mãos limpas. É o único candidato que nunca vimos pactuar com a política de direita que nos tem desgovernado durante décadas. É o único candidato que pode (e quer) contribuir com a urgente ruptura com estas políticas e com a mudança de rumo necessária.
Estamos com o projeto político de onde nasce esta candidatura. Vamos votar Francisco Lopes, porque gostamos dele, porque gostamos de nós, porque gostamos do nosso país!
Vamos votar Francisco Lopes, porque é preciso que os poderosos saibam que nós sabemos, que esta vida não é uma fatalidade, que queremos outro futuro para os nossos filhos, que esse futuro é possível, que não nos calamos, não ficamos em casa e que, mais cedo do que tarde, poderemos virar a mesa e mudar a História.
Quase todos os analistas, politólogos e comentadores tentaram questionar a figura do nosso candidato, o seu perfil, a sua preparação política. Todos questionaram a oportunidade e o acerto da decisão do PCP ao escolhê-lo para esta tarefa... tarefa que é um passo mais na luta que vai continuar no dia 24, 25, 26...
Também esses já vão tarde para emendar a mão, tal é a evidência de quanto se enganaram, tal é a dimensão desta campanha e a indiscutível legitimidade da candidatura de Francisco Lopes, assim como dos votos que lhe há de dar o nosso povo.
Não quero pôr palavras na boca do meu candidato, mas vão muito bem com ele as palavras do nosso poeta de Abril, Ary dos Santos, quando disse:
          “Aqui ninguém me põe a pata em cima
          porque é de baixo que me vem acima
          a força do lugar que for o meu!”

Viva a candidatura de Francisco Lopes!
Viva Portugal!