quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Momentos-Lino"




No Partido Socialista existem, como seria de esperar, pessoas ainda comprometidas com a sua ideia fundadora de socialismo, ideia pela qual se bateram com coragem ao longo dos anos. Para essas, verem trânsfugas da extirpe de Mário Lino ocupando o lugar que ocupa num governo do seu partido e, sobretudo, o tipo de gente em que se tornou o grupo que tomou o poder dentro do PS e, em consequência disso forma esse governo, deve ser algo entre o pesadelo e a humilhação diária.

Não está ao meu alcance dar-lhes conselhos sobre as formas de mudarem de rumo, mas penso que aqueles que mantêm a capacidade de rir da própria desgraça, valiosíssima ajuda em tempos de crise, têm muitas vezes, em Manuel Pinho e neste inexplicável Mário Lino (para citar apenas dois), verdadeiras terapias pelo riso. Eu confesso que me divirto bem mais do que a “seriedade política” aconselharia...

Mesmo dando de barato que ninguém (à excepção do Bernardino Soares em nome do PCP) parece interessado em questionar verdadeiramente o que importa neste fenómeno mediático do novo Aeroporto Internacional de Lisboa e que se prende com o novo modelo de negócio sob o qual passará a reger-se essa gigantesca infra-estrutura, colocando nas mãos dos privados mais um bem de grande importância estratégica para o país, tanto em termos económicos, como da própria segurança, parecendo assim que as falcatruas, mentiras e trapalhadas ligadas à sua localização são o único tema de polémica, lá tivemos direito a mais um “Momento-Lino”, que tal como os anteriores, foi uma verdadeira pérola da tragicomédia em que se transformou a nossa governação.

Apesar do extraordinário rigor a que nos habituou, Mário Lino, logo a seguir ao TGV, deixou também atrasar o raio dos aviões!

Embora muito tentado a desconfiar que na cabeça dos génios que dirigem este pobre PS, isto deve ter sido “inventado” como sendo uma espécie de ameaça subliminar aos eleitores, dando a entender que, a ganhar o PSD as próximas eleições, Portugal ficará sem TGV e novo aeroporto, atendendo a que isto, como táctica política, é muito pedestre... os atrasos devem mesmo ser explicados apenas pela incompetência do executivo governamental.

Adenda: “Palavra” que tinha escolhido uma fotografia muito gira de Mário Lino para ilustrar este texto. Lamentavelmente, uma arreliadora confusão no link da dita, acabou por resultar na publicação da que podem ver aqui em cima... mas afinal, vendo bem...

12 comentários:

Maria disse...

Eu nem sei o que diga.
Da foto acho que o homem está... favorecido.
Do homem, acho que ele está completamente "descoroçoado" porque, em vez de uma Obra, da passagem dele pelo governo ficará apenas o "jamé"...

Abreijos

salvoconduto disse...

Com que máquina é que tiraste a fotografia?

Abraço.

Antuã disse...

Um execrável ridículo.

vermelho disse...

Muito bem! É a palhaçada pegada.
Abraço.

bico de lacre disse...

Cuidado, pois ainda pode vir a ser processado, por andar a denegrir a nobre e honesta profissão de palhaço.

Ana Camarra disse...

Mas a foto é das melhores que já vi da criatura...

beijos

BOGA E AXIGÃ disse...

...esta é a foto perfeita. Onde estavas com a cabeça quando te ocorreu outra qualquer.

Fernando Samuel disse...

O homem tem razão em querer privatizar o aeroporto: como temos visto nos últimos tempos, o PRIVADO superou claramente o PÚBLICO em matéria de golpaças e outras trapaças...
Quanto à fotografia, há «arreliadoras confusões» que vêm por bem...

Um abraço.

Pata Negra disse...

Não sei se precisamos de aeroporto, TGV ou TV-G, do que não precisamos mesmo nada é de governos destes!
Um abraço lino-rua

duarte disse...

pois do circo tinha de aparecer o palhaço!!!
eu tinha lá posto um burro a comer uma cenoura ou vice-versa.
abraço do vale

Nocturna disse...

Este governo é uma anedota. O pior é que quem se «lixa» somos nós.
Mas... eles vão caindo aos poucos.
A troca da fotografia, só pode ofender algum honestíssimo palhaço que trabalha para ganhar a vida.
Repito, com a devida vénia, o que disse Pata Negra.
Um abraço lino-rua

samuel disse...

E pronto... então, resumindo, Lino rua!!!

Abreijos colectivos!