Rafael Bordalo Pinheiro
A D. Manuela Ferreira Leite lá passeou as suas ideias, sempre tão mobilizadoras, numa entrevista brilhante e vibrante, conduzida por Mário Crespo (que tampouco me alegra!).
O brilho e clarividência das suas declarações foi tal, que no espaço de apenas algumas horas, conseguiu originar vários títulos de notícias completamente contraditórios, sobre a sua disponibilidade, ou pelo contrário, indisponibilidade, para integrar um “bloco central” com o Partido Socialista, seja como ganhadora das eleições, ou perdedora... “desde que seja bom para o país.”
Embora eu tenha uma ideia muito diferente sobre o que Sócrates e a D. Manuela poderiam fazer de realmente bom para o país, mas que de momento não consigo verbalizar aqui, pelo menos de uma forma “bem educada”, convinha que um dia destes se decidissem sobre se fazem ou não fazem o tal “bloco central”, não porque eu esteja doido para saber, mas para se começar a tempo a obra de ampliação das instalações necessárias. É que um “bloco central” implica muito mais espaço, mais gamelas, muitas camionetas de lama, ração, uma boa ETAR “derivado” ao cheiro...
10 comentários:
Dizem eles que as "infra-estruturas" já foram há muito construídas...
Não ouvi a conversa, mas por esta prosa imagino-a...
Conheço uma ETAR lá para os lados do Cabo Carvoeiro que tem montes de espaço à volta. Desde que o cheiro não chegue à ilha...
:))
Abreijos
As infraestruturas devem mesmo necessitar de melhoramentos, pois o primeiro bloco central já foi nos anos 80.
Um abraço
É uma reprise. e a repetição em história, segundo os entendidos, é uma paródia. Estamos mal.
Também não ouvi a "cumbersa", mas acho excelente o comentário que fazes.
Essa hesitação para-dialécticas ao "bloco central" são o reflexo de dúvidas de quem, efectivamente, toma decisões para que a política melhor os sirva. A lutazinha de classes e a classe dominante a marionnetar (gostei desta...)os "politicos".
Um abraço
Se avançar o bloco central vai desenvolver-se ainda mais a indústria das gamelas.
Não fora a desgraça que encerra tal constituição, ainda recente na nossa memória e este post era verdadeiramente hilariante.
Belo texto e novamente o pessoal sai daqui às gargalhadas. Gosto verdadeiramente deste cantinho.
Quanto a ideologia, se estes senhores soubessem o que é, até está certo nada os destinge, era lógico até a criação do partido ao meio.
Quanto às gamelas ai é que está o problema, a situação actual até não é má e salva as aparências, ora agora governo eu e governa-te tu, ora agora governas tu e governo-me eu. Dai a grande hesitação deste casalinho.
Quanto o que eles podiam fazer de bom ao país, deixa-te de pudores e envia-lhes alguns metros de corda já com o nó feito não vá eles não o saberem fazer e já agora com instruções de onde o atarem qual a distancia ao solo e que banco usar (não serve o BPN). Seriam os nós Europeus...
O bloco central tem duas formas de existir: ou com cada um dos dois partidos, alternadamente, no poder a fazerem a mesmíssima política )de bloco central); ou com os dois partidos de braço dado no poder a fazerem a mesma política que cada um deles faz quando está sozinho.
Se calhar era isso que a D. Manuela (não) queria dizer...
Um abraço.
Samuel, essa tendência para as ETAR é congénita ou bateu com a cabeça no chão?!
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