Desde há muitos anos, o PS e o PPD têm governado o país numa espécie de número de alterne, ou de forças combinadas, aqui e ali apimentado por um “affair” com o CDS, que desde que seja pago para isso, vai para a cama com qualquer um dos dois.
Têm uma característica comum, entre várias outras: sempre que chegam ao poder aproveitam o chamado período de “estado de graça” para desbragadamente (antes que ele se acabe) inundar os cargos públicos e de confiança política com milhares de amigalhaços e a partir daí, durante o resto do mandato, entrar em velocidade de cruzeiro nas negociatas, nomeações, ajustes directos com empresas de amigos, concursos públicos “martelados”, obras de fachada, orçamentos derrapantes, etc., etc., etc. Ao fim de pouco tempo está assim criado um verdadeiro exército de dependentes e lacaios sempre prontos a vir cobrir de areia, ruído e propaganda, todas as borradas, ou mesmo crimes, cometidos durante o processo, enquanto vão gritando vivas ao chefe e cantando as suas inigualáveis virtudes.
Há até quem se entretenha a contar os dias de “estado de graça” de cada novo Governo. Por mim, nunca consegui distinguir claramente onde está a linha que separa o “estado de graça” do “estado de graxa”.
8 comentários:
Enquanto isso o Zé vive no estado da desgraça.
Este que tomou posse um dia destes nem chegou a entrar em estado de graça, porque a desgraça é bem maior.
Abreijos
De graça não tem nada que o diga o nosso povo.
Quanto à graxa, já andam a espalhar e vão continuar na mesma onda distribuindo umas pequenas migalhas aqui,ali, trabalhando já para as eleições ante.......
Um Abraço
Nem eu consegui perceber onde se situa tal linha. Uma coisa acho que já percebi e bem é que a determinada altura alguns bajuladores que muito dificilmente conseguem estar afastados algum tempo das "luzes da ribalta" começam-se suavemente a chegar ao poder, e de passinho em passinho chegam ao ponto de se "disponibilizarem" a serem úteis àqueles que dias antes tanto criticavam. Antigamente eram os chamados "lambe botas" que a troco de uma promessazinha lá davam o seu "golpe de rins".
Que vemos hoje na política actual Portuguesa? Todos criticaram fortemente (e com razão) a versão 1 do (des)Governo Sócrates; todos e bem penso eu, criticaram a versão 2do agora "relativo" (des)Governo do P. S., mas eis que alguns (P.S.D. e C.D.S./P.P.) já se "vão chegando" à frente e como quem aceita um prato de lentilhas, já dizem que se absterão em documentos, que próximamente irão ser votados na Assembleia da República, propostos pelo Partido do Governo, enquanto em outros propostos pela esquerda, abstiveram-se, embora até tivessem o despudor que reconhecia alguma razoabilidade nos documentos.
Assim, é mesmo de uma indignidade muito grande aceitarem estar lá sentados(alguns sem nunca abrirem a boca), e depois virem com estes 2contorcionismos" que até convêm ao dito P. S., face a relatividade da sua maioria.
Lamentável ...
... a que se segue invariavelmente, o "estado da desgraça" !... e um novo ciclo se repete.
gggrrrgggrrr.
.
É!... E na continuação no “número” de forças combinadas, os tais partidos de alterne, aprovaram agora uma denominada “Comissão para o Acompanhamento do FENÓMENO da Corrupção”.
Isto, traz-me à lembrança a anedota do emigrante português que, acabadinho de chegar a Paris e, iniciando-se na língua francesa, comentava para o seu compagnon:
- Eh, pá! Que eles chamem “PAIN” ao pão e “VIN” ao vinho, ainda vá que não vá, mas chamarem “FROMAGE” a uma coisa que eu estou mesmo a ver que é queijo!...
Pois é!... “Eles” pretendem tratar a corrupção como um FENÓMENO, quando todos sabemos que ela é o pão e o vinho de que “eles”, diariamente, se alimentam!…
@braços e DIAS TRANQUIILOS!
Salvoconduto:
Essa não desarma nem alterna...
Maria:
Esta governo, pelo menos alguns membros, não estão bem em estado de graça... é mais de anedota.
Hilário:
Estão quase sempre a “trabalhar” para as eleições.
Manuel Norberto:
É gente que não deixa que as “convicções” os afastem por muito tempo dos tachos.
Rui da Bica:
Faz parte da alternância...
Dias Tranquilos:
Realmente... continuar a chamar “fenómeno” a uma coisa tão vulgar...
Saludos gerais!
Da graça à graxa e da graxa à graça... nos vão desgraçando, sem «graxia« nenhuma...
Um abraço.
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