Quando por volta das 3 da madrugada, já do dia 5 de Outubro, ouvi uma destas novas “jornalistas modernas” anunciar que dentro de algumas horas teria lugar a cerimónia comemorativa da «implementação» (sic) da República... confesso que temi o pior. A realidade veio, infelizmente, dar-me toda a razão.
A coisa foi um verdadeiro massacre:
- Uma cerimónia fortemente sitiada, borrada de medo dos cidadãos da República ali festejada.
- A bandeira içada de pernas para o ar... o que segundo os códigos militares, parece querer dizer que o território foi tomado pelo inimigo... o que não podia ser mais simbólico!
- Passos Coelho estrategicamente ausente, para participar numa reunião da “Liga dos Amigos da Pesca ao Achigã”... ou lá o que é... mas, ainda assim, presente, embora na forma de um “cabeçudo de romaria”.
- Ecos do desespero que muitos cidadãos – cada vez mais! – vão tendo como pano de fundo nas suas vidas.
- Saídas cobardolas pela porta do cavalo... mas nem assim evitando as justas vaias dos cidadãos que, embora pagando a cerimónia e os vencimentos de quase todos os presentes, foram mantidos à distância.
- Oportunidade para alguns cromos ficarem na fotografia, fazendo o que podem... como este, presente e pateta, ou este outro, ausente e esperto.
- Uma cantora lírica (parabéns pela atitude!), cujo maior “lirismo” foi acreditar que naquelas condições seria possível cantar uma canção de Lopes Graça, sem se fazer trucidar, juntamente com a canção.
Pobre República!
14 comentários:
A deles nunca foi,nem será,uma re-publica,sempre foi uma re-privada.
Voltar à comuna é preciso.
Um abraço,
mário
Sem dûvida,um feriado subime.
Melhor frase que ouvi hoje:
"Já não é o PR a demitir o Governo, é o Povo a demitir o PR"!!!!!!!
Gostei!
Abreijos.
O pr É O CÚMULO DA IGNORÂNCIA E DA FALTA DE CULTURA. Serve para passar 24 horas por dia em frente aos televisores.
A melhor frase que ouvi de um cidadão que se encontrava na Praça do Município: "Quando a bandeira da República começou a ser içada de pernas para o ar, a força militar perfilada na parada deveria ter uma outra atitude"
Um feriado cheio e em cheio. De eventos e de simbolismos. A tua inventariação é muito boa. Só com uma reserva: não acho que quem cantou FIRMEZA tenha sido trucidada. Até foi aplaudida e deu um grande exemplo, também pela escolha da "heróica".
Um grande abraço
Quanto ao Feriado temos de reparar no país real!
Se repararmos bem, por todo o lado o empreendedorismo comercial "empresarista" vai proliferando os epítetos de um passado que já foi e que regressa de forma infantil e inconsequente.
Assim temos:
O Real Forte,
a Real Feitoria
o Frango Real,
a Padaria Real,
o Frango do Rei,
o Campo Real,
o Parque dos Príncipes,
o Infantado,
a Quinta da Marquesa,
o Manjar do Marquês
a Quinta do Conde,
a Quinta do Visconde...
Verdade seja dita, no país real há quem se queira impôr pelo que não é nem tem razão de ser.
Por isso eu saúdo: Viva a Républica!
Grande coragem a da cantora lírica!!! Foi não só um ato de resistência mas também um momento de beleza revolucionária.
Um beijo.
do Zambujal:
Por isso lhe dei os parabéns, no texto.
Mas, insisto, naquelas, condições, o massacre foi geral...
Abraço.
Pessoal do futebol:
Não é bonito entrar num blog exclusivamente para fazer publicidade a um produto qualquer, como vocês tentaram aqui fazer, sem ter uma palavra sequer para o assunto em causa no texto em que deixam o "comentário".
Demonstrem que têm espaço no vosso cérebro para os assuntos dos "posts", na forma de comentários que sejam publicáveis… e passará a haver aqui espaço para o "vosso" futebol.
Saudações.
Viva a república! Se for Socialista melhor.
Não acredito que este feriado entre em coma!Este ano o evento teve os mais diversos acontecimentos para que entre em tal estado. Ficou mesmo muito sugestivo!!!...
Vicky
Que se passa com o pessoal de
MASSAMÁ? Não sente a crise que o estupor lhes pôs nas mãos? Estão há espera de quê? Vão para a porta do estupor,gritem! que ele está cheio de medo,que os berros da indignação ao
pé da porta tem mais valor,não o deixem descansar.
TODOS A MASSAMÁ !
Foi um momento que retratou o país na sua totalidade: a arrogância e o medo dos do poder, a coragem e o desespero do povo!
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