sábado, 5 de dezembro de 2009

José Carlos Ary dos Santos





Esta noite que passou foi de homenagem ao José Carlos Ary dos Santos. No Coliseu dos Recreios de Lisboa. Fica bem ao PCP o gesto oficial de fazer mais uma homenagem pública ao poeta que melhor cantou Abril e que nesses cantos melhor passou a mensagem dos comunistas e outros democratas amantes da liberdade. Fica bem a homenagem ao poeta, ao amigo e ao militante.

Não me foi possível estar presente nesta festa. De qualquer modo, pertenço ao grupo daqueles que foram pessoalmente tocados pelo seu génio, como já uma vez contei aqui.

Junto-me ao rescaldo da festa com este registo de há muitos anos (1968), de um poema seu, talvez um pouco menos “famoso”, dito pelo próprio, num célebre serão com o poeta brasileiro Vinícius de Morais, David Mourão Ferreira, Amália...

“Retrato do Poeta” – Ary dos Santos
(José Carlos Ary dos Santos)

9 comentários:

Maria disse...

Acabo de chegar do Coliseu.
Foi uma homenagem linda, que começou 'apenas' com o Poeta a dizer "As portas que Abril abriu" (com algumas imagens da revolução e dele próprio).
Foram largos minutos de emoção...

Este disco que aqui colocas é uma verdadeira relíquia.
Fiquei cheia de Ary, e vou continuar cheia de Ary...

Abreijos

k7pirata disse...

Merecida homenagem

continuando assim... disse...

GRANDE !!! Ary dos Santos ! uma saudação para ele ...esteja lá onde ele estiver :)

bj
teresa

Pisca disse...

Não tive oportunidade de ir ao Coliseu, mas ao mesmo tempo ou quase, bem escondido na RTP Memória passava uma conversa com o Tordo, Nuno Nazaret Fernandes e Joaquim Pessoa, onde se falava do Ary.
De entre várias situações contadas algumas revelando a personalidade nem sempre fácil do Poeta, a conversa até foi interessante.
Mas ao ouvir o Tordo afirmar com um ar quase indignado, que:
"O funeral do Ary foi um aproveitamento politico de um determinado partido"
Fiquei de boca aberta, até porque as alfinetadas apareciam sempre a desproposito.
Que o Tordo tenha as suas opções, tudo bem está no seu direito, mas ficar-lhe-ia bem que não cuspisse no prato que o alimentou durante anos.
Lembra-me perfeitamente de uma realização que não tinha corrido tão bem como desejariamos, e falando com o Zé Carlos dissemos que não lhe iriamos pagar porque o dinheiro era curto, e ouvi perfeitamento o Ary dizer:
-Ok, fico sempre a arder, mas paguem ao Tordo que não ganha nada há semanase nem lhe digam nada
Enfim, o respeito e admiração pelo musico e cantor, não me tapa os olhos para o lambe botas em que se tornou, tem todo o direito a tratar da "sua vidinha", mas nunca esqueça quem lhe deu de comer quando ninguém o queria ver por perto.
Mas não é o unico andam por aí vários, numa lufa-lufa de apagar o passado

gabreila disse...

Bela e merecida homenagem a quem se soube colocar sempre ao lados dos que mais precisavam, por humanismo e convicção.
Ary Sempre!

gabriela disse...

Bela e merecida homenagem a quem se soube colocar sempre ao lados dos que mais precisavam, por humanismo e convicção.
Ary Sempre!

Manuel da Mata disse...

Tudo o que diz o pisca é verdade. O Zé Carlos recebia o "cachet" como os outros artistas, mas acabava por devolver as importâncias recebidas.
Fui director de uma Colectividade de Culura e Recreio, a 1º de Agosto de Santa Iria de Azoia, onde Ary deixou gratas recordações. Nesta vila, é nome de jardim e tem uma linda estátua.
Conheci muitos "tordos", infelizmente.

Fernando Samuel disse...

Sabes?: foi como se tivesses lá estado...

Um abraço.

samuel disse...

Grande abraço a todos e sim, Fernando Samuel, foi como se estivesse... ☺

Viva o Ary!