Esta noite que passou foi de homenagem ao José Carlos Ary dos Santos. No Coliseu dos Recreios de Lisboa. Fica bem ao PCP o gesto oficial de fazer mais uma homenagem pública ao poeta que melhor cantou Abril e que nesses cantos melhor passou a mensagem dos comunistas e outros democratas amantes da liberdade. Fica bem a homenagem ao poeta, ao amigo e ao militante.
Não me foi possível estar presente nesta festa. De qualquer modo, pertenço ao grupo daqueles que foram pessoalmente tocados pelo seu génio, como já uma vez contei aqui.
Junto-me ao rescaldo da festa com este registo de há muitos anos (1968), de um poema seu, talvez um pouco menos “famoso”, dito pelo próprio, num célebre serão com o poeta brasileiro Vinícius de Morais, David Mourão Ferreira, Amália...
“Retrato do Poeta” – Ary dos Santos
(José Carlos Ary dos Santos)
9 comentários:
Acabo de chegar do Coliseu.
Foi uma homenagem linda, que começou 'apenas' com o Poeta a dizer "As portas que Abril abriu" (com algumas imagens da revolução e dele próprio).
Foram largos minutos de emoção...
Este disco que aqui colocas é uma verdadeira relíquia.
Fiquei cheia de Ary, e vou continuar cheia de Ary...
Abreijos
Merecida homenagem
GRANDE !!! Ary dos Santos ! uma saudação para ele ...esteja lá onde ele estiver :)
bj
teresa
Não tive oportunidade de ir ao Coliseu, mas ao mesmo tempo ou quase, bem escondido na RTP Memória passava uma conversa com o Tordo, Nuno Nazaret Fernandes e Joaquim Pessoa, onde se falava do Ary.
De entre várias situações contadas algumas revelando a personalidade nem sempre fácil do Poeta, a conversa até foi interessante.
Mas ao ouvir o Tordo afirmar com um ar quase indignado, que:
"O funeral do Ary foi um aproveitamento politico de um determinado partido"
Fiquei de boca aberta, até porque as alfinetadas apareciam sempre a desproposito.
Que o Tordo tenha as suas opções, tudo bem está no seu direito, mas ficar-lhe-ia bem que não cuspisse no prato que o alimentou durante anos.
Lembra-me perfeitamente de uma realização que não tinha corrido tão bem como desejariamos, e falando com o Zé Carlos dissemos que não lhe iriamos pagar porque o dinheiro era curto, e ouvi perfeitamento o Ary dizer:
-Ok, fico sempre a arder, mas paguem ao Tordo que não ganha nada há semanase nem lhe digam nada
Enfim, o respeito e admiração pelo musico e cantor, não me tapa os olhos para o lambe botas em que se tornou, tem todo o direito a tratar da "sua vidinha", mas nunca esqueça quem lhe deu de comer quando ninguém o queria ver por perto.
Mas não é o unico andam por aí vários, numa lufa-lufa de apagar o passado
Bela e merecida homenagem a quem se soube colocar sempre ao lados dos que mais precisavam, por humanismo e convicção.
Ary Sempre!
Bela e merecida homenagem a quem se soube colocar sempre ao lados dos que mais precisavam, por humanismo e convicção.
Ary Sempre!
Tudo o que diz o pisca é verdade. O Zé Carlos recebia o "cachet" como os outros artistas, mas acabava por devolver as importâncias recebidas.
Fui director de uma Colectividade de Culura e Recreio, a 1º de Agosto de Santa Iria de Azoia, onde Ary deixou gratas recordações. Nesta vila, é nome de jardim e tem uma linda estátua.
Conheci muitos "tordos", infelizmente.
Sabes?: foi como se tivesses lá estado...
Um abraço.
Grande abraço a todos e sim, Fernando Samuel, foi como se estivesse... ☺
Viva o Ary!
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