quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Preservativo - Avanços e recuos...




Quadro do pintor holandês Cornelis Van Haarlem, intitulado “A monja e o monge”, pelo menos ao que parece, esforçando-se por fazer um “monginho”. Acho que só me safo com esta piada parva, porque o Monginho, esse mesmo, que para além de outras coisas igualmente importantes, faz o Cartoon habitual de um jornal muito antigo que sai à quinta-feira (e não digo que é o Avante!, senão podem pensar que estou a fazer publicidade) não deve ter tempo para ler este blogue.

A meio da minha corrida para (pelo menos durante uns dias) fugir dos temas religiosos e seus derivados, tropecei nestas duas notícias absolutamente “preciosas” a que não resisto.

Na primeira, a Conferencia Episcopal Espanhola, pela voz do seu porta-a-dita, Juan António Martinez Camino, defendeu o uso de preservativos, já que estes “têm o seu contexto numa prevenção integral e global da SIDA.

Na segunda, logo a seguir, o mesmo porta-voz, da mesmíssima Conferencia Episcopal, recua a grande velocidade e desdiz-se, já que o uso de preservativo é “contrário à moral”.

Nestas posições da Igreja sobre o uso do preservativo, já nada me espanta. De qualquer maneira e sem pretender assustar os senhores bispos, é minha obrigação chamar a atenção para o quão extremamente contraproducentes podem ser estes movimentos bruscos de vaivém, sobretudo quando se tem um tal “assunto” entre mãos.

14 comentários:

Anónimo disse...

Afinal, vi e não é a primeira vez, e mais te digo só à minha conta já acrescentei 2 Monginhos.
Mas esta indirecta ao meu bom nome só será salva com um bom almoço,
e um bom vinho, de preferência reserva da Cartuxa de 2005, pago por ti obviamente.
E assim termino este meu breve comentário, sempre com consideração e amizade.

Fernando Samuel disse...

Algo me diz que esse mete-tira-mete-tira leva água no bico...


Um abraço.

Anónimo disse...

hoje fizeste-me rir. os sacerdotes estão tão desessperados neste mundo real que já não sabem o que dizem.

Maria disse...

Quando o tal assunto está entre "mãos" a gravidade não muita. Não sabia que as monjas usavam decotes tão "ousados"...
Fizeste-me rir. Vou tentar fazer-te rir também...

Até já.
Abreijos

Clube Europeu ESJAL disse...

Sobre a imagem: é muito "fresca" como dizem os italianos o que quer dizer muito atrevida, vá...

Sobre a igreja e a cegueira de que sofrem sobre o uso do preservativo: aqui há um bom par de anos atrás, houve um problema chatérrimo com o encarregado de educação de um aluno que era também aluno inscrito no clube do Jornal da Escola. Num das edições, o colega, da área das Artes, que era responsável por coordenar os alunos, deixou que eles publicassem uma imagem do Papa com um preservativo pendurado no nariz. Era um número do jornal que apelava ao uso do preservativo pelos jovens...
Esse encarregado de educação era da Congregação não sei bem de quê e olhe... correu muito mal!!!

Anónimo disse...

Movimentos bruscos? Quanto mais lhe mexem é pior...

Lília Abreu disse...

Bem, já me ri...
Resumindo e baralhando: os monges, bispos e afins não gostam de usar o preservativo, rs

samuel disse...

Monginho:
Oops!!!
O melhor é mesmo tentar marcar o tal almoço... e nem dizer mais nada! ☺

Fernando Samuel:
Têm sempre alguma fisgada!

Antuã:
Se riste, fico satisfeito. Bem precisamos...

Maria:
Algumas monjas são algo destravadas, sim.

Swt:
Posso imaginar... ☺

Salvoconduto:
Mas vá lá alguém convencê-los!...

Dulcineia:
Odeiam! A filharada que anda por aí é a prova viva.


Obrigado pela visita.

Anónimo disse...

É a minha vez de dizer que ri. De verdade e muito. Obrigado, Samuel (é que estava mesmo a precisar de dar umas gargalhadas!).
E como se não bastasse, depois do "post" que me fez gargalhar, entro nos comentários e estou... em lágrimas.
Já agora, pretendendo (pretenciosamente) contribuir para a risota geral, diria que, com os preservativos - no "contexto da prevenção integral e global da SIDA", evidentemente e antes da correcção do dito por não dito ou do feito por não feito -, o monge e a monja não fariam monginhos...
Quanto ao almoço com o maiusculo Monginho, candidato-me, e até levarei uma garrafita (não cedendo, no entanto, a exigências megalómanas de marcas e anos).
Abraços cá da terrinha (até pode ser por aqui a almoçarada, quando parar de chover, porra!)

Ana Camarra disse...

Movimentos bruscos, avanços e recuos sem peservativo ou outro metodo anticoncepcional....

BlueVelvet disse...

Samuel,
tens toda a razão.
Nisto do "vai e vem" a coisa torna-se perigosa:)
Já morri de rir.
Abreijinhos

Anónimo disse...

haiku anal e vaginal

sara
vai a saca
e vem pistola saca
sarapitola
saca a pitola da sara

samuel disse...

Do Zambujal:
Então vamos pensar nisso. Primeiro acabamos de rir... e depois almoça-se.

Ana Camarra:
Um verdadeiro perigo...

BlueVelvet:
Rir é bom!

Cândida:
Ainda mais arriscado!


Abreijos

Anónimo disse...

Cheguei com três dias de atraso, mas ainda a tempo! E, não sei porquê, esta coisa do Dezasseis e dos monges e monjas lembrou-me, perfeitamente a despropósito, um belo dum catorze de Rafael Alberti - que já que deves conhecer, mas mesmo assim deixo aqui para abrilhantar este saite de perdição...
Ah, também tenho a gravação, ao vivo no Teatro de Alcalá em 91, num recital memorável de música e poesia do Velho com o Paco Ibáñez. Que posso trocar por um almocinho, que já tarda... ;-)

O soneto chama-se Se prohibe hacer aguas e reza, literalmente, assim:

Verás entre meadas y meadas,
más meadas de todas las larguras:
unas de perros, otras son de curas
y otras quizá de monjas disfrazadas.

Las verás lentas o precipitadas,
tristes o alegres, dulces, blandas, duras,
meadas de las noches más oscuras
o las más luminosas madrugadas.

Piedras felices, que quien no las mea,
si es que no tiene retención de orina,
si es que no ha muerto, es que está expirando.

Mean las fuentes... Por la luz humea
una ardiente meada cristalina...
Y alzo la pata, pues me estoy meando!