Os pastores de Virgílio tocavam avenas e outras coisas
Os pastores de Virgílio tocavam avenas e outras coisas
E cantavam de amor literariamente.
(Depois — eu nunca li Virgílio.
Para que o havia eu de ler?)
Mas os pastores de Virgílio, coitados, são Virgílio,
E a Natureza é bela e antiga.
12-4-1919
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa.
7 comentários:
Belo post, Samuel..
Abreijo, domingo a preceito e saudades a avò Maria
:))
Como "aperitivo", está excelente!Vou ler o resto:))
Bom domingo (aqui chove quedeusadá)
Lindo!!
Bom Domingo Samuel
:))
já é a enésima vez que tento comentar-te. volatilizam-se as palavras, levadas pela tempestade blogosférica.
pessoa, para todos os gostos... tenho dias de campos, outros de alberto, menos de reis... tenho momentos que nem sei porque hei-de ter dias de outros que não eu.
abraço do vale(deserto ou desertado)
Os pastores de Virgílio
são pastores imortais
porque andavam pela natureza,
e por isso o poeta foi grande,
tão grande, que até Caeiro,
que queria não pensar
pensou nele e nos seus pastores
para cantar também ele a natureza.
Ou: Avenas na bruma...
Um abraço.
Regressado ao acesso à internet pelas vias normais em vez de “por interposto computador”, seria agora uma tarefa tão pesada quanto inútil, estar a responder a todos os comentários individualmente, dado o atraso que isto já leva...
Assim, agradeço colectivamente a todas e todos os leitores que passam diariamente por aqui, em especial aos que ainda se dão ao trabalho extra de deixar comentários.
Um grande abraço!
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