Cumprindo o que estava anunciado, o Bispo do Porto, Manuel Clemente, esteve em Espinho, discursando nas Jornadas Parlamentares do PSD. Sim... e depois? – perguntam alguns de vocês. Depois, nada... é apenas um poucochinho estranho, se nos lembrarmos do ar perfeitamente convencido com que há dias a Conferência Episcopal declarava querer os padres fora da política. A menos que...
1. A menos que a veemente recomendação se aplique apenas aos praças e demais pessoal menor do exército da Igreja, podendo os seus “príncipes” e generais fazer política à vontade.
2. A menos que se trate de uma verdadeira emergência. Nesses casos, como por exemplo, o perigo do comunismo, um padre não só tem direito, como deve ingressar em grupos terroristas ou redes bombistas, começando a assaltar, incendiar e assassinar... tudo na graça de “deus”, como bem nos ensinou o saudoso cónego Melo.
3. A menos que a Conferência Episcopal Portuguesa ache que aquilo que se passa hoje em dia no PSD não é bem política... o que, convenhamos, até faz bastante sentido.
Agora a sério, a verdade é que a desejável separação entre a Igreja e o Estado, se não visa transformar os não religiosos em inimigos da Igreja, tão pouco deve servir para transformar padres, freiras e demais religiosos, em cidadãos de segunda, sem acesso pleno aos seus direitos políticos e à liberdade.
9 comentários:
Ó balha-me deus... não habia nexexidade.......
Avreijos
:))
Há trinta e tal anos o governo italiano pagava as viagens aéreas para os religiosos em serviço de missão irem votar. Pode ter as interpretações que se quiser, mas pareceia-me uma medida acertada.
Concordo plenamente com a tua conclusão. Quanto ao resto, não sei o que disse o o prelado, pelo que não posso fazer umm juízo de valor.
Um abraço.
Daniel
É pá! A minha muito forte costela republicana quase quase me faz pensar que essa canalhada toda devia mesmo ser considerada de segunda...
Mas pronto! A rectidão de valores e a coerencia da minha filiação partidária ganham a batalha e concordo contigo :-)
Mas é por pouco!
Pus-me a pensar se isto se passasse noutro lado, como seria?
Abreijos
Separação entre Igreja e Estado é imperativo. Só assim existe liberdade para ser religioso ou não ter religião alguma. Infelizmente a Igreja está do lado dos opressores o que envenena muitas consciências. No entanto não posso deixar de expressar a minha admiração por aqueles profissionauis da Igreja que não se deixam dominar pelas imposições dos poderosos.
Um beijo.
Bom - muito bom - post.
Um abraço.
Samuel , olhe que falar no Conego Melo, tem muito que se lhe diga...
Será que já esqueceu a triste figura, que fez o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da Republica, ao associar-se ao minuto de silêncio em memória da SINISTRA FIGURA....
Ainda vai tudo para o Inferno...
Regressado ao acesso à internet pelas vias normais em vez de “por interposto computador”, seria agora uma tarefa tão pesada quanto inútil, estar a responder a todos os comentários individualmente, dado o atraso que isto já leva...
Assim, agradeço colectivamente a todas e todos os leitores que passam diariamente por aqui, em especial aos que ainda se dão ao trabalho extra de deixar comentários.
Um grande abraço!
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