A julgar pelo que li no “O tempo das cerejas”, um blog onde vou regularmente em busca de lucidez (e boa música), o Vítor Dias viu praticamente as mesmas partes que eu vi do “Plano Inclinado” e “achou graça” à mesma frase que eu também destaquei da lengalenga do costume.
Segundo um dos convidados, o parasita Silva Lopes, desavergonhado acumulador de pensões e prémios milionários, as nacionalizações que se seguiram ao 25 de Abril, até tiveram o seu acordo... mas depois, desgostou-se das ditas por ter descoberto que afinal (mais palavra menos palavra) «os trabalhadores ficavam com a totalidade dos dividendos das empresas para si» e o Estado acabava sempre por ter que pôr dinheiro nessas empresas.
Isto leva-me a duas, digamos, considerações... e uma pergunta:
1. Convivi com dezenas e dezenas de trabalhadores de empresas nacionalizadas, como bancos, seguradoras, estaleiros navais, siderurgias, grandes indústrias metalo-mecânicas, etc., etc.... e confesso o meu espanto por nunca ter percebido que eles andavam todos a enriquecer. Que bem que os trabalhadores conseguiram esconder os Ferraris, os Porsches e os Iates!
2. Considero a violência entre humanos uma coisa condenável e muito feia. Já para a chamada “Justiça Divina”, que tantos insistem que existe, a violência não parece constituir um grande problema, nem agora, nem ao longo dos últimos Séculos.
Sendo assim, porque diacho é que quando estes trastes aparecem em público debitando frases destas, não desce dos céus um raio que lhes parta os dentes?
9 comentários:
Como diz o Povo, vozes de BURRO (Silva Lopes) não chegam ao céu.
Boa pergunta.
(os dentes ou mesmo mais...)
Um abraço.
Descobrir, ao fim destes anos que os culpados do estado ao que isto chegou se deve aos dividendos que os trabalhadores embolsaram é, digamos, terrível. Já os capitalistas meterem dinheiro ao bolso (muito) tenham ou não lucro as empresas não merece destes senhores qualquer reparo.
Cambada!
Porque o raio é que pagava as favas.
"A tempestade acumula-se durante séculos e depois o raio é que é o culpado". Estas palavras são de Victor Hugo ditas em "Os Miseràveis" por um convencional à beira da morte a propósito de 1793.
Um beijo.
Salteador e mentiroso.
Ele saiu, naturalmente com as devidas recompensas, do Montepio porque já estava velho, segundo ele e parece que sim no que respeita às ideias que propaga. Mas logo de imediato arranjou um outro tacho onde já não sentia problemas com a idade embora continuasse com as mesmas velhas ideias. Ele também é um dos que há muito continuam a defender que a solução pelo apertar do cinto, não o dele que continua a alargar. Pobre País com esta gente e estes "socialistas" que o são apenas na repartição das mordomias entre o seu grupo. Até quando? Até mais e muitos mais se convencerem que a luta é o caminho. E com a luta venceremos pois temos razão e propostas.
Um abraço do Norte
Também ouvi essa coisa, mas muito mais tarde, na noite.
Começo a duvidar da lucidez dalguns convidados para este tipo de debates...
Abreijos.
quando acabar os tachos dou-lhes o meu penico.
este e outros como este só estão como estão, porque a maioria do povo cala e consente.
no vale há braços
Anónimo:
Deve então ser por isso... mas é pena! ☺ ☺
Fernando Samuel:
Voto no “ou mesmo mais”... ☺
Aristides:
Toda a gente sabe que os trabalhadores são um perigo...
Graciete Rietsch:
Grande frase, essa!
Antuã:
Especialista!
Anónimo:
Até quando, não sei... mas sei poremos fim a esta pândega.
Maria:
Dúvida mais do que justificada... ☺
Duarte:
Há-de deixar de consentir!
Abraços colectivos.
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