quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Eleições nos EUA - E no Alaska? O que se passa no Alaska?!


Temo já saber tudo o que há para saber sobre as origens africanas de Barack Obama, sobre a sua “abertura ao mundo” (os iraquianos, afegãos e outros, têm-na sentido na pele)... ou sobre o "misterioso" reaccionarismo cavernícola e os fundamentos religiosos de Romney, pintalgados de pormenores pitorescos, como a proibição do consumo de café pela sua Igreja Mormon (o pior pesadelo de Joaquim Nabeiro!)
Ao longo dos últimos dias e com um verdadeiro pré-clímax ontem, terça-feira, as várias estações de televisão têm-me posto a par dos pormenores das duas campanhas presidenciais nos EUA. Um trabalho hercúleo!
Acabam de me dizer como está o ambiente em Nova Iorque... e é como se me ouvissem pensar Pfff!... o que eu queria saber era como estão os eleitores de Detroit!”... e lá está, imediatamente, outro correspondente em Detroit dizendo que assim... e tal... até que voltam a adivinhar o meu pensamento “Grande coisa! O que eu queria, mesmo, mesmo, era saber qual o sentimento do cidadão comum de Washington!”... e zás!, lá está uma sorridente e enregelada jornalista portuguesa dizendo coisas, com carros a passar por detrás e ao fundo a Casa Branca... e foi isto o dia todo.
Os correspondentes habituais foram visitados por um batalhão de jornalistas de todas as estações de televisão, que se espalharam pelo território norte-americano, como um tiro de caçadeira disparado de longe e com chumbo muito “fino”.
Grande jornalismo!!! Isto, se não for apenas grande parolice e subserviência ao “império”.

7 comentários:

Anónimo disse...

Não li ainda o que escreveste camarada, mas o Obama ganhou! Um pequeno alívio, ou grande alívio, embora não faça um trabalho fenomenal, mas é sempre bem melhor do que o outro.

João de Sousa Teixeira disse...

A ver se nos entendemos: Obama ganhou as eleições na maior democracia do mundo da era global (li isto algures mas não me lembro onde). Ainda não sei quantas pessoas votaram no ex-futuro presidente, mas dizem notícias locais que terão ido às urnas cerca de 120 milhões de eleitores, neste país de mais de 300 milhões de habitantes…
Não quero saber dos 538 delegados dos colégios eleitorais, onde o vencedor não é o que tiver mais votos mas o que atingir a quota mínima de 270 delegados estaduais e muito menos de estados-chave, que me cheiram sempre a chapelada, digamos, democrática. O que realmente quero sublinhar é mais chão, menos aritmético: que gente é esta que anda por aí a impor “democracias” pelo mundo inteiro a ferro e fogo, quando a receita doméstica é feita para um terço da população?

Graciete Rietsch disse...

Principalmente grande e nojenta subserviência!!!!!

Um abraço.

trepadeira disse...

Que raio de porcaria é aquela,onde só dois,os dos milhões,têm acesso a meios de comunicação?
Que raio de porcaria é aquela,onde só se vota em criminosos?

Um abraço,
mário

Antuã disse...

É a democracia onde só se pode escolher entre um criminoso e outro criminoso.

Anónimo disse...

E eu a julgar que a maior democracia era na Índia...

Maquiavel disse...

É o tal paradoxo de, no país com 500 sabores de comida para cão, os eleitores só podem escolher para Presidente entre duas variedades da mesma baunilha.