Lembram-se desta cara? Todos aqueles que tenham mais uns anitos, boa memória visual, ou que simplesmente se interessem pela nossa História recente, lembram-se, certamente!
Corria o ano de 1974. Lá para o fim do verão, quando esta cara estava pespegada em cartazes por todo o lado, Paulo Portas era ainda um garoto de 12 anos de idade e a “fascistada” portuguesa tinha muita fé nesta “Maioria Silenciosa” que, sob o pretexto de apoiar Spínola, faria os relógios recuar até ao 24 de Abril. Esses, pelo menos, foram devida e justamente rechaçados, então.
Impelido pela sua paranóia securitária, que por sua vez deve ser potenciada por uma irresistível atracção por fardas que o leva dia sim, dia não, a clamar por mais polícias, mais polícias, mais polícias, Paulo Portas veio desenterrar esta ideia de “maioria silenciosa” que, segundo ele, está com as ideias do CDS, apelando para o seu apoio nas várias eleições que aí vêm.
O mundo mudou muito. A grande maioria dos nossos saudosistas do passado (e “fascistóides” em geral), já não sonha com movimentos violentos que lhe devolvam o que perdeu em Abril. Esses, quase todos morreram. Hoje, os novos saudosistas estão mais maduros e instalados na vida. Hoje apostam tudo na economia de casino, nos bancos, nas grandes empresas, nas crises, na corrupção, na alienação, no medo e em políticos “maleáveis”, para marcarem dia a dia o seu território, encherem os bolsos e instalarem-se nas cadeiras do poder.
Já Paulo Portas, com o desenterrar deste cadáver putrefacto, mostra que não cresceu. Continua lá... com 12 anos... um garoto!
16 comentários:
Um garoto, mas arrogante e malcriado.
Mais uns anitos e a voz fica tão aflautada como a do outro...
Eles estão é todos perturbados com a hipótese de verem mais gente na rua, e cada vez mais...
Abreijos
No dia deste cartaz tive uma concentração para um pique-nique na Calçada de Carriche... às 6.30 da manhã...
:)))
Mais abreijos
Ui! Até me arrepiei! que péssimas memómrias.
Oh Maria eu também estive num pique-nique nesse dia. Não passaram.
Bom fim de semana.
É preciso examinar bem a minha consciência. Como não sou de fazer muito barulho, às tantas o diabo teceu-mas e eu sou do CDS sem saber. Cruzes, canhoto.
se muito bem calha, por causa dessa maioria silenciosa, é que tudo chegou ao que chegou...esta terra completamente desgovernada..convem-lhes...
A serenidade e a alegria
são a luz e o sol
iluminando a vida
fazendo prosperar o que tocam.
Bom fds
abraço
ò deus meu, isto as memória....
fez-me lembrar"aonde estava no 25 de Abril"???...
Eu nessa altura estava desterrada numa aldeia entre Lourinhã e Peniche... a dar aulas... e essa da maioria silenciosa ...vivia-a porque o companheiro não aparecia... e eu não sabia porquê...
tantos anos... "el tiempo passa nos vamos poniendo viejos"...
Velhos não... mais experientes sim.
Eles aprenderam... mas nós fomos sempre os melhores alunos. Estamos a ter frequências todos os dias e acho que nos vamos saindo bem, mesmo sem cábulas.
Campaniça
O que tu me fizeste recuar, Samuel! Ao tempo das barricadas, dos entusiasmos juvenis, dos sonhos todos inteiros.
Hoje - como diz a Campaniça- mais experientes, continuamos a construir os mesmos sonhos,com a força toda.
E os cachopos malcriados,pomo-los de castigo!
NÃO! O Paulinho já é "de maoir", logo tem todo o direito de ser silencioso!
Era disso que estavamos a falar?
Quanto ao gosto por fardas , devem ser tendencias... há quem goste de algemas, outros de chiquotes...
abraço
Confesso que aquela tromba me arrepiou - mas, logo a seguir, lembrei-me da coça que lhes demos...
Um abraço.
Companheiro
O que mais me entristece, é que doutra forma e por outros meios, eles quase conseguiram tudo o que queriam, não fora a nossa luta de todos os dias - e atenção que eles continuam a movimentar-se na sombra, não é invenção dos comunistas, como pretendem fazer crer os meios de (comunicação) intoxicação que nos bombardeiam diáriamente.
Todos os comunistas e os verdadeiros democratas devem sentir-se guardiões, do que resta do 25 de Abril 74. Eles não vão passar, fascismo nunca mais, 25 de Abril sempre!
Abraço
- Deixa-os pousar! Cantigueiro.
" Más cedo que tarde, el nuevo hombre, caminará por nuevas avenidas"
(S. Allende)
Por acaso lembro-me, tinha 7 anos, nesses dias a euforia abrandou, lembro-me do meu pai e do meu teu sairem de madrugada, algum picnic concerteza....
beijos
eu lembro-me bem desse dia. E lembro-me que depois do almoço e a caminho de casa (vivia em Santo António dos Cavaleiros) passei pelos camaradas da Calcada de Carriche.
Um abraço à Maria, pelos vistos passei por ela.
Esse tipo é mesmo arrogante. Arrogante ao falar em Maioria, coisa que nunca teve nem nunca terá.
Quanto às fardas só pode ser tique recalcado dos tempos da Mocidade Portuguesa.
Continua garoto e mimado.
E só por curiosidade gostava de perguntar à Anamar que aldeia era essa? A minha esposa é de Ribamar da Lourinhã.
deixem lá o Puto sonhar!!
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