segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Touros – Uma tomada de “consciência”



Já me tinha conformado com a ideia de que as únicas “alegrias” que o controverso fenómeno das touradas me daria, seriam as raras notícias que me davam conta de que mais um touro tinha, aqui ou acolá, cumprido o seu “dever”, atirando um toureiro para o espaço... mas algo está a mudar.

De repente parece que alguns dos animais começaram a tomar “consciência” do fenómeno que os rodeia e de quem são, realmente, os culpados pela perpetuação da sua tortura na praça, pelos litros de sangue perdido, pela morte gratuita e inútil. Como se pode ver em notícias como esta, ou esta, os touros terão começado a perceber que os verdadeiros culpados estão sentados nas bancadas, aplaudindo cada ferro cravado, cada golfada de sangue que espirra e tinge o chão.

À excepção de casos como o relatado numa destas duas notícias, em que um dos feridos graves é uma criança de dez anos (por incrível que pareça o facto de haver gente que acha um espectáculo daqueles adequado para crianças) em relação a todos os outros, tenho pena, mas a minha solidariedade vai inteirinha para o touro... e só se perdem as que caem no chão.

12 comentários:

Fernando Samuel disse...

Subscrevo inteiramente.
(como se pode ver na fotografia, crianças não faltam)


Um abraço.

maia disse...

Muito bem, Samuel. Também estou sempre do lado do touro. Agora, em Navarra, foi pena aquela criança de dez anos, que não tem culpa nenhuma. Mas as autoridades consideram que um espectáculo de morte bárbara do touro (em Espanha há touros de morte), é um espectáculo para maiores de 6 anos. Não tem classificação, nem tenho palavras. E viva a tortura e a morte. Depois queixam-se dos jovens e dos adolescentes!

trepadeira disse...

Como não conseguiria dizer igual,quanto mais melhor,com o devido agradecimento,vou por o link no trepadeira.
Um abraço,
mário

Rui disse...

Inteiramente de acordo !
Quando será que esta gente passa a ter noção que estamos no Séc. XXI ?...
.

Anjos disse...

Subscrevo tudo o que aqui escreve.

Levar crianças a assistir a um "espectáculo" destes só evidencia o elevado grau de inconsciência e o reduzido de responsabilidade de alguns (muitos?) adultos que têm a seu cargo a educação de crianças e adolescentes.
Os frutos desta (des)educação, infelizmente a proliferar, podem ser observados em qualquer uma das nossas escolas. (E nisto sei bem do que falo!)

Op! disse...

Uma mente jovem e fértil é sempre mais fácil de embrutecer que uma mente madura! A presença de crianças nestas exibições nefastas não são fruto da desresponsabilidade de alguns (muitos) adultos, antes é fruto do incentivo de mentes há muito embrutecidas e da passividade de um governo bruto que se descarta dos seus deveres sociais - neste caso na educação das crianças. Sejamos francos: quanto menos humanas forem as pessoas melhor para o capital.

Alguém me diz a posição do partido a respeito das touradas!

Anónimo disse...

Samuel
Não vem a propósito deste "post", mas não sei o que dizer perante a afirmação do Alberto João Jardim que a falando sobre o acidente ocorrido em Porto Santo: "Tudo isto é muito estranho, cair uma palmeira no meio de um comício".
Queres ver que foram os cubanos do Continente ou os comunistas da Madeira que empurraram a palmeira? Pobre País, ou sinal do País que somos.O que ele disse daria para rir se não fosse, não um deslize, mas mais uma afirmação de um indivíduo a quem muitos responsáveis políticos lamentavelmente se subjugam.
Um abraço do Norte
Valdemar

Leão sem fé disse...

É tão mau induzir uma criança a olhar um toiro de morte, como induzir uma criança a manter um labrador ou um pastor alemão ou um perdigueiro a espreguiçar-se sem poder dar volta e meia para se deitar, numa pequena alcofa num terceiro andar, sem elevador.

Mas havemos de lá chegar!

Antuã disse...

Ah, touro lindo!

Camolas disse...

Há tanto a fazer em defesa dos animais. Visitem os matadouros, talves o bife que Vos cai no prato passe a ter outro sabor.

Há.dias.assim disse...

Estamos de acordo!

Paulo Assim disse...

... e só se perdem as que caem no chão.

Nem mais!