quinta-feira, 31 de maio de 2012

Bruxelas – Fascismo económico travestido de democracia


Instalados no conforto dos seus salários de muitos milhares de euros mensais, pagos pelos trabalhadores, os burocratas do antidemocrático poder europeu, apesar de serem responsáveis pelo brutal aumento do desemprego, pelo obsceno aumento de impostos, pelos criminosos cortes nos apoios sociais, roubo de salários e pensões, etc., etc., não hesitam em insistir na sua “receita” para “criar” a riqueza que irá encher os seus próprios bolsos, os bolsos da banca e demais especuladores apátridas:
Começa a ser altura de se perceber que a ideia do “país de brandos costumes” é uma invenção do Estado Novo de Salazar, mas que nunca passou de um mito, sustentado apenas pela repressão de ferro da ditadura fascista.
Começa a ser altura... de acabar com o mito!

Polícias secretos – Tenho pena, mas “secretos”, só de porco preto!






Quando se pensa em “Polícia Secreta”, assim, com maiúsculas e um ar oficial, pensa-se em “cabeludos” segredos de estado, em controlo de climas de pré-guerra, gestão de conflitos internacionais, em tudo e mais alguma coisa... menos naquilo que se está a passar entre nós.
Não é que pense que as “secretas” estrangeiras sejam imaculadas – isso não existe e nem foi para isso que as “secretas” foram criadas – mas ver as nossa “espionagem” transformada na chacota geral, por via de um punhado de “espiões” mais vocacionados para detectives de vão de escada, armados de binóculos e “kodaks”, anotando as quecas dadas em moteis esconsos por esposas e esposos desencontradas(os) dos seus respectivos e respectivas... é constrangedor.
Uma estória como esta, do “espião” que vendia segredos a torto e a direito, mas que, repentinamente, sentiu a necessidade de ser desvinculado do “segredo de estado”... seria apenas ridícula, não fosse o carácter pidesco (sim, o Balsemão acertou no adjectivo!) de algumas das suas actividades e dos seus comparsas.

Pode ser que o espanto e indignação provocados pela revelação de alguns dos "investigados" sabe-se lá para quê... ajude a abrir alguns olhos.
Ninguém está preparado, excepto nos filmes (e quase sempre não é nos melhores), para ver polícias a descambar tão rapidamente para a delinquência.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cavaco Silva – E quando saem as t-shirts com a frase?


Portugal está de rastos, sugado até ao tutano pelo capitalismo selvagem e “governado” pelos lacaios desse mesmo capitalismo. A Espanha está à beira de fazer o mesmo caminho, a ponto de pedir um resgate aos mesmos gangsters. Na Irlanda, na Islândia, na Itália é e foi o que se viu... mas o Presidente da República portuguesa resolveu, mais uma vez, enxovalhar publicamente o seu país, ao decidir “deslumbrar” o mundo da análise política e económica com uma das suas tiradas:
Que talento!
Que visão do mundo e da Europa!
Que ignorância!
Que vergonha!

Relvas e o governo Passos/Portas – Uma justa expectativa


Eu sei que a queda de Jardim, o fascista apalhaçado da Madeira, não resolverá os problemas daquela bela ilha ou do país, já que as suas sucessivas eleições "democráticas", as suas palhaçadas (a que alguns, infelizmente, acham graça) e a constante prepotência e insolência, nascem de um problema social bem mais fundo.
Eu sei, como Jerónimo e mais um bom punhado de pessoas de bom senso, que a queda de Relvas não resolve nenhum problema do país, já que, também aí, se trata de um problema bem mais fundo no seio do governo e da sociedade.
Ainda assim...
Por tudo... e mais uma coisa ainda, gostaria muito de ver o Relvas cair.
Não, como disse, por achar que o homenzinho seja muito importante, mas porque imagino que a coisa poderia ser como naqueles vídeos feitos com dominós... em que quando cai uma “filha da puta” de uma peça, caem as outras todas logo a seguir.
E é lindo!... (digo eu...)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Águas de Portugal – Águas furtadas? *


Depois desta verdadeira bojarda, deflagrada na primeira página do jornal “i”, qualquer aumento nos tarifários da água, que seja “menor” que estes fantásticos “760%”, serão bem vindos... e recebidos com suspiros de alívio.
É uma técnica já estafada, esta dos anúncios catastróficos seguidos de desmentidos categóricos e garantias de que tudo não passa de estudos... mas parece que continua a ter adeptos.
Ainda assim... qual virá a ser, na verdade, a envergadura do roubo?
* “Águas Furtadas” - É esta a minha singela proposta para o nome das novas companhias privadas de venda de água.


Cavaco Silva – Feira da ladra...


Triste imagem de Portugal, esta, a de um presidente travestido de reles contrabandista de esquina, tentando vender por todo o lado e ao desbarato aquilo que não é seu. Vendendo aquilo que foi (ou será) roubado aos legítimos “proprietários”: os trabalhadores portugueses que, durante décadas de sacrifícios, os construíram e pagaram com o seu suor.
Tempo miserável, este!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cristine Lagarde – A mulher certa, no lugar certo!


Disse muito bem o Vítor Dias, que o que gostaria de ouvir da boca de Cristine Lagarde, a “chefa” do FMI, seria algo como: «As crianças da África subsariana precisam muito mais de ajuda do que os bancos que têm recebido biliões de ajudas estatais e de instituições financeiras internacionais».
Mas, infelizmente, não foi isso que a senhora disse!
Serviu-se apenas da miséria, fome e morte das crianças africanas, para numa manobra do mais porco populismo, “justificar” a insolência do insulto que dirigiu, de uma forma generalizada, ao povo trabalhador da Grécia.
Fazendo de conta que não sabe quais as origens (e os culpados) desta actual crise do capitalismo, fazendo de conta que não sabe distinguir entre o olho do cu e a feira de Beja, diz que a culpa do que se passa na Grécia «é dos pais das crianças, que não pagam impostos», enfiando no mesmo saco reformados que trabalharam toda a vida e toda a vida pagaram, vendo agora as suas reformas cortadas para níveis de miséria, com os ricos espertalhaços (e os seus subprodutos) que fogem aos impostos, sim... mas que estão longe de ser uma originalidade grega.
Tudo, para justificar o facto de, confessadamente, não ter «pena das crianças gregas»... porque tem mais pena das “outras”, como disse numa entrevista, que entretanto já tentou, à pressa, "suavizar".
Depois, imagino, soltou um loooongo “múúúú”... e voltou para o curral, para aí continuar a chafurdar na sua “obra”.

Uma espécie de revista do fim de semana


1. O esterco que constitui a matéria das notícias sobre as “secretas”, os “sms”, as “pressões exercidas”, as "pressões sofridas", as “ameaças”... ou seja lá o que for que alimenta e motiva o passar dos dias de Miguel "Vítima" Relvas, continua a amontoar-se, sendo que quase toda a gente parece ter uma coisa a dizer sobre o dito esterco, mas, pelo menos até agora, nenhuma ideia sobre qual o destino a dar-lhe. A excepção é Cavaco... que está apenas «atento».
2. O génio que esmifra uns milhões à frente da EDP, António Mexia, descobriu uma novidade absoluta no mundo deste “capitalismo neo-selvagem” em que vivemos. Diz ele que «Ordenados da EDP não têm implicação na factura da electricidade». Acha mesmo que as «alegadas rendas excessivas» pagas pelo Estado (adorei o “alegadas”! como se o bandalho tivesse dúvidas de que elas existem!) não constituem problema algum para a economia portuguesa.
Ficamos assim a saber que para formar o preço de um produto vendido por uma empresa, é indiferente que os seus quadros superiores ganhem meros milhares de euros por ano... ou vários milhões. Genial!
3. Por último, o "acontecimento" mais estranho. Pelo que tinha percebido, o PCP tinha anunciado uma manifestação para Lisboa, neste Sábado passado. A fazer fé nas primeiras páginas dos principais jornais do dia seguinte à anunciada manifestação... ela afinal não existiu.
Não quero criticar os comunistas... mas acho que o PCP não devia anunciar manifestações, assim, à toa... e depois não aparecer ninguém. Que diabo! Não fica bem!!!

domingo, 27 de maio de 2012

Ana Vidovic – Um regresso


Nós, os comuns mortais que um dia empreenderam essa tarefa tresloucada de tocar guitarra, temos uma vida musical algo monótona. A saber... metade do tempo é gasto a afinar a guitarra; a outra metade... a tocar desafinado.
Felizmente, as duas metades são aqui e ali pontuadas com inspirados e abençoados silêncios.
Depois, há um pequeno grupo dos seres a quem uma guitarra nasceu nas mãos. Como esta já nossa conhecida croata Ana Vidovic, que aqui ouvimos em vídeo datado de 2008, seguido de outro de quando era ainda criança.
O vídeo de hoje, de finais do ano passado, mostra-nos que tem crescido bem e está com um ar saudável.
O resto, a música e a forma como ela a toca, são coisas muito subjectivas que dependem do gosto de cada um de nós. Só mesmo ouvindo...
Bom domingo!
Suite N° 4 para alaúde (excerto) - Ana Vidovic
(J. S. Bach)




sábado, 26 de maio de 2012

Miguel Relvas... ou reles?




Enquanto se adensa a verdadeira nuvem de dejectos que atinge o (ainda ?!) ministro Miguel Relvas e que dá pelo nome genérico de “caso das secretas”, que já conta com baixas na equipa ministerial e tudo, este insiste na negação total tanto deste caso, como do outro, consequência deste, o das pressões e ameaças a uma jornalista. A fazer fé na autêntica catadupa de notícias que vão chegando, Relvas mente de cada vez que mexe os lábios.
Apesar da negação das pressões e ameaças, a verdade é que o jornal e os seus jornalistas, não só mantêm a sua versão da estória, como a contam, ponto por ponto, num documento que tornaram público.
Aí ficamos a saber, entre outras misérias, que o facto da “vida privada” da jornalista, facto que o ministro considerou ser tão grave que a sua divulgação poderia consistir matéria para uma “ameaça”... era, afinal, que a jornalista vive com um político de um partido da oposição... seja lá que partido for.
Portanto, na pequena bola de sebo que Miguel Relvas usa no lugar do cérebro, um jornalista só tem credibilidade para questionar o governo, ou um governante... se for solteiro. Ou se for mudando de cônjuge de cada vez que muda a cor política do governo, passando sempre a viver com alguém que seja um conhecido apoiante do partido do poder.
Parto do princípio de que no caso presente, tratando-se de uma jornalista, Relvas ainda achará a coisa mais grave, dado que na tal pequena bola de sebo que usa como cérebro, deve florescer a ideia peregrina (e bem tuga) de que “a gaija deve fazer tudo o que o homem manda”, logo, se este é de um partido da oposição... “a gaija, o mais certo, é fazer jornalismo sempre ao serviço desse partido”.
Agora tenho que parar... pois enquanto escrevo, há praticamente uma única coisa em que consigo pensar:
Como raio é que esta figurinha reles ainda está com o rabo sentado no lugar de ministro?!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Troika – A face “legal” do crime organizado


Lendo um “desabafo” do Sérgio Ribeiro e depois de ir procurar o link que vos desse a possibilidade de ler a fonte que está na origem desse desabafo, a saber, o facto deveras alucinado de os senhores da troika “pensarem” que «desemprego é causado pelos altos salários dos trabalhadores», ou que no nosso país, afinal «tudo corre bem», não pude deixar de pensar que os “troikanos” não devem ter lido esta outra notícia muito recente, que nos diz existirem já dois terços de trabalhadores, em Portugal, que auferem salários abaixo dos 900 euros, sendo que 35,5% dos trabalhadores por conta de outrem têm um rendimento salarial mensal líquido inferior a 600 euros.
Claro que também pensei outras coisas sobre esses laboriosos embaixadores das potências ocupantes... mas não ficaria bem escrevê-las aqui.
Achei também que uma boa imagem para ilustrar este post, seria esta reprodução (surripiada no Facebook) de um anúncio de oferta de trabalho, apoiada (ainda por cima!) num programa oficial de apoio ao emprego, o “Medidas Estímulo 2012”, onde uma empresa pretende contratar, por seis meses, um arquitecto com mestrado, carta de condução, viatura própria, dinamismo e pró-atividade(?), fluência em francês e inglês falados e escritos, prática de trabalho com programas informáticos de arquitectura, etc., etc., etc... tudo isso apoiado numa oferta de salário de 500 eurosMai nada!!!
Num mundo ideal, nem as declarações dos bandalhos da troika, nem esta “oferta” de emprego teriam sequer lugar! Num mundo bastante menos ideal... mas ainda assim, interessante, seriam imediatamente seguidas do mavioso som de vários dentes a partir...
A verdade é que não há, nem haverá em parte alguma um mundo ideal! Haverá apenas o mundo que a nossa força, razão, determinação e oportunidade conseguirem conquistar!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Duarte Lima na “ordem”


Nesta fase em que o famoso advogado e figura importante do PSD está preso e já decidido a gerir os seus "prejuízos", denunciando alguns comparsas de trafulhices, alguns pares de Duarte Lima questionam-se sobre as vantagens para a imagem de toda classe se fosse decidida a sua expulsão da Ordem dos Advogados. Confesso não ver onde está o problema!
Claro que o homem, mesmo preso, pode continuar a exercer advocacia! Lá à sua moda muito peculiar... mas pode!
Não pode sair de casa... mas pode transformar uma das divisões em escritório, onde os clientes podem deslocar-se.
Não pode sair de casa... mas pode continuar a receber os seus conhecidos e amigalhaços com os quais já admitiu ligações, amigalhaços que se dedicam à “lavagem” de milhões e milhões que o fisco nunca há-de cheirar.
Não pode sair de casa... mas qualquer candidato ou candidata a celebridade póstuma (a provar-se a acusação das autoridades brasileiras) pode ir ter com ele. Estou certo de que terá uma divisão da casa que dê para as traseiras, onde os interessados se podem fazer assassinar com todo o asseio... e de onde podem ser retirados discretamente por familiares e amigos.
Agora expulsá-lo da Ordem! Para quê?!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Álvaro Santos Pereira – Um ministro... do trabalho!


Álvaro Santos Pereira, o “genial cromo” que nos chegou do Canadá, montado não no cavalo do Gary Cooper, mas na sua (ainda mais) quadrúpede estupidez e inépcia para o cargo, declarou que as previsões sobre o desemprego «não agradam a ninguém»... o que não deixa de ser profundo, vindo exactamente do ministro do emprego e da economia.
Ó ministro! Primeiro, isso nem é verdade. Há muita gente a quem o desemprego elevado dá e dará grandes lucros, enquanto forma eficaz de empurrar os salários para baixo, espalhando o terror entre aqueles que trabalham com vínculos precários e os que desesperam por voltar a encontrar um posto de trabalho. Ou seja, muitos milhares de trabalhadores. Ou seja... muitos milhões de euros de lucros sujos à vista.
Segundo, mesmo entre aqueles a quem os números do desemprego “desagradam”, há muitos a quem desagradam muito mais do que a “ninguém”: aqueles que estão desempregados e as suas famílias, seu bandalho!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Zeca sempre... e ainda outra vez... e sempre que for preciso!




Não anunciei a “performance” previamente para não ficarem a pesar-me na consciência os catastróficos engarrafamentos que isso produziria nas várias entradas de Lisboa... mas na verdade, ontem pelo fim da tarde estive a cantar na Sociedade Portuguesa de Autores, na “Sala Carlos Paredes”.
Tratava-se do “Dia do Autor” e a Cooperativa entregava prémios aos mais antigos trabalhadores da casa e a diversos autores. Dos livros ao cinema, da música ao teatro... e quase tudo o que faz mexer a cultura.
Como os critérios para a atribuição destes prémios e medalhas de honra se cingem ao mérito artístico reconhecido por todos os pares, o meu público de “laureados”, simples amigos e alguns verdadeiros camaradas de “armas”, cobria todos os espectros das sensibilidades políticas... desde Isabel do Carmo a ex-ministros, ou a maestros muuuuito à direita.
Daí ter-me dado tanto prazer aceitar o convite para ali cantar algumas canções do último autor da lista de homenageados do dia: José Afonso.
Daí ter-me dado tanto prazer encerrar o punhado de canções que escolhi, com os “panfletários” Vampiros.
Daí ter-me dado tanto gozo que lá por volta da terceira repetição do refrão, já uma parte do público estivesse a cantar em coro “eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada”.
Alguns, mesmo, com convicção!


Um sábado verde


O último sábado estava a querer provar-me que, como diz uma das famosas “leis de Murphy”, tudo o que pode correr mal, corre! Senão vejamos.
Primeiro, fui obrigado a deslocar-me a Lisboa em transportes públicos, o que, sendo muito agradável em dias bonitos (só a travessia da ponte, em comboio, vale o passeio todo), fica bastante toldado quando todas as ligações entre a casa, os transportes e o destino, se fazem à chuva, ou sob ameaça.
Segundo, chegado ao destino (as instalações do ISEG), o único cliente, para além de mim e da “minha” Maria (que em muitas destas provações me serve de providencial Amparo), presente no bar onde fui beber um café, era o execrável João Duque, director daquela instituição de produção (por grosso) de economistas e gestores.
Felizmente, a estória fez muito rapidamente agulha para o lado “iluminado” do dia. O que ali me levava era a Convenção do Partido Ecologista Os Verdes e, depois de acertada com eles a hora a que seria conveniente estar por ali, mais para a tarde, fomos almoçar. Eu, um surpreendente hamburger de coelho, com alecrim, cogumelos de chorar por mais e uma fatia de pão torrado com puré de ameixa por cima. Ela, um crepe “misterioso”... mas que era muito bom - disse-me.
A “cerveja em cima do bolo” foi tratar-se de um belo espaço, nada convencional e nada caro, e mesmo ali à mão de semear.
Depois foi voltar para o auditório do ISEG, onde decorria, animada e bem participada, a Convenção, juntar os “meus” jovens cantores... e apresentar publicamente o resultado prático de um desafio que “Os Verdes” me fizeram há já uns meses: criar e produzir duas músicas que possam vir a ser consideradas (e outras haverá futuramente) “as músicas dos Verdes”.
Aquilo que se pretendia era que as canções falassem dos temas que são caros aos nossos amigos ecologistas... mas sem que a coisa ficasse a soar demasiado a “Hino”. Fizemos o possível. Eu escrevi as duas músicas e uma das letras ("Era uma vez a Terra" - a mais "juvenil") e pedi ao Nuno Gomes dos Santos a letra para a outra ("Canto Verde"). Produzi musicalmente as gravações, recorrendo as vozes jovens... e pronto! Quem esteve presente na Convenção ouviu-as em primeira mão.
Ouçam-nas agora, em segunda mão... e se tiverem paciência e tempo para tanto, digam o que acharam. A crítica faz crescer! (nem que sejam “altos” nas canelas)



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Jerónimo de Sousa – Não à cosmética




«Jerónimo diz que adenda ao tratado é "falsa saída”»... conta-nos o DN. Depois, no texto, reproduz aquilo que são os argumentos dos comunistas portugueses contra a agressão de que estamos a ser vítimas, argumentos que o bom senso aconselharia fossem alargados a sectores maioritários da sociedade, mas que, por enquanto e salvo raras excepções, não têm grande eco fora da área comunista.
Agora é esperar.
Esperar algumas horas, ou mesmo minutos, para que sejam vertidos para a opinião pública os insultos do costume, por parte dos fazedores de opinião oficiais, ou o desprezo daqueles que fazem de conta que não tomaram conhecimento dos argumentos e propostas alternativas... quanto mais não seja, para poderem afirmar que “não há propostas alternativas”.
Esperar uns meses (mesmo que vá faltando a pachorra), até que exactamente alguns dos mesmos “iluminados” do comentário e análise política, comecem a dizer que estas “adendas” não passam de “remendos” e que são uma “falsa saída” para a situação em que estamos... só que, evidentemente, vão dizê-lo com a “convicção” de quem inventou os argumentos e, sobretudo, nunca antes os tinham ouvido na boca de mais ninguém.
Como disse, agora é esperar!


Santazita


A continuar esta sua “ascensão” meteórica a caminho da santidade, não faltará muito até que alguém, no céu, tenha que acrescentar uma cadeira no palanque da “santíssima Trindade”... que por deferência para com a nova aquisição, poderá bem passar a chamar-se “santíssima Portugália”. Se bem que haja quem não troque, de forma alguma, os bifes duma pelos da outra... e vice versa.

domingo, 20 de maio de 2012

O prazer das coisas em comum


Há uns anos, abri uma conversa com o Pedro Osório, em grande entusiasmo. Queria explicar-lhe que tinha “encontrado” um novo pianista de jazz, norte-americano, do qual tinha tudo na ponta da língua... excepto o nome.
Comecei por dizer que nem sabia bem o que me tinha conquistado. Não era nem o virtuosismo, nem a expressão corporal original, nem o reportório... claro que tudo era excelente, mas o mais importante é que me parecia nunca ter ouvido alguém tocar daquela forma, “falar” daquela maneira com o piano...
É o Brad Mehldau! – atirou-me o Pedro, com o rosto iluminado. Quando o Pedro falava de alguma coisa de que gostava muito, sorria com toda a cara, e o sorriso alastrava para todo o corpo, com uma espécie de brilho.
Ainda hoje não sei como é que as minhas pobre descrições o fizeram adivinhar de que novo pianista se tratava... mas fiquei contente. Afinal, tinha mais uma coisa em comum com o Pedro. Era muito bom ter coisas em comum com ele!
Aqui fica o Brad Mehldau recreando-se e recriando um clássico da música norte-americana, “Cry me a River”.
Como a riqueza criativa da reinvenção jazzística da canção, pelo pianista, fica muito mais patente se comparada com a “simplicidade” da melodia original, cantada, deixo-vos também a versão da actriz/cantora Julie London, a intérprete da primeira gravação comercial da canção, em 1955. Há muitas versões, e algumas delas com “embrulhos” bem mais luxuosos... mas, nesta altura do campeonato, começo a ficar convencido de que já não vai aparecer nenhuma versão cantada que consiga superar esta.
Bom domingo!
Cry me a river” - Brad Mehldau
(Arthur Hamilton)



Cry me a river” - Julie London
(Arthur Hamilton)



sábado, 19 de maio de 2012

Governo Passos/Portas - E quem sabe se vistos de muito longe...


De entre as muitas canalhices já cometidas e a cometer pelo governo, contra os trabalhadores e cidadãos em geral, uma que parece ser já um dado adquirido na cabeça dos governantes é este direito que se arrogam de «dispensar o acordo do trabalhador» para o fazerem deslocar até 60km da sua residência.
Estivessem os trabalhadores mobilizados e preparados para se unirem, de forma consequente e em número suficiente... e talvez fosse possível “dispensar” o acordo dos membros do governo (e dos seus donos) para os fazer deslocar para uma distância de, sei lá... para aí 400 000 quilómetros daqui...
Pronto... provavelmente exagerei...

O coiso


É mais uma brilhante declaração do... coiso, pá... aquele... o Álvaro não sei quê, ministro do coiso... do comércio, não é? E daquele outro coiso... o emprego!!!
Resumindo: não consegui resistir a surripiar a gravação áudio desta pérola ao “5 dias”... e publicar também aqui “o coiso”... obrigatoriamente a ouvir até ao coiso, perdão... até ao fim.





sexta-feira, 18 de maio de 2012

As mudanças do Relvas


Miguel Relvas, na tentativa desesperada (e sempre gorada) de mostrar ter herdado dos seus antepassados mais do que o apelido e aquela cara... tenta “inventar” algumas frases de belo efeito, de cada vez que nos impõe o som da sua voz.
Desta vez, segundo o poderoso ministro, as autarquias são «esquizofrénicas... porque querem mudanças, mas só para o vizinho», diagnóstico de um tal brilho, que deixa qualquer psiquiatra corado de vergonha por não ter pensado nisso antes.
Ainda conseguiu, na passada, produzir umas frases publicitárias “jeitosas” para a hipotética “empresa de mudanças” que, ao que parece, estará a promover:
«Quem faz mudanças, ganha inimigos!» (Esta é ousada!)
«Mudanças são o caminho certo!» (Fraquinha! Já muito vista...)
Um verdadeiro génio, este Relvas!


Máfias – Entregar o ouro aos bandidos




Segundo leio na capa do jornal “i”, a espanhola “Endesa” decidiu chantagear o Estado português, ameaçando encerrar uma central de produção de energia, em território português, perante a intenção de redução das mordomias de que gozam os privados, acionistas da empresa, com as “garantias” disto e daquilo que o Estado se tem vindo a comprometer a pagar para assegurar as colossais fortunas dessa canalha. Na energia, nas pontes, nas estradas, nas telecomunicações... em tudo.
É natural! Os privados que investem nas empresas privadas e nas privatizações de bens e empresas públicas, têm como único objectivo de vida o lucro. O lucro a qualquer preço. De preferência, sem riscos... ou melhor, com belos lucros, mas assumindo o contribuinte os riscos.
É, mais uma vez, natural! Este governo é formado por lacaios desses interesses privados. A sua função é roubar os trabalhadores e contribuintes em geral, para encher os bolsos aos seus donos.
De que me serve agora ter tido razão (juntamente com alguns milhares de amigos, diga-se!), quando fui dizendo (onde e como pude) que era perigoso, para além de ruinoso para o país, colocar meios estratégicos públicos nas mão de negociantes que, nalguns casos, não passam de vulgares mafiosos?
Como ligarei a electricidade, ou a água, ou o gás, se estas máfias, em boa parte aquarteladas noutros países, decidirem declarar “guerra” aos consumidores portugueses? Com a “razão” que tive há uns anos?
Não! É preciso fazer bem mais do que isso!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Medina e Cadilhe – Entrevistados muito “articulados”


A verdadeira caderneta de cromos em que se tornaram os vários canais de televisão, consegue, aqui e ali, mostrar cromos ainda mais cromos do que a média. É o caso, apenas para citar dois, do “zangado” Medina Carreira e do “nem sei bem o quê” Miguel Cadilhe.
Ambos partilham uma característica: enquanto debitam as sua sentenças no ecrã, raramente consigo seguir aquilo que estão a dizer... ocupado que fico a pensar, insistentemente, noutras coisas aparentemente muito mais urgentes.
Se no caso de Medina Carreira, enquanto ele dispara raios e coriscos em todas as direções, eu não penso senão em quem raio é que fica a conduzir o táxi enquanto ele vai às entrevistas... quando se trata do senhor Cadilhe (ainda que respondendo a questões sobre o BPN na Assembleia da República), com a sua maneira de falar de boneco de ventríloquo, uma maneira algo entre afetada, arrogante, snob, mas sempre, sempre ridícula... em vez de o escutar, ralo-me para tentar descobrir onde está escondido o braço do tipo que o faz “falar”... e onde diacho é que tem a mão enfiada.
Ainda hei de descobrir!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Saúde – Mais um “navio” a afundar




Nesta espécie de “batalha naval” em que Portugal sofre tiros em quase todos os seus “navios”, todos os dias e com uma cadência infernal... chegam notícias que nos dão conta de mais um: o nosso país caiu para a posição 25, num estudo que se debruçou sobre os sistemas de saúde de 34 países europeus.
Dizem que a queda se fica a dever à “estagnação”... o que não deixa de ser um belo eufemismo para degradação do serviço prestado aos cidadãos.
É este o vergonhoso resultado de anos de desprezo pelas pessoas e pelas suas vidas, por parte de sucessivos governos, agravado pelos últimos meses de fanatismo radical dos rapazolas neoliberais, que decidiram assaltar e destruir tudo o que possa encher os bolsos aos amigos, a si próprios e às suas famílias, sabendo que têm que ser rápidos... como em qualquer assalto.
O “ministro da morte” deve estar satisfeito, entretido no seu onanismo de balancetes, saldos, extratos bancários, cortes, cortes, cortes... e cifrões, muitos cifrões...

François Hollande e Angela Merkel – Todo o cuidado é pouco!!!


Na sua primeira tentativa de viajar para ir falar com Merkel, o avião de François Holande foi atingido por um raio.
Por contraste, a Angela Merkel, não parece haver raio que a parta!
Pelo sim, pelo não... fazem bem os dois em ir vigiando os céus...

terça-feira, 15 de maio de 2012

O mundo “simples” de coelho e relvas...


No mundo ideal de Passos Coelho tudo é muito simples. Apenas a título de exemplo:
1. Qualquer “troika”... ou outra “merkel” do género, pode decretar a mais brutal austeridade para os portugueses, pois ele, vocacionado para lacaio, tudo fará para ir ainda mais longe do que as ordens recebidas.
2. Um desempregado, como ouvimos há dias, pode e deve ficar agradecido pela “oportunidade” que lhe dá o desemprego.
3. O Ministério Público pode reduzir o seu trabalho stressante a quase zero, já que basta a qualquer suspeito ir ter com o senhor primeiro ministro, negando aquilo de que é suspeito (independentemente do que possa, realmente, ter acontecido)... e pronto!
4. O primeiro ministro pode declarar-se «muito inspirado» pelas dissertações e obra de um presidente... cujo regime «não é exactamente o que nós desejamos para Portugal» (sic)... e ter a sorte de o ridículo não matar.
5. Para ajudar à festa, o líder (chamemos-lhe assim) do maior partido da oposição (passe o exagero)... decreta a “abstenção violenta”.
O mundo simples do Coelho e do Relvas funcionaria às mil maravilhas... se eles pudessem levar a sua rica (riquíssima) vida governando(se), eternamente, à custa de um país de simplórios.
Felizmente, nem todos os portugueses o são!

Economia – Que mal pergunte...


Independentemente de se querer ou não saber o que raio irá dali sair... atendendo à frequência com que a economia portuguesa está a ter “contrações”, sobre “contrações”... não estaria já na hora de a levar para um hospital?!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Já nem os ditados são o que eram...


Vendo esta surpreendente reportagem que me deu conta das muitas dezenas de pessoas vindas de vários pontos do país e que se dispuseram a esperar, em fila, horas e horas e ainda mais horas... para garantir a reserva de um toldo na praia de Armação de Pêra, na próxima época balnear, não pude deixar de pensar que, ao contrário do que se pensava, afinal...

Fátima – Como é que o cristianismo deu nisto?


Para além do cardeal, 22 bispos e 265 padres...  os peregrinos chegaram aos milhares. Muitos milhares. E deixaram dinheiro. Muito dinheiro. E muito ouro... nalguns casos, provavelmente, aquele último fio que restava em casa.


domingo, 13 de maio de 2012

Amar... até perder a razão, a cabeça, o juízo, a tramontana...


Chama-se Nolwenn Leroy. Anda agora na casa dos trinta... passados cerca de dez anos desde a sua aventura num programa da televisão francesa, dedicado à caça de talentos, o “Star academy”.
Desde então gravou vários discos com êxitos retumbantes, na área da “pop”, mas em 2010 decidiu prestar atenção à música das suas raízes bretãs. Daí resultou um disco belíssimo, com canções de autor inspiradas na música celta, algumas versões de canções tradicionais celtas, como esta fantástica “Mulheres da Irlanda”... e ainda umas tantas da sua Bretanha natal, cantadas em bretão. Felizmente, vão aparecendo jovens assim...
Não conheço a Nolwenn, mas gostei de saber que não foi “lavar as mãos ao rio” para participar, em parceria com a belga Maurane (cuja voz - a minha preferida - já nos tem visitado, como aqui, ou ainda aqui), numa grande homenagem ao reconhecido “comuna” que dava pelo nome de Jean Ferrat. Canta (cantam) uma canção que é um clássico do reportório do cantor/autor, “Aimer à perdre la raison”, com versos de Louis Aragon, imenso poeta e, também ele, um “comuna empedernido”.
A fotografia escolhida explica-se pelo facto de, tanto Aragon como Jean Ferrat, não terem deixado nenhuma indicação testamentária no sentido de impedir mulheres extremamente bonitas de cantar as suas canções.
Bom domingo!
Aimer à perdre la raison” – Nolwenn Leroy e Maurane
(Louis Aragon / Jean Ferrat)