Queriam que Jerónimo de Sousa escorregasse na demagogia populista dos ideólogos da campanha do PS, que têm tentado fazer passar a ideia de que uma vitória eleitoral do PPD-PSD e de Manuela Ferreira Leite nestas eleições, seria um regresso ao Estado Novo.
Saíram-se mal! Jerónimo pertence a um colectivo que saboreia diariamente a liberdade que se conquistou a 25 de Abril de 74, mesmo quando essa liberdade sofre algumas humilhações, como as que vemos todos os dias. Jerónimo é secretário geral de um partido que sabe muito bem o que era o tal “regime” de antes de Abril, conheceu as suas prisões e não esquece os seus mortos. Não seria fácil apanhá-lo suficientemente distraído para fazer essa espúria comparação.
Claro que no Partido Socialista também há algumas pessoas com experiência do que foi o fascismo em Portugal e que poderiam dizer aos seus camaradas para não irem por esse caminho... mas infelizmente, ou enfiaram as suas memórias na mesma gaveta onde outros enfiaram o socialismo... ou sofrem em silêncio esta época mais triste do seu partido... à espera de melhores dias.
Resumindo, estas comparações entre realidades actuais e o fascismo, podendo ser muitas vezes injustas para com os políticos do presente, são, e isso é o pior, um branqueamento e desvalorização dos 48 anos de salazarismo que tivemos que suportar.
Estas comparações são sempre um mau serviço prestado à democracia!
11 comentários:
Infelizmente ainda não ouvi os socialistas que lutaram contra o fascismo,muitas vezes ao lado de comunistas e outros democratas, repudiar as bocas destes individuos,
E até já há figurinhas do BE a concordar com elas.
E assim se ajuda a branquear um tempo muito doloroso...
Belo parágrafo o 2º.Um belo tributo ao grande e corajoso colectivo do Partido!
Porque todos os seguidores do botas continuam cá. Eles e/ou os seus filhos e netos. E isso não se apaga. E estão metidos nos partidos legais... e legalizados...
Os nomes dos partidos ps e psd não correspondem à ideologia que, de facto, perfilham.
Foi bom ouvir o Canto Livre, hoje!
Abreijos
A sic acabou de dizer que estiveram 7 mil no Campo Pequeno.
Às tantas estiveram mais e nós não os contámos...
:))
Abreijos
E foi bom estar lá! E foi bom ver-vos e ouvir-vos!!!Mas estou um pouco como a Maria, se calhar nãs contámos bem!
Obrigada Samuel! Obrigada Luísa!
Abreijos,
Como todos os dias vemos (lemos) são muitas as maneiras de branquear o fascismo - e não são tantos como isso os que não pactuam com esse branqueamento, como fez, uma vez mais, Jerónimo de Sousa...
Um abraço.
"não sei para onde vou, só sei que não vou por ai..."
abraço amigo Sammy
Quanto a mim Jerónimo de Sousa, e a C.D. U. fizeram uma boa campanha, pois não "embarcaram" na "...demagogia populista..." do dito P. S. e até do próprio B. E. ansioso este que está por alcançar o Poder; onde é que eu já vi este "filme?.
Efectivamente a Coligação Democrática Unitária (C. D. U.) apresenta-se ao eleitorado tendo na sua rectaguarda camapanhas e campanhas, e muitas outras iniciativas, emque colectivamente e só, se falou verdade aos Portugueses; sem marketings, e com muito sentido colectivo, de quem fazas coisas por forte convicção política. Jerónimo de Sousa e outros activistas C. D. U. que também falaram, algo que pouco ou nada se viu nos outros Partidos, falaram a verdade ao Povo Português; o essencial numa campanha.
O que está em jogo no Domingo, dia 27, quanto a mim, é um exercício popular e democrático, em que os Portugueses vão escolher ou na continuação desta actual desgraçada política nacional, e a escolha de uma esquerda não populista e que conjuntamente com os Portugueses governe com verdadeiro sentido social, e não com uma óptica, puramente economicista.
Sócrates (o Português) mentiu aos Portugueses em Fevereiro de 2005; será que os Portugueses lhe irão novamente dar um "volumoso aval"; só peço que tenham memória; nada mais.
Viva o Partido Comunista Português (P. C. P.), sempre. Viva a Coligação Democrática Unitária (C. D. U.), sempre.
TAMBÉM É UMA MANEIRA DE DIZEREM:
"NÓS OU ... O CAOS", O QUE TAMBÉM NÃO DEIXA DE SER INTERESSANTE...
ABRAÇO
JOÃO
1946... fins de Maio. Subo a escada de nossa casa, o primeiro andar da Caixa Geral de Depósitos em Ovar. Bato à porta e alguém me abre. Dou com o meu pai abraçado à minha mãe. Ela está com uma camisola de malha vermelha, meia manga, e saia preta. O meu irmão mais novo, o que lhe faz inchar a barriga (que bela era a minha mãe), nascerá dali a dois meses.
O meu pai, Gerente da CGD em Ovar, acabava de ser demitido por se recusar a pertencer à Legião Portuguesa. Era um homem coerente: votou sempre PS mas não suportava anti-comunistas nem o Márocas. E assim morreu. Eu, que desde que me conheço não sei outro modo de estar senão ao lado dos que sofrem dos que são explorados, jamais seria capaz de lançar labéus a adversários como a srª Leite. Daí que o filho-soares, contrabandista de diamantes, balofo "poupon" do Savimbi me pareça um sujeito partif«cularmente mal-cheiroso. Daí que o Socrático discurso, esse raspar de fósforos na lixa barata dos anos sessenta, me pareça particularmente sebento.
Não os suporto.
Se houver um só voto no PCP-CDU, esse voto é meu. A menos que tenha morrido no dia anterior. EU NÃO TENHO MEDO DO FUTURO!
Beijo-vos a todos. Absolvam-me.
Luis Nogueira
No entanto, assistimos a figuras de proa do PCP, fazerem uma amalgama entre a arrogância do Socrates, e o fascismo, e isso foi recorrente durante o ultimo ano, sobretudo da parte de alguns sindicalistas do PCP.
Manuela Galhofo:
Alguns hão-de “acordar”, esperemos...
Maria:
Para alguns, de facto, estes branqueamentos são uma forma de “suavizar” passados a que estão, de alguma maneira, ligados.
Maria:
Eu, pessoalmente, estive ocupado com outras coisas. Se não tivessem anunciado “oficialmente” aquela coisa dos 7.000... voltava a cair na asneira dos 150. ☺
Amigona:
É fácil fazer a conta. Exactamente 7.003! Nós os três... e os outros todos...
Fernando Samuel:
É uma prática cada vez mais corrente.
Ad Astra:
E ainda bem! ☺
Manuel Norberto:
Certo... agora, falta o voto!
João de Sousa Teixeira:
Mas pouco original... ☺
Luís Nogueira:
Cada um com a sua razão. Essa é forte!
Anónimo:
Não altera uma palavra do que escrevi. Quem o fez, se o fez... fez mal!
De qualquer modo apenas me recordo (posso estar errado) de se terem apontado a Sócrates, à sua arrogância e às suas políticas, “tiques fascizantes”. Não é bem a mesma coisa!
Saludos gerais!
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