terça-feira, 15 de setembro de 2009

Prós e Contras "Especial"



Mais uma noite de “Prós e Contras”. Este foi dedicado aos 327 pequenos partidos, o que à partida, além de justo, seria uma boa ideia. Chamaram-lhe “Prós e Contras Especial”.

De facto... foi especialmente deprimente, polvilhado aqui e ali por elementos de puro asco, “compensados” pelo tédio geral.

Não fora a espessa tristeza que um espectáculo daqueles provoca e poderia ter proporcionado dois ou três momentos hilariantes... como aquele de um dos “cromos” presentes, que resolveria uma boa parte do problema do desemprego, pondo os desempregados a limpar estradas e florestas.

Presumo que se a moderadora lhe tivesse perguntado se tinha alguma ideia de quanto custaria fazer deslocar, alojar, alimentar esses milhares de pessoas, ele tivesse as contas “na ponta da língua”.

Presumo igualmente que deve ser mais simples propor inanidades destas do que discutir seriamente as causas do desemprego, as formas de o combater e, já agora, em relação às florestas, uma nova ideia de ordenamento do território, posse e uso da terra...

6 comentários:

J.S. Teixeira disse...

Mal vai uma democracia quando se permite que um líder fascista e xenófobo tenha tempo de antena para propagar o seu veneno. Ainda por cima na televisão do estado.

João de Sousa Teixeira disse...

É pura coincidência colocar-me aqui junto a um possivel homónimo que, no entanto, saúdo fraternalmente.
Queria acrescentar, Samuel, que me choca também que a rtp 1 tenha mantido, em tempo de eleições, os papagaios comentadores, cuja independência brada aos céus! Perante isto, ontem foi uma espécie de parvoice

Abraço
João

Fernando Samuel disse...

Querias que se discutisse coisas sérias?: era o que faltava!
(e não fales muito alto nessa coisa da posse e uso da terra...)

Um abraço.

Miguel disse...

Concordo com a parte das razões estruturais do desemprego e da injustiça social, mas qual é o problema em pôr-se pessoas sem emprego (as que se dispusessem e que tivessem capacidade para tal obviamente, não se ia impôr nada a ninguém) a realizar trabalhos comunitários? Poderiam receber o seu subsídio - que passaria a um salário - na mesma enquanto produziriam algo para o país e para si próprias certamente (eu cá preferia limpar uma mata do que estar em casa a olhar para as paredes enquanto via o prazo do subsidío esvair-se dia após dia! Mas isto sou eu...). Está certo que não resolveria o problema do desemprego, mas não acho que se possa dizer que, em si, é uma MÁ ideia. Sinceramente não sei quem a sugeriu, do painel presente no debate, mas a verdade é que já vários sectores, à esquerda ou à direita, a referiram e não foi só cá. Quanto ao ordenamento do território, sendo eu um prestes-a-ser-profissional-na-área (assim o espero) só tenho pena que não haja a coragem de, pelo menos, um partido político apresentar uma ideia concreta. Ou fazer referência ao problema. Até parece que onde mais se rouba e onde o Estado mais dinheiro perde não é no imobiliário. Não nos esqueçamos que, na origem da actual crise, está a gigantesca bolha imobiliária americana. Bolha essa que nós por cá (tendo também uma), já conhecemos de ginjeira há uns bons 20 anos.

duarte disse...

samuel
há muito tempo que deixei de ver esse "programa". desde gregos e troianos, ou pouco tempo depois.
não tenho pachorra.
abraço do vale

samuel disse...

J.S. Teixeira:
Vai distraída...

João de Sousa Teixeira:
A que vamos estando habituados.

Fernando Samuel:
Querer, queria... de tal maneira que até começo a dizer coisas inconvenientes... ☺ ☺

Udl:
O cómico não é a ideia. Dependendo da localização dos trabalhos e dos desempregados candidatos a fazê-los, é evidente que há resmas de coisas para fazer, melhores do que ficar em casa.
Cómico foi o ar com que ele a apresentou... como “a solução”.

Duarte:
É compreensível! ☺


Abreijos colectivos!