segunda-feira, 5 de outubro de 2009

De rastos



Percebe-se que algo está muito mal num país, em alguma da sua classe política e jornalística, quando a propósito da escandaleira dos submarinos do Paulo Portas, que não vou aqui e agora comentar nem discutir, a Volkswagen, que ao que parece, detém cerca de 30% do capital do consórcio que fabrica os benditos submarinos, segundo leio, ameaça veladamente Portugal de que se este “enxovalho” a uma empresa alemã (por ver dois dos seus gestores serem constituídos arguidos) não for rapidamente corrigido, isso pode representar uma ameaça para a Autoeuropa.

A gente pasma, não por esta atitude da empresa, pois esta cambada é capaz de tudo, mas sim pela naturalidade com que a comunicação social encara o facto e pelo silêncio timorato do governo, incapaz de os colocar imediatamente no seu lugar.

Percebe-se que algo está muito mal numa certa classe jornalística que com um grande à-vontade encarou o facto de, se preciso fosse, ir-se repetindo até à exaustão os referendos na Irlanda, para a ratificação do “tratado porreiro pá”, mas que quando ganhou o “sim” fez a festa, tendo até ouvido na rádio (não fixei a estação nem o jornalista) que “O problema está finalmente resolvido... e de uma vez por todas!

Afinal, do “sim” já não há retorno possível? Onde é que isso está escrito? Em que lei?

Mais uma vez, não vou aqui discutir as maravilhas do Tratado de Lisboa, mas a subserviência é sempre um triste espectáculo!

Até onde poderão curvar-se mais?

9 comentários:

gabriela disse...

Como nos canta Jorge Palma "Ai Portugal Portugal de que é que estas à espera...enquanto esperas ninguem te pode ajudar..."

Vamos la parar todas estas "curvaturas" antes que batamos todos com o nariz no chão.
Não nos esqueçamos que no dia 11 so a CDU pode ser alternativa.

Antuã disse...

Os répteis são assim.

João de Sousa Teixeira disse...

De rastos?
Ou de cócoras?

Abraço
João

Justine disse...

Curvar-se mais já não podem, mas ainda poden começar a lamber as botas cardadas dos seus donos...
Tristeza e raiva!

do zambujal disse...

... já mostram as misérias...

O Puma disse...

Sem limites

O mercado dos pulhas

Fernando Samuel disse...

Há gente que, mesmo toda curvada, ainda consegue curvar-se mais...

Um abraço.

Anónimo disse...

-São os servos da nova ordem.

samuel disse...

Gabriela:
Só endireitando as costas se poderá pôr o país na vertical...

Antuã:
É da sua natureza...

João de Sousa Teixeira:
“Ambas as duas”... ☺ ☺

Justine:
É mesmo para isso que começam por se curvar...

Do Zambujal:
Escancaradas!

O Puma:
O seu paraíso...

Fernando Samuel:
Não há limites para a flexibilidade.

Anónimo:
Crescem como fungos... ao ritmo a que aparecem as novas ordens...


Saludos colectivos!