Não, não quero embrulhar-me na discussão sobre a vacinação contra a Gripe-A, nem comentar a parolice de estarmos a seguir as vacinações de "individualidades", quase em directo, pela televisão.. Bem me basta a desconfiança feia sobre os reais interesses que estão por detrás deste fabuloso e multimilionário negócio!... De qualquer modo, não deixa de ser interessante, por um lado a relutância de muitos profissionais da saúde em se deixarem vacinar, ou por outro, a embrionária polémica sobre quem está nos grupos prioritários, tão prioritários que possam até colocar-se à frente de cidadãos realmente em risco, como é o caso da discussão que começou e não ficará certamente por aqui, entre os deputados, sobre o seu estatuto de prioritários e imprescindíveis ao funcionamento da sociedade.
Enquanto penso um pouco mais sobre o assunto e tomo uma decisão sobre o que fazer se alguém no Centro de Saúde tropeçar na minha ficha e reparar que... adiante... não fará mal partilhar convosco esta pequena parábola sobre os “imprescindíveis”.
Num certo país longínquo, voavam numa pequena aeronave três passageiros e o piloto, claro. Os passageiros eram um muito jovem estudante, que regressava duma cerimónia onde tinha recebido uma medalha de “Melhor Estudante de Literatura do Ano”, o velho professor reformado que estava na origem da criação do prémio, que por isso tinha sido “baptizado” com o seu nome e um governante local, que tinha ido entregar o dito prémio, na forma da tal medalha pequenina e um longo discurso.
A certa altura, o piloto vira-se para os três passageiros e, com a calma possível, informa: “Lamento muito, mas uma gravíssima avaria eléctrica tirou-me qualquer possibilidade de controlo da avioneta e como temos pouca gasolina, continuaremos por mais algum tempo a voar a esta altura e depois, fatalmente, despenhar-nos-emos. Pior ainda do que irmos cair é o facto de só existirem a bordo três pára-quedas. O meu já o tenho posto e juro que não o vou tirar... portanto apenas sobram dois...”
O governante disse imediatamente que lamentava a situação, mas que tinham que compreender a sua posição, que tinha uma inteligência superior que punha inteiramente ao serviço da sociedade, que era uma pessoa imprescindível... e colocou um pára-quedas e saltou.
O velho professor nem hesitou. “Olha meu rapaz, o futuro precisa de jovens como tu, eu já tenho 80 anos, vivi tudo o que tinha para viver, fui feliz... vá lá! Salva-te!!!”
E o rapaz muito satisfeito: “Não é preciso, senhor professor! Salvamo-nos todos! Aquele senhor imprescindível e muito inteligente... saltou com a minha mochila da escola.”
11 comentários:
Hehehehehehehehehehehehehehehe
Conheço um imprescindível (conheço vários, de facto) parecido com o que saltou com a mochila...
Boas vacinações para todos esses imprescindíveis. Incluindo TODOS os que tomaram posse hoje :)
Abreijos
A vacina devia ser obrigatória para todos os membros do governo e todos os banqueiros bem como os Belmiros e quejandos.
Ah os inteligentes imprescindíveis, como nós os conhecemos bem!
Como não sou imprescindível e me considero minimamente inteligente, NÂO vou vacinar-me!
Admito que me lembrei de Brecht quando li o título do post e que concordo com ele sobre os imprescindíveis.
"Há homens que lutam um dia e são bons; Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Mas há os que lutam toda a vida, e estes são imprescindíveis."
(Bertold Brecht)
Eu cá não quero ser vacinado!
Abraço.
Estou vacinado
contra o governo antigo
que hoje tomou posse
Caro Samuel,
Peço imensa desculpa por esta mensagem que nada tem o ver com o tema aqui proposto.
Gostaria que visse este video que a AlJazeera passou sobre o potencial nuclear de Israel:
http://www.uruknet.info/index.php?p=m59394&hd=&size=1&l=e
Só o míssil Jericho 3 pode atingir o perímetro à volta de Israel que abrange o nosso país. A carga explosiva deste míssil é mil vezes superior à bomba atómica lançada em Hiroshima e Nagasaki.
Uma vez mais, peço desculpa pela interferência, mas achei que devia avisar deste problema.
Saudações
Ai Samuel que estás cada vez pior! E ainda contas anedotas requentadas quando devias simplesmente dizer a verdade: Há gajos, e tens aí atrás uma data deles, que preferem morrer a tomar as vacinas só porque o governo as recomenda! Mas se o Comité Central mandasse até tomavam óleo de rícino. Borravam-se mas levavam o diploma de revolucionários!
EhEhEhEhEh (não quero imitar a Maria mas apetecia-me !)Sei que o dia vai correr-me MUITA BEM!
És um espectáculo! O boneco é um amor!
Além dos imprescindíveis podíamos vacinar todos os "adoradores" do actual governo principalmente os anónimos que pensam que nos conseguem incomodar!
Abreijos
Eu ri - muito e às gargalhadas.
Um abraço.
Maria:
Há “imprescindíveis” por todo o lado... ☺
Antuã:
Todos imprescindíveis para o bom funcionamento do estado a que chegámos...
Justine:
Que feitio!!! ☺ ☺
Ana Martins:
Esses imprescindíveis são de um outro e melhor filme...
Vermelho:
É o que digo... que raio de feitio! ☺
O Puma:
À cautela...
Anónimo:
Mas, meu caro! Esses são os mísseis bons, dos protegidos dos EUA, que por definição, são sempre eles próprios muito bons...
Anónimo (da 1:51):
Eu sei e a esmagadora maioria dos leitores tem conhecimento de que esta anedota do puto da mochila... é antiga. Ter necessidade de ostentar esse fantástico conhecimento e ainda por cima fazê-lo num comentário anónimo... é algo indigente!
Quanto ao resto do comentário... pois!
Amigona:
“pensam”... dizes bem!
Fernando Samuel:
☺ ☺ ☺
Saludos generalizados!
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