segunda-feira, 26 de outubro de 2009

José Hermano Saraiva



Este é José Hermano Saraiva. À direita de quem sai, uma imagem actual. À direita de quem entra, outra de há muitos anos, ao lado do fascista Américo Tomás, assinando uma patifaria qualquer.

E por que carga de água é que trago aqui este grande comunicador, inventor de estórias de fundo histórico, se, embora a figura me cause brotoeja, nem sequer pertenço ao número dos estudantes que saborearam o “privilégio” de o ter como ministro da educação nacional, nem ter as canelas abocanhadas pelas bestas, sempre acompanhadas por alguns cães, que ele costumava açular?

Simples. Porque mesmo tentando evitar os seus inúmeros shows de fantasia histórica, na televisão, mesmo assim tropeço aqui ou ali com mais uma declaração do professor. Desta vez, segundo leio, disse à revista “Sábado” que “Salazar era uma personalidade de excepção, que não voltará a haver!”

Agora é a altura em que para ficar bem na fotografia, eu digo apenas “e ainda bem que não voltará!”... em vez de cair na tentação de o aconselhar a ir elogiar Salazar pessoalmente... e esse tipo de barbaridades, vá lá... feias.

Quero mais é que o professor continue um fascista vivo, ainda por uns bons anos! De preferência lúcido, para ir percebendo dia após dia que mesmo estrebuchando aqui e ali, o fascismo não voltará!

Contra o fascismo, não haverá irmãos, primos, ou vizinhos políticos desavindos, que não se unam de novo!

10 comentários:

salvoconduto disse...

Olha que ontem deu na RTP2 mais um dos episódios do programa dele, desta vez sobre Mafra e a Ericeira. O que o tornava erritante era era o som da sua voz entecortado com o bater da placa dos dentes. Tive que mudar de canal, só por isso.

Maria disse...

Não tenhas dúvidas de que a unidade contra o fascismo é muito ampla! Mas temos de a alargar ainda mais, não vá o diabo tecê-las...

Abreijos

Carlos Machado Acabado disse...

O pior é o fascismo "de vidro", aquele mais... "transparente", o fascismo completamente branco que, bem embrulhadinho e com umas fitinhas cor-de-rosa ou laranja, passa, tantas vezes, por democracia genuína...
DESSE!
Desse é que eu tenho, hoje, medo...
O outro, nos dias que correm, é folclore.
Com ou sem "hermanos" destes, conservados em "pickles"...

César Marrafa disse...

Há tempos, O José Hermano, na televisão, e como resposta a uma questão, colocada por Marçal Grilo, sobre que pensava ele da repressão sexual nas escolas, da separação dos rapazes das raparigas, no seu tempo de ministro da educação, respondeu : O quê? Não tenho conhecimento que isso alguma vez possa ter acontecido!
Para quem andou na escola antes do 25 de Abril 74, está tudo dito sobre esta figura. Eu estou de acordo com a Maria. Fascismo nunca mais!
Temos que fazer tudo o que nos for possível para alargar a unidade.
Não vá o diabo tecê-las.

Hilário disse...

Estou de acordo contigo.

Contra o fascismo temos e devemos de lutar sempre e com a mais ampla unidade possivel.

Fascismo nunca mais!

Um Abraço

CS disse...

O fascismo não voltará se estivermos atentos. Cuidado!"

Antuã disse...

Contra os fascistas marchar marchar.

Daniel disse...

Eu estava na tropa quando o José Hermano Saraiva veio visitar a ilha. Tive de me levantar cerca das seis horas, para apanhar a camioneta militar às sete. Ela saía a essa hora para estar no quartel dos Arrifes às oito (viagem de uma légua, ou pouco mais). E isto porque íamos formar às nove. E formávamos às nove, porque era para sair da unidade às dez. E saímos às dez, porque era para estar em Ponta Delga (repito, pouco mais de uma légua) às onze. E tínhamos de estar às onze, para fazer guarda de honra ao ministro ao meio-dia.
Mas as suas histórias até têm graça. É preciso é saber História para não cair em algumas cascas de banana.

Fernando Samuel disse...

Este mesmo Hermano, fascistão, deu há dias uma longa entrevista ao sobrinhóide José António - e estiveram muito bem um para o outro...

Um abraço.

samuel disse...

Salvoconduto:
É muito enervante sim senhor!

Maria:
Andar a tecê-las, isso anda...

Carlos Machado Acabado:
Só que por vezes a crueza deste, antigo, serve para disfarçar a subtileza do moderno...

César Marrafa:
Sempre que é confrontado com o que fez... não se lembra. É uma espécie de Dias Loureiro do fascismo...

Hilário:
Faz lembrar a grande canção chilena “La muralha”...

CS:
Evitar a “sonolência democrática” é por vezes tão difícil...

Antuã:
...ou “Avante Camarada”... ☺ ☺

Daniel:
Bela estória! ☺
Saber história ajuda sempre...

Fernando Samuel:
Nessa, ao que sei, também foi “brilhante”.



Saludos gerais!