quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Augusto Santos Silva – Está-lhe na massa do sangue...



Alguns oficiais superiores da Marinha Portuguesa sentem-se profundamente ofendidos pelo Ministro da Defesa. Não querendo entrar no debate em causa neste diferendo, assinalo o incidente que os oficiais apontam como principal ofensa: o facto de, na História da Marinha Portuguesa, desde a monarquia, passando pela Primeira República e pelo fascismo, não haver registo de um pedido de audiência feito ao Ministro ser liminarmente recusado e ainda por cima nos termos, digamos, malcriados, que foram usados: «já estou bem informado, não preciso de os ouvir».

Claro que não estamos a falar de um ministro qualquer. Trata-se de Augusto Santos Silva, o caceteiro de serviço do PS. Mesmo assim, os marinheiros ainda tentam (embora ironicamente) “desculpar” esta espessa arrogância com a possível ignorância do Ministro da Defesa, sobre o que é e qual o significado do Clube Militar Naval... e até o seu papel no 25 de Abril de 74.

Era aqui que eu queria chegar. Há muito tempo que não ouvia falar do Clube Militar Naval, mas este é um nome que me traz as melhores recordações! Durante vários anos, as minhas mais bem passadas noites de 24 para 25 de Abril, foram vividas exactamente no Clube Militar Naval. Primeiro no Marquês de Pombal, depois na “nova” casa, ali na Defensores de Chaves... em Lisboa. Eram noites de festa, onde várias dezenas de artistas conviviam com os militares de Abril e as muitas centenas de pessoas que iam por ali passando ao longo da noite, ouvindo um poema dito, aqui, outro cantado, ali... todos ditos e cantados com gosto e por gosto.

Nunca lá vi Augusto Santos Silva! Se alguma vez esteve por perto, terá sido do lado de fora, insultando quem estava lá dentro (revisionistas, social-fascistas e outros adjectivos em moda na época)... uma prática que era muito querida aos militantes e provocadores profissionais dos vários agrupamentos da chamada extrema esquerda, como a UOR (União Operária Revolucionária), que mais tarde daria a LCI (Liga Comunista Internacionalista), organizações por onde andou o jovem “revolucionário” Santos Silva, em trânsito para o MES... e finalmente para o PS, o partido onde encontrou as melhores “condições de trabalho” para o seu velho objectivo: o anticomunismo cego e trauliteiro.

Esta má criação com os militares superiores da Marinha Portuguesa... é apenas um pormenor do seu dia a dia.

11 comentários:

Maria disse...

Não deixa dxe ser curioso que o Martins Guerreiro, próximo do ps (ou do ps) tenha sido quem deu a cara nesta questão...

Abreijos.

do zambujal disse...

Ora vivas!
Lá nos cruzámos!
Olha, o SS é um cromo de um caceteiro!

Um abraço

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Tal reacção do Ministro em questão, não deverá espantar os Portugueses, porque vem na sequência de outras suas atitudes tomadas enquanto político, e hoje no exercício de funções governativas. Basta ter memória.

José Rodrigues disse...

Costumam dizer essas bestas tipo Santos Silva,atreladas aos bezerros de oiro,que só não muda quem é burro...por isso eram tão assanhados verbalistas contra os Governos provisórios de Vasco Gonçalves,especialmente o V.

Abraço

Graciete Rietsch disse...

Que fraca memória têm estes troca tintas!!!!!!Andaram por aí a ver qual das pseudoesquerdas lhes dava mais vantagens e então fixaram-se no PS.Não os suporto.
Quero deixar aqui uma pequena palavra de saudade para o irmão do Ministro, que foi meu aluno, meu camarada, meu colega na UPP, meu amigo e que faleceu poucos dias depois de ter sido eleito delegado ao último Congresso do PCP.

Um beijo, camarada.

maia disse...

Com este calor, acima de 40 graus e um ministro tão louco (talvez do calor), se a Marinha o mergulhasse para refrescar, uns simples 5 minutos, tudo ficaria mais fresco. Penso eu de que!!

Fernando Samuel disse...

Afinal o SS não mudou nada: os seus objectivos quando integrava os grupelhos esquerdistas são os mesmos de hoje...

Um abraço.

Anónimo disse...

Quando falarem deste cromo, tratem-no pelo completo ou por qualquer outro mas não, unicamente, por Santos Silva.
O irmão de que a Graciete falou chamava-se Fernando Santos Silva e, algumas vexes, quando o chamavam por Santos Silva dizia, e sublinhava, Fernando. Ele sabia porquê. É que diferença era tão grande.
A minha homenagem ao Fernando.
Um abraço do Norte
Valdemar

Anónimo disse...

Não sei o que é pior, se a veia trauliteira do Snntos Silva, se o ódio sectário do Samuel a tudo o que lhe cheire a esquerda revolucionaria....

Mas já nada me surpreende, afinal a ilustre Zita Seabra que em tempos comandou as tropas da JCP, tambem destilava o seu fel, e vejam no que deu....

samuel disse...

Anónimo:
É extraordinária a facilidade com que gente que não me conhece de lado nenhum e nem tem a decência mínima de dizer quem é, me "põe" a odiar isto e aquilo, a seu bel prazer. Mas pronto... se aprendeu a dizer "ódio sectário", entendo que andasse há tempos a tentar utilizar o termo no meio de uma frase sobre qualquer coisa...
Como presumo que não estará a falar do BE, que não é "dessas cenas revolucionárias", não faço ideia de que esquerda revolucionária estará a falar.
De qualquer maneira, essa sua técnica para aterrorizar jovens em idade "difícil", parece-me excelente: ameaçá.los de ficarem como a Zita Seabra. É de arrepiar... :-)))

Augusto disse...

Samuel dê porrada no Santos Silva que ele merece, mas não traga para aqui organizações que já desapareceram, mas que na época tiveram a seu lugar na luta pela democracia , e que foram constituidas por anti-fascistas, que tinha lutado contra a ditadura.

Olhe que eu lembro-me que apesar do PCP dizer cobras e lagartos do 25 de Novembro, isso o não impediu de continuar no governo com o PSD e o PS