O Fernando Samuel, do “Cravo de Abril” (a quem dedico este texto), publicou um post onde explica com clareza porque é que os média dominantes não perdem uma ocasião que seja para colocar Salazar «na moda». Ora é a data do seu nascimento, ora a da queda da cadeira, ou da morte... datas sempre assinaladas com textos que servem para branquear, até no nome, o regime fascista que este povo teve que suportar durante 48 anos.
Pensado naqueles que nos acusam de nunca apresentarmos propostas, eis a minha proposta: Que os média dominantes falem de Salazar em cada dia que passe sobre a morte de uma das suas vítimas, às mãos da PIDE na rua, nos campos, ou nas prisões do regime fascista; de cada sessão de tortura de trabalhadores, ou estudantes, ou intelectuais presos; de cada interrogatório violento feito a cada mulher operária ou camponesa; de cada entrada na “frigideira” do Tarrafal de mais um patriota resistente; de cada jovem, português ou africano, morto na Guerra Colonial; de cada criador tolhido pela censura e pelo obscurantismo.
Pensado naqueles que nos acusam de nunca apresentarmos propostas, eis a minha proposta: Que nesses dias, que assim serão mais que todos os dias do ano, os média dominantes digam sobre Salazar aquilo que realmente deve ser dito sobre o ditador para assinalar essas datas... pois como disse o poeta,
«Há que dizer-se das coisas
O somenos que elas são.
Se for um prato, é um prato,
Se for um cão é um cão...»
17 comentários:
... quando foi fascismo, foi fascismo!
Um abraço
Sobre páginas brancas escorreria sangue vivo, porque os Resistentes estão vivos na memória do que defendem a Liberdade. Muito teriam de escrever se fossem honestos e não conscientes trabalhadores manipulados, usados pelo grande capital.
Bjs,
GR
Nem mais!
Parecendo que não, isto mudou muito, e o "TIDE" já não é o que mais branqueia, e depois o buraco negro dificilmente será branqueavel.
Abraço
E,já agora para tudo ficar bem claro,que cada meio de comunicação social traga escarrapachado,em letras garrafais,os nomes dos senhores que detêm o capital das empresas que detêm cada midia.
Um abraço,
mário
sempre atento e actual Samuel. É para ler textos como este que me obrigo diáriamente a abrir o teu blog.
Abraço, Joana
Samuel, grande post. Vou "levá-lo" para o face book. Estas coisas têm que ser lidas por muito mais gente.
Obrigada
Tantos crimes, tantos branque amentos, tanta corrupção que existe hoje à sombra da lei!!!!!!!
Não se pode esquecer nem perdoar.
Um beijo.
não fosse o termo salazar diria que estava a ler sobre territorios comunistas
1143:
não fosse ver que afinal sabe escrever e utilizar um computador e diria que o comentário era de débil mental... mas não. Deve apenas ser um simpatizante de pides, ou mesmo pide na reforma...
Os PIDES não morreram todos. Andam por aí, a vomitar a ideologia fascista e criminosa, de que sempre se alimentaram. E espreitam, eivados de ódio, para ver quando poderão novamente assenhorear-se do terreno e das vidas humanas. Claro que há sempre quem se deixe levar no canto das sereias. Há 36 anos ("Esta era a madrugada que eu esperava"), eles estremeceram. E nós, tão cheios da beleza da liberdade e da vida, deixámos que estes crápulas e criminosos aqui chegassem. E já arreganham os dentes! Não, não passarão!
1143 seria o número que ostentava na PIDE ou o número de presos que torturou?
Assim se fala e escreve! Que não te doam a voz nem as mãos.
Abreijos.
Obrigado pela dedicatória e obrigado pela tua demolidora proposta.
Um abraço.
Grande proposta, sim senhor!!
bjs,
Maia :):):):)
Voçê não existe ... 1143 o número de pessoas torturadas pela PIDE ???????
Enfim ... vou acreditar que está a brincar e sabe perfeitamente que é a data da Fundação da Nacionalidade
Ass : Pedro Caçorino Dias
Camarada Cantigueiro: Para quê a moderação de comentários se continuam aqui a aparecer 1143 porcarias?
Membro do Povo:
Exactamente porque, como o próprio nome indica, tento o quanto posso, fazer uma "moderação" moderada... :-)))
Talvez aqui ou ali seja demasiado moderado... mas talvez, também aqui ou ali, seja uma boa maneira, de prferência sem insultos e seus derivados, de abrir linhas de debate...
Abraço.
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