sexta-feira, 18 de março de 2011

13º mês – Vamos brincar às contas de sumir...


O décimo terceiro mês nunca existiu! Olha... este emparveceu! - pensam vocês - Claro que só existem 12 meses...
Não, não estou a falar dos meses do calendário, mas sim dos meses em ordenados. Do célebre e aplaudido décimo terceiro mês. Não existe! É um truque de prestidigitação! Mas o melhor é fazer isto como se contasse uma estória
Era uma vez um patrão que tinha vários trabalhadores, aos quais pagava 250 euros por semana. Um dia, foi ter com os trabalhadores e disse:
- Meus senhores e minhas senhoras, tenho uma proposta para vos fazer. É um favor que farão à empresa, que não vos vai custar um cêntimo, mas que será um alívio para o nosso departamento de contabilidade. Proponho que a partir de agora, todos os trabalhadores continuem a ganhar os mesmíssimos 250 euros por semana... mas vamos passar a pagar ao mês. Portanto, 1.000 euros por mês. Para recompensar a vossa compreensão e o alívio para o contabilista... e atendendo a que por mais que se faça, quando chega o verão há sempre vontade de passar uns dias fora, dar uns passeios, há sempre umas despesas extra... passarei a pagar-vos um décimo terceiro mês, igualmente de 1.000 euros, para se divertirem e gastarem como quiserem.
Os trabalhadores acharam muito bem, ficaram muito felizes com aquele ordenado extra e sentiram-se tão acarinhados pelo patrão que, durante muito tempo, não tiveram coragem de lhe exigir mais nada... sendo que alguns nem se importaram de começar a ser chamados de “colaboradores”.
Até que um dia, o “implicante” lá da empresa, sentou-se num café e começou a rabiscar umas contas.
- 1.000 euros por mês, vezes doze meses, dá 12.000 euros.
- 12.000 mais os mil do décimo terceiro mês, dá 13.000 euros.
Ora, se o ano tem 52 semanas...
- 52 semanas, vezes os antigos 250 euros por semana, dá... 13.000 euros.
Como? Deixa lá ver... dois vezes nada, nada, dois vezes cinco, dez... ... ... ... 13.000 euros!!!

- Mas afinal... que raio é que o patrão nos deu?!
(Eu também nunca tinha feito estas contas)

12 comentários:

trepadeira disse...

É isso mesmo,contas de sumir.Eles só tiram,roubam,enganam,burlam,....
Um abraço,
mário

Maria disse...

Estamos sempre a tempo de fazer contas. Estas e outras, as que virão por aí.

Abreijos.

Rogério G.V. Pereira disse...

Verdade se diga, só agora é que as vi fazê-las...

Antuã disse...

Somos roubados de toda a maneira.

Graciete Rietsch disse...

Eu,como sempre me pagaram ao mês, nem disso me lembraria. Mas nos meses de 5 semanas também se come e se trabalha na semana extra.
A aritmética não engana.

Um beijo.

do Zambujal disse...

... e não precisaste de "excel"!

Grande abraço

Fernando Samuel disse...

O segredo está em (não) fazer contas...

m abraço.

Carlos Fernandes disse...

Caro amigo Samuel.

Para estes capitalistas roubar é com eles e arranjam sempre maneira de dizer que ainda estão a fazer um favor,(o que seria dos pobrezinhos se os ricos não lhes dessem uma esmola).
Sou um doente crónico cardiaco e tomo diariamente sete comprimidos diferentes.
Acontece que a maioria das embalgens tem ou 28 ou 56 comprimidos e muito poucas 30 ou 60.
Quero dizer com isto que o ano tem sete meses com 31 dias quatro com 30 e um 28 dias e de quatro em quatro anos 29.

Repare quantas caixas todos temos de comprar a mais por ano.

Estou cansado de chamar a atenção
para isto mas é como chover no molhado.
Na realiade os meses não tem 4 semanas ou seja 28 dias como muito bem ficou explanado neste seu Post.

A luta continua e amanhã lá estaremos.

Um abraço

Anónimo disse...

Samuel
Como o Carlos Fernandes também tenho de tomar comprimidos para a tensão e é verdade o que ele diz. Se calhr não estou tão prejudicado como ele porque de vez em quando consigo galgar um dia de toma que não será o seu caso. Nunca tinha feito contas porque quando comecei a trabalhar recebia à quinzena. Mas que eles são ladrões será que alguém duvida.
Vitor sarilhos

LAM disse...

Exactamente. Por isso também os vencimentos em Inglaterra (por ex) são semanais e o seu cálculo anual. Somemos a isso as percentagens de aumento salarial, negociados anualmente em percentagens iguais para toda a gente em empresas ou sectores de actividade que, com culpa comum dos sindicatos ao longo de mais de 30 anos, tem cavado cada vez mais o fosso no leque salarial. É que as enormes diferenças salariais em Portugal não são só culpa dos governos e do patronato, e isto é um aspecto que se pretende sempre esquecido.

svasconcelos disse...

Olha... também nunca tinha feito tais contas. Pois... por não as fazermos devidamrnte é que nos enganam e bem. Ou tentam enganar...
bjs,

Ana disse...

Para mim o que continua a fazer sentido é que o pagamento do subsídio de férias e do subsídio de natal são conquistas de Abril e que passados 36 anos ainda mantemos. Essas e muitas outras. Façam lá as contas que quiserem. Abril é que conta.