quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pobres das flores



XXXIII


Pobres das flores nos canteiros dos jardins regulares.

Parecem ter medo da polícia...

Mas tão boas que florescem do mesmo modo

E têm o mesmo sorriso antigo

Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem

Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente

Para ver se elas falavam...

(Alberto Caeiro - "O guardador de rebanhos")

7 comentários:

salvoconduto disse...

Nos tempos que correm nunca fiando. É caso para ficarmos à cautela com a polícia...

Anónimo disse...

Caro amigo.
Linda a foto e lindo o escrito.

Manuel Norberto Baptista Forte disse...

Bonita paisagem, acompanhada por uma boa escolha poética da imensa obra de Alberto Caeiro.

Justine disse...

Generosas, as flores. Mesmo assim continuam a florescer!
(bela imagem, que se transcende no seu significado)

Luis Nogueira disse...

Ah, grande Caeiro!
Ah, grande Samuel!
Ah... ai flores, ai flores / Do verde pino


Um abraço pela poesia que também nos salva,

Luis Nogueira

Fernando Samuel disse...

E falavam...

Um abraço.

samuel disse...

Salvoconduto:
Sempre! ☺

Anónimo:
Obrigado, em nome dos autores. Eu apenas os juntei...

Manuel Norberto:
Obrigado!

Justine:
Mesmo para quem as não merece...

Luís Nogueira:
E “salva” tantas vezes!

Fernando Samuel:
Quase sempre em verso...


Abreijos colectivos!