XXXIII
Pobres das flores nos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia...
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
E têm o mesmo sorriso antigo
Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem
Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente
Para ver se elas falavam...
(Alberto Caeiro - "O guardador de rebanhos")
7 comentários:
Nos tempos que correm nunca fiando. É caso para ficarmos à cautela com a polícia...
Caro amigo.
Linda a foto e lindo o escrito.
Bonita paisagem, acompanhada por uma boa escolha poética da imensa obra de Alberto Caeiro.
Generosas, as flores. Mesmo assim continuam a florescer!
(bela imagem, que se transcende no seu significado)
Ah, grande Caeiro!
Ah, grande Samuel!
Ah... ai flores, ai flores / Do verde pino
Um abraço pela poesia que também nos salva,
Luis Nogueira
E falavam...
Um abraço.
Salvoconduto:
Sempre! ☺
Anónimo:
Obrigado, em nome dos autores. Eu apenas os juntei...
Manuel Norberto:
Obrigado!
Justine:
Mesmo para quem as não merece...
Luís Nogueira:
E “salva” tantas vezes!
Fernando Samuel:
Quase sempre em verso...
Abreijos colectivos!
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