sábado, 12 de fevereiro de 2011

E falando em corruptos... alegadamente, claro!


Para não ter que inundar o texto com os “alegados” e “alegadas” do costume, seguem-se alguns exemplares dessas sempre indispensáveis palavras, que os leitores farão então o favor de colocar onde acharem mais conveniente, à medida que forem lendo.
alegado, alegada, alegados, alegadas, alegadamente, alegado, alegada, alegados, alegadas, alegadamente, alegado, alegada, alegados, alegadas, alegadamente, alegado, alegada, alegados, alegadas, alegadamente, alegado, alegada, alegados, alegadas, alegadamente, alegado, alegada, alegados, alegadas, alegadamente 
(acho que já chega!)
A juíza Ana Cristina Silva veio juntar-se aos numerosos portugueses que não têm grandes dúvidas de que o “apoio” do futebolista Luís Figo a Sócrates foi comprado. Também não parece haver dúvida de que o “boy” Rui Pedro Soares é o corruptor por detrás da manobra da tentativa de compra de “convicções” e apoios de várias figuras públicas.
Segundo li, a propósito da transcrição de uma das escutas ligadas a este imbróglio, na fase em que andavam a sondar as figuras públicas que estariam “disponíveis” para dar o seu “apoio” a Sócrates, quando ainda tentavam chegar a Tony Carreira (o que não veio a acontecer) e Luís Figo era ainda apenas uma hipótese, um dos “boys” terá dito: «Já temos o apoio da Inês de Medeiros e da Isabel Alçada!» Passadas as eleições, a primeira “ficou” deputada do PS e a segunda, ministra da Educação... o que é apenas um pormenor curioso, como é evidente!
A Juíza decidiu levar o caso a julgamento, perante a acusação da 9.ª Secção do DIAP de Lisboa e não teve dúvidas de que existem indícios fortes de que Soares, perante o aproximar das eleições legislativas de 2009, «pôs em execução uma estratégia para obter o apoio à candidatura do PS por parte de figuras públicas beneficiárias de simpatia popular».
Confesso que, independentemente do desfecho da coisa… é bom vê-los sentar os corruptos rabos no banco dos réus... mas há, pelo menos, duas coisas que não entendo:
1. Se existem elementos suficientes para levar a julgamento Rui Pedro Soares, Américo Thomati e João Carlos Silva, que no papel de corruptores ativos, andaram a usar dinheiros da PT e Taguspark para comprar o “apoio” de Luis Figo, porque diacho é que não há elementos para levar o “pesetero” futebolista e súbito admirador de Sócrates a tribunal, enquanto corrupto, ainda que passivo?
2. Se Sócrates, vamos apenas supor, teve conhecimento de que estava a conseguir um apoio público para a obtenção de um bem, o cargo de primeiro-ministro, tendo os seus colaboradores obtido esse apoio recorrendo à corrupção, isso, para além de ser uma coisa “muito feia” não o candidata igualmente a ir sentar-se com os outros no mesmo banco... mas isso já é sonhar demasiado alto!

7 comentários:

jrd disse...

Alegadamente o Figo até marca penalties com a cabeça...
Abraço

Fernando Samuel disse...

Aí estão «duas coisas» difíceis de entender mas fáceis de entender...

Um abraço.

Graciete Rietsch disse...

Porque são só "alegados".

Um beijo.

Suq disse...

Ali gadas Cu ligadas

Compradas Al çadas e De Putadas

Bom Cargo & Boas Cagadas.

Antuã disse...

Se houvesse justiça mais de metade dos dirigentes do CDS, PSD e PS estaria presa e não seria prisão política.

JOSÈ GAGO disse...

Concordo contigo Samuel.
Também não percebo porque é que
o Sr.Luis Figo não tem as mesmas
razões,suficientes,para ir a
julgamento, mas enfim... se calhar
é apenas a confirmação do ditado
popular que nos diz:
Há uns que comem os figos...
E a outros rebenta a boca...

Um abraço,bom fim de semana.

Anónimo disse...

Samuel
Por não conhecer o «alegadamente» fui a tribunal por uma única vez, em 60 anos de vida, por um artigo escrito num jornal local. Fui lá levado por outro «jornal» mas porque tinha criticado uma Presidente de Camara Municipal. Fui absolvido porque a juíza era moça nova e mais aberta ás criticas e criticos. Por isso não deixo de dar-te o alerta para o «alegadamente» pois os «cães» assim que podem filam os dentes na carne dos HUMANOS.
Vitor sarilhos