quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Portugal a (não) produzir – As verdades “inconvenientes”


Ao arrepio das fantasias delirantes de Sócrates, de Teixeira dos Santos e dos restantes figurantes no Governo deste PS, a realidade diz-nos que Portugal foi um dos dois únicos países da Zona Euro a fechar o ano de 2010 em contração económica. A realidade despreza os mentirosos e não tem por costume ocultar a incompetência.
Enquanto os comunistas portugueses vão insistindo na explicação dos fundamentos e ideias gerais da sua campanha “Portugal a produzir”, o poder do grande capital financeirizado olha para esta campanha com desconfiança. Porque hão de estar interessados num Portugal a produzir, a sair da dependência alimentar, a criar riqueza, a pagar com justiça aos produtores e trabalhadores em geral, um país com uma melhoria do nível dos salários que permita um aumento da procura interna, aumento de procura que vá animar o enorme tecido de micro, pequenas e médias empresas, aquelas que realmente são o esteio social, tanto na criação de emprego, como na produção de bens transacionáveis; como hão de estar interessados em ver os campos cultivados e a agricultura modernizada e apoiada... se já ganham todo o dinheiro que querem não produzindo coisa nenhuma, na jogatana da bolsa, na agiotagem dos seus bancos, no gigantesco comércio a retalho que importa praticamente tudo o que vende e a preços impossíveis de praticar pelos produtores nacionais... ou porque os produtos vêm de países onde os produtores são fortemente apoiados, ou de outros que praticam ordenados de miséria em trabalho pouco menos que escravo?
Porque estariam interessados num “Portugal a produzir”, se este Portugal empobrecido, endividado, dependente, importando quase tudo o que come... é o seu paraíso na terra?
Como seria de esperar, o grande capital, perante uma proposta destas - e logo vinda dos comunistas! - trata de açular os seus cães, pondo toda a máquina mediática, que é sua propriedade, a denegrir essa estranha ideia “comuna” de um país de cabeça erguida, em vez desta vil tristeza da pedinchice e da subsidiodependência.
Como temos visto, têm até o precioso contributo dos seus fiéis “ajudantes de campo” de sempre, os pseudorrevolucionários do costume, que andam afanosamente, por blogs, trancos e barrancos, “chispando” insultos à campanha e aos seus promotores... por esta ser “contra os trabalhadores”, “a favor do grande capital”, “revisionista”... (a lista das velhas e requentadas baboseiras seria longa).
Apesar de tudo e contra ventos e marés, a campanha continuará... tal como a luta... porque outro mundo é possível!

7 comentários:

Antuã disse...

Portugal a produzir apenas interessa aos portugueses e jamais aos seus carrascos.

Graciete Rietsch disse...

" Portugal a Produzir" é uma grande frase e uma grande campanha que dará os seus frutos "queira ou não queira o papão".

Um beijo.

GR disse...

No noticiário vejo com ar despreocupado e sorridente, um tal Carlos Costa (Governador do Banco de Portugal) dizer que “o país entrou em recessão”. Leio também que o desgoverno de Sócrates facilita o desemprego e o encerramento das empresas.
Produzir como? com que meios? Maldito capitalismo!
A Luta intensifica-se,apesar de tudo, acredito que é possível a mudança!

Bjs,

GR

JOSÈ GAGO disse...

Não estou de acordo, que Portugal
não seja um país,altamente,
produtivo...!
Temos é que acelerar a exportação
daqueles produtos que estamos a
produzir em excesso - tais como...
Ladrões,aldrabões,galifões,pavões,
camaleões,barões,figurões,fanfarrões,e outros (ões)que não cabem nestas apreciações...
Todos vendidos,rendiam milhões!

Fernando Samuel disse...

Um país de cabeça erguida, para quê?: só se for para o patrão europeu baixar a dele...

Um abraço.

Luis Nogueira disse...

Portugal, enquanto foi dirigido pelos antepassados dos capitalistas, enquanto for dirigido por capitalistas foi e será um país de mascates, de merceeiros como o Belmiro, de Salsicheiros como o ministro das Phinanças, de Vígaros a dez tostões a dúzia e sem nada dentro como o Xókrates.
Luis Nogueira

Anónimo disse...

Samuel
E o José Gago, sem gaguejar, disse muito bem. Acrescento só que de Portugal estão a sair as pessoas sérias e inteligentes e a entrar aqueles que o José Gago diz que se devia exportar. A quem interessará o que se está a passar senão à Alemanha, França, Inglaterra, Durão Barroso, Teixeira dos Cantos, Sócrates e outros que tais.
Vitor sarilhos