G-20 ou G-3?

Anda a comunicação social (bastante mais a internacional) cheia da reunião do G-20, em Paris. Sobre o “G”, resistirei a fazer trocadilhos com o famoso “ponto”, que ainda por cima não passa de uma ficção para vender papel em revistas cor de rosa. Já sobre o “20”, curiosamente, também uma ficção... o mínimo que se pode dizer é que é muito confuso... como poderão ler aqui.

Há algumas décadas a G-3 foi uma espingarda metralhadora muito popular, responsável pela morte de alguns milhares de seres humanos. Hoje, o G-20 e o conjunto de países que o integram, é responsável por políticas que afetam a vida e, nalguns casos, a própria sobrevivência de muitos milhões de outros seres humanos, mais duramente, ainda, nos países que não podem entrar na negociata.

É estranho ser forçado a pensar que, ao pé deste G-20, a metralhadora G-3 não passava, afinal, de um “brinquedo”.

Adenda: Lembra-me o Sérgio Ribeiro, “linkado” aí em cima, que o poder dos “poderosos” tradicionais, dentro de um grupo como este G-20... já não é o que era. Países emergentes, como o Brasil, a China, ou a Índia, parecem pouco dispostos a que a arrogância financeira, económica, política e, por vezes, carregadas de tiques colonialistas, das potências europeias, dos EUA, etc., lhes comam as papas em cima da cabeça. Toda a resistência é de aplaudir, assim sejam legítimos os interesses que ali defendam... já que sobre os interesses do grande capital, os únicos que movem os outros... estamos conversados.

Vamos ficar à espera de notícias e resultados... mas já valeu pelo telefonema de um amigo!