segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O meu 25 de Novembro


Com a idade são muitas as alterações que acontecem no corpo humano... a começar pelo cérebro. Perde-se a pachorra para muita coisa que antes se achava suportável. Diz-se com mais facilidade e menos “filtro” aquilo que vai na alma.
Felizmente, a mim, deu-me para ficar mais “radical” em relação às coisas que penso e defendo, mais teimoso em relação às opções estéticas que escolhi para a vida profissional ligada às canções, entre muitas outras coisas.
Esta “mudança” pode ser uma faca de dois gumes. Há quem admire... há quem odeie! Infelizmente, quem nos odeia tende a manifestar-se mais ruidosamente!
Pessoalmente, prefiro arcar com as críticas, ainda que sejam mais do que os aplausos, do que tentar reescrever o passado, dizendo, sei lá... ter sido sempre o maior admirador de Soares e assinalar o 25 de Novembro como o início da democracia em Portugal, passando uma esponja sobre o que se passou entre o dia 25 de Abril e esta data, ou execrando o chamado “PREC”... que agora parece ser um passado pouco recomendável para um "democrata moderno", uma nódoa inconveniente num bom currículo artístico.
Pessoalmente, prefiro continuar pensar e a dizer que o dia 25 de Novembro é o dia dos que traíram a Revolução de Abril! Dos que ficaram cá a preparar o caminho para o regresso daqueles que fugiram em Abril! Dos que por interesse pessoal (ou pura estupidez) abriram de par em par as portas para a desgraçada realidade que agora vivemos!

36 comentários:

Diogo disse...

Absolutamente de acordo!

Maria disse...

Subscrevo. Na totalidade!

Abraço.

José Oliveira disse...

O "sempre assumido PREC", sem nunca trair. Tomei parte na Reforma Agrária como técnico do Ministério da Agricultura em Coruche, sem nunca me arrepender do quer que fosse, não roubei nada. Quero que se recordem de um Homem, sim com H, que morreu infelizmente muito cedo, o Engenheiro Agrónomo Júlio da Conceição da Silva Martins, muito esquecido infelizmente.

Anónimo disse...

Quando vejo Mário Soares com aquele discursos da Aula Magna, penso até que ponto pode um homem descer tanto, então não foi ele a figura principal da contra revolução? Que deu crediblidade às direitas, como pode agora vir pedir resistência, se foi ele que nos desarmou, que nos enganou. Isto tudo é consequência do ele andou a fazer, aliou-se a tudo o que era fascista.

José Graça disse...

Samuel, não sou comunista, mas também nunca percebi o que é que os comunistas perderam com o 25 de Novembro.

É ou não é vardade que o Estado Social funcionou bem até há poucos anos atrás?

Anónimo disse...

Foi de facto uma chatice o 25 de Novembro.
Se não fosse essa data fatídica Portugal poderia ser hoje um paraíso na terra, um amanhã que canta, assim tipo uma URSS com os hospitais psiquiátricos, uma RFA com a Stasi ou, quem sabe, apesar de isso já ser pedir muito, uma Roménia com os camaradas ceausescus.

Nesse paraíso não haveria greves não é Samuel? Sim porque as greves que houve no Prec eram e foram todas GREVES SELVAGENS, como todos sabemos.
Foi de facto uma pena...

Dona Sra. Urtigão disse...

Bom dia!
É,talvez por isso, que se diz que a idade mais avançada nos torna mais sábios.
Quanto a questão politica, pouco sei daí, apenas de forma superficial, o que não me permite comentar, mas instiga a pesquisar, aprender.
Grata

do Zambujel disse...

Estivemos ontem e estou (ou continuo), hoje, contigo!

Grande abraço

Retornado disse...

Tens razão, o 25 de Novembro preparou o caminho para o regresso dos que cavaram no 25 de Abril.

Um exemplo, quando o Mário Soares ganhou as eleições foi ao Brasil chamar o pessoal.

E «eu que fui para lá» a trabalhar porque não sei fazer mais nada, ouvi-o dizer que os que fugiram para Brasil já podiam regressar que já está tudo em ordem.

Veio o Champalimaud e eu.

samuel disse...

Anónimo (10:54):

Boa! Fascinante análise! Sobretudo a parte que se refere ao "inatel"!

Não faço ideia de que porra está a falar… mas é fascinante! :-) :-) :-)

Unknown disse...

Ahhhhh, grande Samuel. É verdade, está-se sempre a aprender. Também estou a perceber as vantagens de se dizer o que se pensa, assim. De se ouvir os outros, assim. E de se assumir que se é humano e que se erra, e que não há mal nenhum em voltar atrás no que se disse, quando se acredita que isso vai participar num mundo melhor. E de lutar por isso, assim. Dorme-se melhor :)
Abraço do Porto.

augusta disse...

Em tempos, numa sessão com o nosso prémio Nobel, ouvi-o dizer - "quanto mais velho mais livre e quanto mais livre mais radical". Ao ler o início do post lembrei-me dele.
.
quanto a este 25 de má memória...
Completamente de acordo... com o Samuel, claro...
Subscrevo, agradeço e partilho.

Antuã disse...


25 de Abril, sempre.

trepadeira disse...

É o dia dos traidores.

Abraço,

mário

Luis Filipe Gomes disse...

Penso o mesmo!Um abraço.

Graciete Rietsch disse...

Concordo totalmente com as tuas palavras!!!!

Um beijo.

Justine disse...

E acho que pensas muito acertadamente!

anarquista nos tempos livres disse...

Um dia “bué da fixe”, para o Mário Soares depositar uma coroa de flores naquela coisa que os seus (dele) “camaradas” de Braga resolveram “plantar” numa rotunda. Para o Vasco Lourenço e o Otelo darem umas pauladas recíprocas. Para o “31 da Armada” levar para a FIL aquela outra coisa que, em tempos, largaram no Campo Pequeno. Enfim, mais um dia para não esquecer que esse, de 1975, foi o primeiro dia do resto da nossa desgraça actual.
“Esta mascarada enorme/Com que o mundo nos aldraba/Dura enquanto o povo dorme/Quando ele acordar, acaba.” Então, “Acordai!”.
Alberto

Anónimo disse...


touché :)

vovómaria

O Puma disse...

Eanes uma referência do descalabro

anarquista nos tempos livres disse...

Anónimo (08:12)
Foi, de facto, uma chatice, o 25 de Abril.
Se não fosse essa data fatídica, Portugal continuaria a ser uma potência colonial, para cuja guerra não faltaria “mão-de-obra”, como medida de combate ao desemprego jovem. A PIDE/DGS manteria o paraíso existente, não com hospitais psiquiátricos, mas com as colónias de férias no Aljube, em Caxias, em Peniche, em S. Nicolau, etc…com o expoente máximo no “resort” do Tarrafal (hoje seria, ligeiramente, menos selvagem, respeitando os direitos humanos, à imagem e semelhança da CIA em Guantánamo).
Todas as greves seriam permitidas, desde que fossem à Liberdade. Em certos casos mais “tresloucados”, uns tiros numa rua de Lisboa, num campo Alentejano ou um “drone” em Badajoz, enviariam os “selvagens” para o paraíso celestial.
Vou ser realista e desejar-lhe o impossível: As suas melhoras!
Alberto

Anónimo disse...

"Anónimo Anónimo disse...

Foi de facto uma chatice o 25 de Novembro.
Se não fosse essa data fatídica Portugal poderia ser hoje um paraíso na terra, um amanhã que canta, assim tipo uma URSS com os hospitais psiquiátricos, uma RFA com a Stasi ou, quem sabe, apesar de isso já ser pedir muito, uma Roménia com os camaradas ceausescus."


Ho Senhor anónimo ajude a esclarecer uma confusão.

Eu que conheci a URSS e que conheço a Rússia de hoje assim como mais três Republicas que faziam parte desse maravilhoso país, não vi nada, nada, mesmissimo nada ( melhorar depois da reintrodução do capitalismo.

Por isso agradeço ao Senhor anónimo que me dê um exemplo (apenas um serve) de qualquer coisa de bom que o capitalismo tivesse brindado aqueles povos.

Coloco-lhe a pergunta de uma forma mais fácil.
Por favor diga-me o que não se agravou nesses países e na na vida da maioria daqueles povos?

O senhor anónimo com essa opinião destrambelhada está a faltar ao respeito a milhões de cidadãos que foram empurrados para a miséria extrema, com o beneplácito do capitalismo

Mais; não eram pessoas com as suas qualificações, muitas delas têm cursos superiores.

Pelos vistos os Romenos são uma cambada de masoquistas estupidos quando a maioria diz que vivia melhor no tempo de Ceausescu ou que preferiam este ao modelo politico em vigor.

O Senhor anónimo devia saber que o tempo das mentiras já acabou.

E sabe qual a diferença de um hospital psiquiátrico e o campo de detenção e tortura de Guantanamo?

No primeiro caso entravam loucos e saiam curados, em Guantanamo entram bons os que não sãos mortos saem loucos.


Khe Sanh

José Oliveira disse...

José Graça, não foi o PCP que perdeu, os perdedores fomos todos nós, excepto uma pequena minoria, calculada em 870 indivíduos, que ficam com 45% do PIB, restando 55% para os 10 milhões. Fazendo umas contas impíricas chega-se à conclusão que em 2012 o PIB em Portugal foi 165.106,7 milhões, 870 pessoas arrecadaram cerca de 74.298 mil milhões, restando para 10 milhões 91 mil mihões. Por estas contas simples bem pode ver o que perdeu. Já agora não se sente roubado quando vai abastecer o carro ou pagar a conta da electricidade?

Anónimo disse...

anarquista nos tempos livres?

E nos tempos ocupados faz o quê?

Anónimo disse...

" não vi nada, nada, mesmíssimo nada..."

ó homem então o seu caso é mesmo grave: esteve LÁ e não viu nada, nada, mesmíssimo nada?

Já pensou ir a um oftalmologista?

Unknown disse...

É tambem dia de recordar os Comandantes Ramiro Correia, Salgueiro Maia, Costa Martins e outros militares do 25 de Abril que já faleceram de resto estou totalmente de acordo um abraço.

anarquista nos tempos livres disse...

Anónimo (23:39)
Nos tempos ocupados, ando pelas Conservatórias, tentando registar anónimos, porque deve ser muito triste não ter, sequer, um (“unzinho”) nome. Recentemente, alarguei a minha actividade, sugerindo um “nick” a quem não o consegue “arranjar”. Para o seu caso, proponho Anemonia sulcata.
Alberto

Anónimo disse...

É triste , muito triste mesmo não ter um nome , ó colega anónimo.

Felizmente o mesmo não acontece consigo. Você tem um nome, está registado nas Conservatórias onde você se costuma passear nas horas em que não é anarquista:

Chama-se: Anarquista nos Tempos Livres da Silva.




Anónimo disse...

Ramiro Correia, o homem da 5* divisão. que saudades, ai,ai...

Anónimo disse...



"ó homem então o seu caso é mesmo grave: esteve LÁ e não viu nada, nada, mesmíssimo nada?

Já pensou ir a um oftalmologista?

25 de Novembro de 2013 às 23:45"


Ho criatura também já devia ter entendido que este espaço é para pessoas adultas que discutem coisas sérias.

Se pretende fazer rir as criancinhas com as suas graçolas, então vá para o circo o lugar dos palhaços é lá.


Deixesse de macacadas e responda ao que lhe perguntei.

Khe Sanh

José Oliveira disse...

José Graça os 870 em percentagem são 0.0087% da população portuguesa e possuem 45% do rendimento...

Anónimo disse...

Khe Sanh

Já uma vez lhe disse que por razões de higiéne mental não discuto com estalinistas alucinados, passe a redundância.

p.s não é "deixesse" mas deixe-se. Nada mal para um "estidioso'...


anarquista nos tempos livres disse...

Anónimo (19:36)
Neste “post” e a concluir os meus comentários, já escrevi três vezes a palavra Alberto; você não “viu” ou desconhece que é um (“unzinho”) nome próprio?
Acabou o recreio! Pode voltar para a sala de aulas e divertir os seus colegas, porque você deve ser “o brincalhão da turma”.
Alberto

anónimo disse...

Alberto? e o que o que é escrevendo "Alberto" mesmo por três vezes, o distingue dos restantes anónimos?

Quem é você para criticar quem vem aqui sem um nome e a falar nessa palhaçada das Conservatórias?

ou dito de outra forma para ver se você entende: qual a diferença em vir aqui como "anónimo" ou como "Alberto" ?

Vá lá, volte lá para os seus passeios nas conservatórias, que pelos vistos é o que será o que faz na vida fora dos seus tempos livres...




Vá lá volte lá

anarquista nos tempos livres disse...

anónimo (16:15)
Nota-se, pela forma e conteúdo da sua resposta, que está zangado e nervoso; abafaram-lhe algum “guelas” no recreio, “deu” muitos erros no ditado ou teve muitas “brancas” quando lhe perguntaram a tabuada? Penso que devem ter sido ambas as três hipóteses (“relvisticamente” falando), mas só vou referir duas:
1.ª - A sua falta de memória é patente, porque foi você que quis “brincalhotar” com o meu “nick” (25 de Novembro de 2013 às 23:39), mas como recebeu o troco, agora, “arma-se” em indignado;
2.ª – Qual “menino-doutor”, pretendeu dar lições de bem escrever ao comentador Khe Sanh, mas depois de se ver como você escreve, está tudo visto (passe a redundância).
Cometi o erro de lhe dar “trela” a mais e por esse facto, peço desculpa ao Samuel e aos comentadores do blogue. Se você continuar a “trollar”, a minha resposta será o silêncio.
Alberto

Anónimo disse...


"Anonimo das:
27 de Novembro de 2013 às 08:15"

Senhor anónimo; perante um nazi, qualquer pessoa decente só pode ser Estalinista.

Se Churchill e Roosevelt o foram por necessidade, porque não o serei eu por convicção face a lacaios do nazismo financeiro que espolia a minha classe?


Deixesse ou deixe-se tanto faz.
Para bom entendedor meia palavra basta.
Ou como se diz lá no meu Alentejo, para porcos qualquer travia serve.


Khe Sanh