quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tribunal Constitucional – Umas contas do tempo da velha 4ª classe...




O Tribunal Constitucional, infelizmente, não achou que um aumento da carga laboral dos funcionários do estado, de 35 para as 40 horas semanais – um aumento de mais de 14% - tivesse uma gravidade que justificasse o seu chumbo.
Fez mal! Na verdade, um aumento de horas de trabalho sem o equivalente aumento de vencimento mensal (assim numas contas feitas em cima do joelho)... é um roubo salarial “igual” ao aumento de horas de trabalho não remunerado. Vamos às contas!
Imaginemos um trabalhador que ganhe 1000 euros por mês, logo, mais coisa menos coisa... 250 por semana. Num horário de trabalho de 35 horas semanais, isso daria, em números redondos, uma média de 7 euros por hora. Aumentando o horário de trabalho para as 40 horas, o trabalhador deveria ser aumentado para 285 euros. Se o trabalhador devia receber 285 euros, mas recebe apenas os mesmos 250, isso constitui um roubo de 35 euros, ou seja, um roubo de 12, 280%.
Pergunto-me: se o governo tivesse, depois de todos os cortes anunciados e dos outros, entretanto, já cometidos, apresentado esta medida como aquilo que ela realmente é, um corte extra nos ordenados dos funcionários, um corte de mais de 12 por cento... será que o Tribunal Constitucional que encontrou tantas justificações para o não chumbo, continuaria a achar esta verdadeira "pulhice"... uma coisa minimamente tolerável?

21 comentários:

adelinoferreira disse...

Visto de outro ângulo:
+1hora dia=5horas por semana×52=260horas/ano.
260h÷7dias=37 dias que os
funcionários públicos vão trabalhar a mais por ano recebendo o mesmo.É MUITO ROUBO!Consequências: Numa primeira fase os despedimentos e a seguir algumas contratações.Os candidatos serão forçados pela necessidade a vender o seu trabalho por ordenados de miséria. Até quando? Até ao dia que os portugueses quiserem!

Ana disse...

É levar o desespero, a miséria e os cortes que nos impõem até ao voto!
E não ter medo de que... porque a crer nestas palavras que correm
"Tudo o que temíamos acerca do comunismo – que perderíamos as nossas casas e as nossas poupanças e nos obrigariam a trabalhar eternamente por escassos salários e sem ter voz no sistema – converteu-se em realidade com o capitalismo."
Jeff Sparrow

Graciete Rietsch disse...

Mais um roubo descarado a somar a tantos outros!!!!!

Um beijo.

Mário Loiça-Partida disse...

Quem percebe da "coisa", sabe que o PCP tem um melhor serviço de informações secretas do que todas as forças de segurança em Portugal juntas...

Preparado para passar à acção em 24 horas, o PCP tem ainda arsenais de guerra escondidos, com explosivos, granadas e espingardas automáticas, tudo preparado para o seu dia D.

O PCP não é um partido, é "o Partido", e é por tudo isto que eu vejo Portugal a cair numa guerra civil devastadora se a situação económica continuar a piorar...

samuel disse...

Mário Loiça-Partida:

Uau!!! :-) :-) :-)

O que pode fazer um simples engano na medicação diária!!!… :-) :-) :-)

Rural disse...

Mas que é já antiga a ideia que "estar encostado ao orçamento" é uma boa, ninguem tenha dúvida.

35, 40, ou 50 horas a produção será sempre a mesma,e ser funcionário público foi, é e será sempre uma boa saída para qualquer "trabalhador".

José Oliveira disse...

Mário Loiça você anda a ler muitas aventuras em quadradinhos, olhe que a banda desenhada não é a realidade.
Mas o que me leva a fazer este comentário está relacionado com a privatização dos CTT. Quando abri a minha caixa do correio tinha uma carta tipo em nome dum senhor chamado Francisco Lacerda presidente do Conselho de Administração dos CTT, onde me é dito que os CTT são uma empresa de sucesso, blá,blá...
Pergunto, se é uma empresa de sucesso, porquê vende-la? Será que os accionistas da Galp a vão vender?
Estes pulhas que elegemos não defendem os seus eleitores, mas interesses alheios à causa pública. Do dinheiro que o Estado vai receber deste roubo seria coberto por 12 anos de receitas dos CTT, ou seja, ao fim deste tempo este negócio é ruinoso para o vendededor. Os agiotas internacionais não são desculpa, este senhores aceitaram todas as imposições e, até, foram mais além, segundo se gabam.
Quando uma maioria decente for eleita este senhores deverão ser julgados por traição.
A seguir são as ÁGUAS...

anarquista nos tempos livres disse...

Algumas “boas-almas” dirão que isto é coisa do passado:
“Para não ter protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que a nós diz respeito!”
Será, mas ainda não as informaram que o tempo está a voltar p’ra trás, a uma velocidade impressionante?
Alberto

anarquista nos tempos livres disse...

Mário Loiça-Partida
Que haja quem, com toda a frontalidade, tenha a coragem de partir a loiça. Confirmo tudo o que você “denunciou” e acrescento que a “coisa” é muito mais grave, no que ao armamento diz respeito. Eu próprio tenho guardado, no sótão, um daqueles “tanques” (disfarçados de tractores) que a ex-União Soviética ofereceu às Unidades Colectivas de Produção.
Em contrapartida, tenho a “informação secreta” da existência de “inimigos”, possuidores de “macaquinhos” em idênticos lugares esconsos.
Alberto

samuel disse...

Anarquista nos tempos livres:

Muito bom!!! :-) :-) :-)

Na verdade, caro Alberto, cada um guarda no "sótão"… aquilo que tem! :-)

samuel disse...

Rural:

É exactamente nesse preconceito criminosamente plantado ao longo de anos de demagogia barata no córtex cerebral de muitos… que o governo se apoia para fazer o que faz. Sabendo que há sempre quem vá achar que é muito bem feito!

Falta um estudo credível e definitivo… a provar que os professores, os médicos e enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde, os bombeiros sapadores profissionais, os elementos das forças de segurança, etc., etc., etc., são, afinal, uns reles mandriões e não passam de trabalhadores que merecem o desprezo ostensivo das suas aspas.

Eu sei que não estava a pensar nestes! É o costume! Ainda assim, reduzir os funcionários públicos àquela fulana que, um dia, o atendeu mal e não largava o telefone (imagino eu…), para além de ser, passe a redundância, muito redutor… tem vários outros nomes feios.

Saudações.

Rural disse...

Ó Samuel, eu não tenho nenhuma razão de queixa de nenhum funcionário público.

Nunca fui mal atendido pela tal que não largava o telefone, antes pelo contrário.

Acho que me interpretas mal ao pensares que tenho preconceito.~

Será que é preconceito pensar que é bom estar "encostado ao orçamento".

Quando fôr às finanças pagar o IMI ou à Câmara pedir uma licença já tiro a dúvida.

samuel disse...

Rural:

Mas é bom estar "encostado ao orçamento" porquê?

O salário de um professor de um colégio privado, ou de um médico de uma clínica privada é um salário devido… mas a retribuição pelo mesmo trabalho numa escola pública ou num centro de saúde já é um "favor"?

O salário de um funcionário da CGD é pago "por nós". Sim. E o ordenado de um funcionário do BES é pago por quem? Não me diga que acha que é pelo senhor Ricardo Espírito Santo!!! :-) :-) :-) Ou que os ordenados das funcionárias das caixas do Continente saem do bolso do senhor Belmiro… e não do dinheiro que lá deixamos nas mesmíssimas caixas, depois de retirados os lucros fabulosos… que depois os senhores se encarregam de desviar para "paraísos" esquisitos...

Presumo que o tal "bem bom" já não seja por conta do mítico emprego para a vida… ou garantido… que isso já era, não?!

Saudações.

Maria João Brito de Sousa disse...

Ai... :) Não resisto a "partir a loiça";

também tenho em casa um tanque de lavar roupa disfarçado de... tanque de lavar roupa! Pronto... já está!

Medronheiro disse...

Ai, Samuel, como é custoso aturar certas avezinhas que por aqui aparecem. Todas marram no vermelho.A

Anónimo disse...

Defende-os, defende-os, mas não defendes os do privado que trabalham 40, 50 e 60 horas sem qualquer remuneração extra, e já lá vão muitos anos, ou melhor, sempre foi assim no antes e no depois, comunas são assim, só vêm o Estado e o que é do Estado. Quem cria a economia a riqueza? diz lá rapaz...., digo eu, é o privado! e ninguém lhes liga, todos os esquecem. Merda! Jerónimo

samuel disse...

Anónimo (20:39):

Quem cria riqueza não é o privado nem o público. É quem trabalha! Ou é dos parvalhões que acham que é o patrão quem cria a riqueza?!

Nunca viu os "comunas" (boca típica de fascista!) defender os "do privado", como você diz? Só defendem os "do público"?

A sério?!!!

Você é mesmo assim… ou apenas não consegue fazer parar a "cassete"? :-) :-) :-) :-)

Quanto ao "DIZ LÁ RAPAZ" (outra boca típica de fascista!)… você não está a falar com alguém da sua família, nem tampouco com o criado lá da roça de São Tomé!

Quanto à classificação das "bocas típicas de fascista"… o adjectivo pode até ser injusto. Mas se não é fascista, então não fale como eles!

Olinda disse...

Olha,olha...o tipo da loica em cacos,deixou-me "escaqueirada".Atao,com tal arsenal e nao passamos de pacîficas manifestacoes?Vou indagar,vou indagar...(Talvez ,tambêm tenham,armas de destruicao macica).

Um abraco

Anónimo disse...

O que melhor saibem fazer - ROUBAR.
Vicky

Anónimo disse...

Cassete.
Tá boa Samuel, é sempre um fartote de riso quando você fala em cassete.

samuel disse...

Anónimo (12:48):

Claro, claro… o seu recurso, em desespero de causa, à piada da cassete e, sobretudo, o seu risinho… alteram imenso aquilo que eu disse.

Sobre isso não lhe ocorreu nada. É o normal!!! :-) :-)