Pedro Passos Coelho - Super híper maxi ultra neo liberal...

O PPD-PSD está com um ligeiro problema. Queriam arranjar um líder com um ar jovem e ideias novas... e arranjaram; só que o “jovem” não o é tanto assim e as suas “ideias novas” fedem de tão podres. Como se não bastasse, o “jovem” líder tem um problema de incontinência. Tal como nas inúmeras anedotas do menino Carlinhos ou do menino Joãozinho, também o “menino Pedrinho” tem o dom do excesso de sinceridade. Diz aquilo que lhe vai na alma pela boca fora... e depois lá tem que vir a família reparar os estragos e pedir desculpas às visitas. É já recorrente.

Desta vez o menino Pedrinho quis brilhar à frente de uma plateia da JSD, uns outros meninos ainda mais jovens do que ele... e lá saiu mais uma garotice: «o Estado deve fechar as empresas públicas que dão prejuízos crónicos»... ou então, como depois se percebeu, entregar o negócio dessas empresas a privados.

Não esperou pela demora. O PCP e o BE caíram-lhe em cima, o PS (campeão das privatizações) fez de conta que ficou ofendido... e até Marcelo Rebelo de Sousa o criticou, mas este, como de costume, apenas por razões oportunistas que têm que ver com o possível prejuízo eleitoral, para o PSD, que as declarações de Passos Coelho possam provocar.

Claro que o super híper maxi ultra neo liberal Pedro Passos Coelho não está sozinho. Para além dos amiguinhos que o rodeiam na direção do partido, tem na “sociedade civil” os seus fieis megafones, que à semelhança do seu muito provável “guru”, defensor da privatização de tudo, desde a saúde ao Parlamento, passando pela polícia, educação, etc., uma espécie de excremento que dá pelo nome de Pedro Arroja e de quem já aqui falei há tempos... megafones que estão estrategicamente espalhados pelas televisões e jornais, tratando de “fazer” a opinião pública com as suas análises e comentários, como é o caso do igualmente mui jovem diretor do Jornal de Negócios, Pedro (isto parece uma praga de "pedros"!) S. Guerreiro (ainda mais à direita na imagem).

Diz o ladino moço, depois de defender as cores de Passos Coelho, chamando a atenção para a “insustentável” situação das empresas públicas com as tais dívidas crónicas, que «A alternativa é privatizar sem mais, deixando a monstruosa dívida histórica no Estado. Porque essa dívida, ao contrário das empresas, não pode ser fechada. Nem perdoada.»

Fantástico, não é?! Não me digam que vocês não estão a ver os privados a tomarem conta de empresas de, por exemplo, transportes públicos e (mesmo sem as dívidas “históricas”) desatarem a ter chorudos resultados positivos... tudo sem a ajuda do Estado e sem deixar de garantir um serviço público universal, de qualidade, com transportes que não faltem fora das horas de ponta, sem subir exorbitantemente os preços... não? Não estão a ver? Isso é porque não "pescam" nada do assunto!!!

Este é o maravilhoso mundo novo que o super híper maxi ultra neo liberal Pedro Passos Coelho tem para oferecer!