Não é tarde para mudar

Numa situação como a nossa, provocada pelos “gestores” do capitalismo mais selvagem, a quem ir pedir umas centenas de sugestões para “mudar” o país? Obviamente... aos mesmos “gestores” e, já agora, a alguns grandes empresários. E é com o livreco resultante desta “consulta” que o arranjadinho Passos Coelho se passeia todo ufano por estes dias. Diz que está ali a solução para Portugal e para os portugueses. Demos então uma vista de olhos.

Tornar os despedimentos ainda mais fáceis e baratos.

Celebrar “contratos” orais.

Reforçar o negócio privado com a saúde.

Privatizar a RTP1, concessionar a RTP2 e acabar com a RTPN.

Cortar deputados, freguesias e câmaras municipais.

Pagar ordenados aos juízes... “à peça”.

Reduzir, ou mesmo acabar com o IRC para as empresas.

Nomear embaixadores com perfil de gestão.

Criar cheque-ensino e mais escolas privadas, como “opção”.

E segue por aí fora o delírio reaccionário (e criminoso) dos nossos neoliberais.

Mesmo assim, apesar do livro, das sugestões e dos “democratas” que estão por detrás delas, não passarem de um belo monte de bosta, “Não é tarde para mudar”, a frase escolhida para o título, é bastante chamativa, fica no ouvido... e ao que parece, já está a ser disputada por várias empresas de transporte de mercadorias... e mudanças.

Felizmente, outro mundo é possível... só que não aparecerá por milagre!