segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Ainda a NATO – O novo Conceito Estratégico de Lisboa




O blog de um amigo chamou a atenção para um artigo de opinião publicado aqui, em que se diz aquilo que é preciso sobre as conclusões da última (querias!!!) Cimeira da Nato. Aconselho vivamente a leitura desse texto escrito por Ângelo Alves, por muitas razões; principalmente por ser bom e por me dispensar de escrever mais uma vez (e pior) sobre o assunto, podendo assim concentrar-me, como de costume, num pormenor.

A dada altura, o autor, enunciando alguns dos princípios programáticos desta “nova” NATO renascida em Lisboa, esclarece que esta prestimosa, nuclear e agressiva organização se prepara para passar a ter motivos para intervir onde quiser, quando quiser, pela razão que quiser... e da forma que entender. Só isso explica que entre os “alvos” operacionais da NATO passem a figurar coisas como o «inimigo» clássico da actualidade, o «terrorismo», até questões como «tráfico de armas e pessoas e o narco-tráfico»; os «ataques informáticos»; a segurança das «rotas de comércio, energéticas e de trânsito», das «fontes energéticas» e das «comunicações» ou ainda os «constrangimentos na área dos recursos naturais e ambientais», particularizando questões como a «escassez de água» e as «mudanças climáticas».

Fabuloso! Como no princípio já me dispensei de tecer comentários, fico aqui a magicar que, dado o grosso do globalizado tráfico de armas se alimentar na indústria de armamentos dos EUA, pensando no narco-tráfico sediado em Miami, feito por “dissidentes” e declarados terroristas originários de Cuba… e já que falei em Cuba, pensando no ilegal bloqueio das rotas de comércio, energéticas e de trânsito imposto a Cuba também pelos EUA... e mudando radicalmente de cenário, pensando no criminoso bloqueio e racionamento que obviamente provoca gigantescos constrangimentos na área dos recursos naturais e ambientais, particularizando questões como a escassez de água e as mudanças climáticas, crime perpetrado diariamente por Israel contra o povo da Palestina, fico aqui a magicar, como já disse, mas sobretudo a contar as horas para que chegue a notícia dos vigorosos ataques militares da NATO... aos Estados Unidos da América e a Israel.

O que é que acham?

5 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Era justo, mas a NATO, como filha, não se atreveria!

Um beijo.

trepadeira disse...

Lembro-me de um frontespício do convento da fraga,julgo,ali para os lados de Satão,um canteiro esculpiu um dragão? a comer a própria cauda.
Um abraço,
mário

Pata Negra disse...

Do que li, ficou-me a inquietação:
Se fosse hoje o 25 de Abril, a NATO poderia intervir em Portugal.

samuel disse...

Pata Negra:

Podes estar certo!
Aqui, tão depressa, não haverá um "25 de Abril"... mas fico a pensar noutros lugares, na América Latina...

Abraço.

Fernando Samuel disse...

Eu acho muito, muito, muito bem...

Um abraço.