José Sócrates - ...PIM!!!

Estou do lado dos que votam contra este Orçamento de Estado. Em alguns casos não teremos os mesmos motivos, mas voto contra é voto contra! Daí que pouco me interesse esta farsa em demasiados actos levada à cena por PS, Governo e PSD, fingindo grandes divergências quanto a um OE aprovado à partida.

Depois de ter feito de conta que conseguiu introduzir no documento duas ou três alterações muito importantes, o PSD, mantendo-se fiel ao seu guião neste espectáculo, continua a afirmar que é um Orçamento muito mau... mas que, dadas as circunstâncias, se absterá na votação. Não pretendo ser advogado do PSD, mas exigir que passassem a admitir publicamente que gostam do Orçamento, apenas por terem mudado umas vírgulas à coisa... seria assim como que pretender que com uma simples troca de uma das cortinas de uma das janelas, qualquer uma daquelas casas horrorosas “engenheiradas” por Sócrates lá para as bandas da cidade da Guarda, passasse miraculosamente a parecer um projecto de Frank Gehry, Sisa Vieira, ou Niemeyer.

Nada feito! Mesmo assim, Sua Excelência o Presidente do Conselho ficou muitíssimo ofendido, desta vez, com o líder da bancada parlamentar do partido com quem acaba de assinar um acordo, põe uma mão na anca, faz um requebre gracioso com o pulso da outra, afivela uma cara de “animal feroz” e, com a voz “afêtada” que (infelizmente) o acompanha nestas crises de mau génio, dispara: «Se está convencido de que é um mau Orçamento, então tem de se votar contra».

E pronto. Aí temos mais uma página da profundamente triste estória desta figurinha. Assinado o acordo, não resiste à tentação da provocação gratuita e "juvenil".

Tivesse eu o dom para as palavras que tinha Almada Negreiros… e PIM!!!... agora diria aqui umas coisas sobre este verdadeiro acidente que nos tocou em “sorte” como Primeiro Ministro, mas não tendo… não sei bem o que lhe chamar.

Eu sei… eu sei que muitos outros políticos na História, alguns mesmo, considerados grandes estadistas, eram pouco dignos de confiança, arrogantes, malcriados, incompetentes, ignorantes, mentirosos compulsivos, lacaios dos poderosos, etc., etc., etc… só que, raramente eram tudo isto ao mesmo tempo e muitos deles tinham até algumas qualidades estimáveis, para equilibrar os defeitos e a vileza de carácter. Desgraçadamente, não é o caso do político José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa!

Olhem… na impossibilidade de fazer melhor, socorro-me do eterno Eça e do carinhoso nome que o Desembargador Amado tinha sempre debaixo da língua, reservado para o seu político caseiro e genro, o inútil Conde de Abranhos: É um pascácio!!!