segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Barack Obama e os “Milli Vanilli”


A menos que algo de extraordinário aconteça, dentro de pouco tempo já só Mário Soares continuará a jurar a pés juntos que Barack Obama é o homem que vai mudar os Estados Unidos e salvar o mundo... mas mesmo Soares, ao fim de mais umas semanas, jurará com os pés ainda mais juntos, nunca ter dito nada disso!

Ainda a procissão vai no adro... mas as evidências dizem que o Nobel da Paz não faz paz em parte alguma, que a “mudança” continua, paulatinamente, mas para pior e que mesmo os seus correligionários estão a partir em debandada. Na verdade, milhões dos chamados “democratas” dos EUA, estavam completamente fora do contexto do “guião” dos grandes discursos de Obama, tendo-se apenas deixado embalar pelo ambiente de vitória então criado, pois embora por lá se intitulem “democratas” e sejam, salvo seja, “uma espécie de esquerda”, basta abrirem a boca para percebermos que se fossem portugueses seriam militantes bastante embaraçosos, até para o CDS.

Mesmo não passando, no essencial, de discursos e efeitos especiais, os “ventos de mudança” de Obama não poderiam senão afugentar esta gente, formatada há gerações para o mais abjecto egoísmo social, arrogância, ignorância política e desprezo pelo mundo.

O coro internacional de vivas e aleluias a Obama desvaneceu-se. Resta um incómodo e envergonhado silêncio, apenas perturbado pelo ruído do pedestal que se desmorona lentamente... aquele ruído frouxo e esfarelado com que se desmoronam as construções de barro de má qualidade.

E aqui chegamos ao título deste texto e aos “Milli Vanilli”, um famoso duo de artistas da dance music e reggae, de finais dos anos oitenta, que depois de alguns milhões de discos vendidos e um prémio Grammy para o melhor artista estreante, acabaram por ser vítimas da verdade... e a verdade não podia ser mais cruel: nenhum dos dois era capaz de cantar o que quer que fosse, eram apenas um “produto” inventado por uma editora, dois “palmos de cara” que mexiam a boca e o corpo em palco, sendo que as vozes que se ouviam nos discos e no palco, pertenciam a um outro duo de rapazes, igualmente vítimas da “máquina” e rigorosamente proibidos de revelar o embuste.

Os “Milli Vanilli” acabaram humilhados publicamente, tiveram que devolver o Grammy que haviam “conquistado” e saíram em desgraça do mundo do espectáculo.

Sei que é uma fantasia, mas adoraria ver a fraude internacional que dá pelo nome de Barack Obama ter um dia que engolir os belos discursos, que não passam, afinal, do mais vulgar playback total... e devolver o Prémio Nobel da Paz.

11 comentários:

Merlaine Garcês disse...

Que comparação hein ... Milli Vanilli, como fizeram sucesso viu, até serem descobertos ... eu adorava!
Bjs Samuel!

Maria disse...

Ah ah ah ah ah ah.....
Devolução do Nobel, essa sim, era excelente!

Abreijo.

do zambujal disse...

Ora aqui está (mais) uma estória que não conhecia, esta dos play-back totais em razão de uma imagem que vala mais que tudo porque tudo se rende a televisão e afins. Enfim!
Obrigado por (mais) esta.

Grande abraço

Fernando Samuel disse...

Em relação a Obama, o soares está ainda longe de fazer o seu discurso típico, que começa com «como eu sempre disse...» e acaba com... o contrário do que sempre disse...
Mas lá chegará, mais dia menos dia...

Um abraço.

Aristides disse...

Lembro-me bem desse embuste. Tudo o resto assino por baixo.
Abraço

Carla Farinazzi disse...

Eu lembro do Milli Vanilli, e como fizeram sucesso os dois! E depois o escândalo do playback...
Muito bem comparado, Samuel

Beijo

Carla

Graciete Rietsch disse...

Não me lembro nada dos"Milli Vanilli".
Mas que o Prémio Nobel da Paz atrbuído a Obama foi uma fraude, ai isso foi.

Um abraço.

Anónimo disse...

O facto de certas personagens sempre terem "cantado" fazendo o playback da voz do Capital e dos seu interesses é razão mais do que suficiente para serem banidos dos nossos palcos! (com ou sem prémios mediáticos à mistura)

Luis Nogueira disse...

O Mário´´e que anda a fazer "play-vacas" desde que nasceu e lhe chamaram Gigi. Por detrás desse escroque quem sempre cantou foram os donos: o Bulhosa, o Departamento de Estado dos EUA, o MI5 e assim por diante... Raiz u partã!

Luis Nogueira

Anónimo disse...

O Prémio Ignobel não se devolve.

Paulo Assim disse...

Sempre me apercebi, desde o início, que Obama ”cantarolava” em playback...
Ninguém viu isso?
lol