sábado, 13 de novembro de 2010

Groundforce – A liberal-canalhice




O triste desenvolvimento desta estória vergonhosa e intolerável do despedimento de trezentos e trinta e seis trabalhadores da “Groundforce”, sugere-me várias perguntas:

Como podemos exigir aos empresários, alguns deles, como bem sabemos, gente sem formação económica, cultural ou mesmo cívica, quando não são mesmo simples “grunhos”, que se comportem correctamente com aqueles a quem exploram a força de trabalho, quando os exemplos que vêm “de cima” são estes?

Quando uma empresa pública como a TAP começa a repartir-se em pedaços, criando novas empresas “independentes” com nomes exóticos, para melhor levar a cabo a trafulhice de injectar lucros ou prejuízos numas e noutras, ao sabor dos interesses do momento, por reacção às posições dos trabalhadores e reivindicações que no momento estejam sobre a mesa; quando acaba criando mais do que uma “empresa independente” para executar os mesmos trabalhos... e no fim, por razões e opções de gestão obscuras, decide “condenar” uma delas, despedindo os funcionários e informando-os do despedimento por mail... ou mesmo pelos telejornais, que rigor e correcção se podem exigir aos empreiteiros e demais patrões, que tantas vezes não têm mais do que a velha quarta classe, ou aos outros, que embora carregados de habilitações, não passam de predadores?

Quando os gestores destas empresas com nomes “modernos” e muito “internacionais” se auto-atribuem prémios de gestão, para a seguir fazerem despedimentos “justificados” pelos grandes prejuízos... estamos a falar de gestores, ou de delinquentes?

Quando o Estado se comporta como um canalha... o que resta fazer, senão demolir esse arremedo de Estado, criando um novo, onde a palavra dos trabalhadores – por serem tantos mais – seja a mais ouvida?

O que resta é a luta! A luta contínua... mas com um fim. Um fim preciso!

11 comentários:

salvoconduto disse...

Vai demorar, vai demorar...

Bom fim de semana.

Maria disse...

Certeiro!

Abreijo.

Silenciosamente ouvindo... disse...

O princípio do fim da TAP.
Obrigada pela visita ao meu
blogue.
Saudações/Irene

do Zambujal disse...

Os empregadores já não se distinguem nesta promiscuidade detudo ser mercado, E até são mais desempregadores que empregadores! Usando as técnicas da mensagem, e o que conta é a imagem e é tudo a mesma canhalhagem.

Um Bom dia!

Abraço

Suq disse...

Os factores de produção - vulgo trabalhadores - são nada mais do que pessoas. Que importa isso! Não é por isso que se gastou dinheirões nos Magalhões, para lerem os emails de despedimento?!

Logo a seguir têm as "Novas Oportunidades" e felizes para uma nova trip - em busca do salário perdido.

O trafulha Tiririca, perdão, Só-cretino - arranja mais um imperativo Nacional para justificar isso. No Stress Meu!

Fernando Samuel disse...

Estamos a falar de delinquentes e de canalhas a quem a luta tem que dar um rumo preciso...

Um abraço.

Carla Farinazzi disse...

Samuel, como é bom passar por aqui.
Sua lucidez é um bálsamo, sabia?

Gostei da comparação de ontem, Tiririca e Sócrates. E o que eu estou aguardando na maior ansiedade é a sessão de posse no Congresso Nacional. Pois esta sessão é presidida pelo deputado federal mais votado, que, no caso é justamente o Tiririca.
Acho que ele vai se sair muito bem.
Mas a maioria aqui acha que não, que vai ser um fiasco.
Eu, como aprendi a não subestimar quem quer que seja, acho que ele vai surpreender a choldra.

Beijos

Carla

Graciete Rietsch disse...

É urgente uma ruptura com esta política de aldrabões. Temos que trabalhar mais e mais para que essa ruptura aconteça ràpidamente.

Um beijo.

Antuã disse...

Os vampiros não desistiram de sugar toda a gente que trabalha.

Anónimo disse...

São delinquentes, Pá, são delinquentes.

Moderador disse...

Enquanto for o lucro individual directo a mover o mundo, nunca alcançaremos uma sociedade saudável. Enquanto o crime compensar, ele nunca acabará. O diagnóstico está feito, a solução é muito simples, e agora depende de nós. Analisem profundamente, divulguem e actuem: www.NOVACOMUNIDADE.ORG